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JBS se prepara para “Packer Ban” nos EUA

De acordo com o editor da revista BEEF Magazine, Troy Marshall, a grande notícia dessa semana foi a reestruturação da JBS para se livrar da posse de animais confinados pela Five Rivers. A Five Rivers também foi reestruturada, essencialmente se tornando uma operação de engorda terceirizada.

De acordo com o editor da revista BEEF Magazine, Troy Marshall, a grande notícia dessa semana foi a reestruturação da JBS para se livrar da posse de animais confinados pela Five Rivers. A Five Rivers também foi reestruturada, essencialmente se tornando uma operação de engorda terceirizada.

A nova entidade que possuirá o gado e garantirá à Five Rivers e à JBS certo número de cabeças de gado é a J&F Oklahoma. A J&F adquiriu aproximadamente US$ 800 milhões em linhas de crédito e aparentemente arcará com os riscos e ficará com os benefícios da engorda de gado.

À primeira vista, isso pode ser nada mais do que a JBS se preparando para o que a empresa acha que ocorrerá no que se refere à Lei do “Packer Ban” (restrição de integração vertical), que limitaria a posse e o controle de gado por frigoríficos, segundo Marshall. E isso pode ser tudo o que realmente é – uma forma de evitar problemas futuros que a integração possa apresentar.

Outros, entretanto, vêem a medida da JBS como mais uma mudança monumental na percepção sobre engorda de gado e sobre o modelo de engorda de gado. Eles acham que a filosofia da Five Rivers deixará de ser de economias de escala e capacidade de utilização até certo ponto.

O ponto de vista mais cínico do fato é que a nova entidade está somente comprometida a fornecer 85% das necessidades da Five Rivers. Isso poderá fazer com que o maior engordador de gado do país fique com 15-18% menos gado que antes.

Marshall disse que acha que a JBS foi motivada por uma combinação de todos esses fatores.

Em uma nota similar, a Tyson anunciou algumas trocas de pessoal e promoções designadas a ajudar a empresa a se posicionar nesse novo ambiente. A firma criou um novo cargo de vice-presidente executivo de assuntos corporativos visando expandir o papel da companhia no meio empresarial e ajudar a comunicar a mensagem da Tyson àqueles no Governo que regulam e influenciam o negócio.

As grandes corporações estão adicionando força a seus esforços de lobbying porque entendem que o ambiente regulador está mudando dramaticamente. Dessa forma, os lucros não serão determinados na mesma medida pelo que acontece no varejo como pelo que acontece nos corredores do Congresso.

Talvez os produtores devam observar cuidadosamente. Como o resto do mundo está se preparando para esse novo ambiente de negócios, o lado da produção do negócio parece estar se movendo na direção oposta, com as organizações estatais e nacionais e até o checkoff, estando muito mais propensos a cortar orçamentos do que a expandir esforços.

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