A aquisição das operações da Tyson Foods no México, acertada no fim de julho, não aplaca o desejo de expansão da JBS USA. Depois da forte redução de custos e do aumento da eficiência em suas operações no país nos últimos anos, o foco da empresa é crescer, em especial por meio de novas compras, embora não exclusivamente por esse caminho. A prioridade é avançar ao longo da cadeia, elevando o valor agregado no segmento de carnes processadas, com marcas fortes.
A aquisição das operações da Tyson Foods no México, acertada no fim de julho, não aplaca o desejo de expansão da JBS USA. Depois da forte redução de custos e do aumento da eficiência em suas operações no país nos últimos anos, o foco da empresa é crescer, em especial por meio de novas compras, embora não exclusivamente por esse caminho. A prioridade é avançar ao longo da cadeia, elevando o valor agregado no segmento de carnes processadas, com marcas fortes.
O aumento dos negócios da JBS nos EUA deverá ocorrer por meio da subsidiária Pilgrim’s Pride, a empresa do segmento de frango que adquiriu a Tyson no México, por US$ 400 milhões – e que, no começo de junho, havia perdido uma disputa pela americana Hillshire Brands para a própria Tyson. Nos mercados de carne bovina e suína, a expansão é muito mais difícil.
“Agora é mais valor agregado e mais marca, não é muito mais produção primária. Essa é a nossa direção”, resume o presidente da JBS USA, André Nogueira. Segundo ele, a empresa mapeia aquisições “o tempo todo”.
“O Wesley [Batista, presidente da JBS] costuma dizer isso e acabou impregnado em mim também. O crescimento faz parte do nosso DNA”, diz Nogueira. “Nós adoramos comprar, melhorar o negócio e crescer, mas fazendo isso de modo muito responsável e planejado”.
A aquisição da Hillshire era atrativa exatamente porque a empresa é forte no mercado de carnes processadas e tem marcas com destaque no mercado, um trunfo para formar preços.
A mudança de gestão, tanto na Pilgrim’s quanto na Swift, também teve foco na melhora do rendimento, em como tirar mais produto final a partir da mesma matéria prima, diz Nogueira. Num negócio de margens reduzidas, controlar custos e aumentar a eficiência são passos fundamentais. Para isso, cada planta passou a ter mais responsabilidade, para ver com clareza o custo e o rendimento. A JBS também passou a concentrar mais esforços na exportação. Hoje de 20% a 25% do que a empresa produz é exportado.
Quando adquiriu a Swift, outra empresa então ineficiente e mal gerida, esse número ficava na casa de 10%. Também houve um esforço para melhorar a estrutura de vendas, com prioridade para clientes que podem pagar um prêmio pelos produtos da JBS USA, que inclui as operações da companhia no México, no Canadá e na Austrália. No primeiro trimestre, a JBS USA foi responsável por 66% das receitas da JBS.
Fonte: Jornal Valor Econômico, resumida pela Equipe BeefPoint.