No processo de integração entre JBS e Bertin, que se encerra esta semana, a empresa de origem goiana definitivamente imprimiu a sua marca. Transferiu de Lins para a sede em São Paulo todas as áreas ligadas à estratégia do grupo, como finanças, departamentos comercial, de marketing e institucional. Enxugar estruturas de empresas adquiridas tem sido rotina da direção da JBS nos últimos anos. Foi assim com as americanas Swift e Pilgrim´s Pride.
No processo de integração entre JBS e Bertin, que se encerra esta semana, a empresa de origem goiana definitivamente imprimiu a sua marca. Transferiu de Lins para a sede em São Paulo todas as áreas ligadas à estratégia do grupo, como finanças, departamentos comercial, de marketing e institucional.
Nessa reestruturação, que chacoalhou o dia a dia na incorporada Bertin, houve 260 “movimentações” entre transferências, promoções, mudanças de divisão ou de áreas em cargos de diretoria e gerência nas várias divisões (carnes, pet, biodiesel, latoaria, lácteos), informa a JBS. Também ocorreram 40 demissões em níveis de direção, gerência e chefia, segundo a empresa.
“Estamos simplificando a estrutura (…) Quanto menos níveis hierárquicos, melhor a comunicação entre as pessoas da empresa”, defendeu o diretor de operações da JBS, Marco Bortolon.
Patrícia Bollmann, diretora de governança corporativa da JBS, que participou ativamente do processo de integração entre as companhias, admitiu que a estrutura da Bertin era inchada, adjetivo que Bortolon evitou.
Enxugar estruturas de empresas adquiridas tem sido rotina da direção da JBS nos últimos anos. Foi assim com a americana Swift e na Pilgrim´s Pride, também nos EUA, adquirida em setembro do ano passado junto com a Bertin.
Segundo Bortolon, com as mudanças na Bertin, a JBS quer identificar onde há mais sinergias e ganhar produtividade. “A aquisição [da Bertin] fará com que a JBS possa multiplicar seus lucros, há muita sinergia, muita complementaridade”, observou.
O processo de mudanças na Bertin deixou apreensiva parte dos funcionários. Bortolon, que está há 12 anos na JBS, buscou afastar temores em relação aos planos da empresa para a unidade de Lins.
Pelo contrário. “Nós queremos é ampliar o abate”, afirmou. Segundo o executivo, hoje o abate está em 900 animais por dia e a intenção é alcançar a capacidade total de 1.200 cabeças. Além disso, a JBS também pretende produzir na fábrica de latas (para carne industrializada) embalagens que são importadas atualmente.
Sobre o temor de demissões no chamado “chão de fábrica”, Bortolon disse que a JBS “busca produtividade em todas as suas fábricas, o que não necessariamente significa demissões”.
As informações são do Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Se a familia Bertin tevesse a coragem que teve a familia Russo, isto poderia ter sido evitado. E não pensem que o JBS esta com a bola toda por isto, quem leva o mérito é o governo, que aos poucos vai criando uma estatal no setor da carne atravez do BNDS/PAR. É o que penso.