A Direção-Geral de Saúde e Consumidores da Comissão Europeia (DGSanco) notificou ontem, em "alerta rápido" aos 27 países-membros do bloco, a rejeição de 49,5 toneladas de carne bovina processada exportada pela JBS. A carga, produzida na unidade de Lins/SP, foi barrada na Europa por conter níveis de resíduos "não autorizados" de vermífugos à base de ivermectina em análises laboratoriais. A empresa teve problema semelhante com lotes embarcados aos Estados Unidos no primeiro semestre de 2010. Desde o fim de maio, o mercado americano está fechado para a carne brasileira.
A Direção-Geral de Saúde e Consumidores da Comissão Europeia (DGSanco) notificou ontem, em “alerta rápido” aos 27 países-membros do bloco, a rejeição de 49,5 toneladas de carne bovina processada exportada pela JBS.
A carga, produzida na unidade de Lins/SP, foi barrada na Europa por conter níveis de resíduos “não autorizados” de vermífugos à base de ivermectina em análises laboratoriais. A empresa teve problema semelhante com lotes embarcados aos Estados Unidos no primeiro semestre de 2010. Desde o fim de maio, o mercado americano está fechado para a carne brasileira.
Procurada, a JBS afirmou que não poderia comentar o assunto por desconhecer o alerta europeu.
A DGSanco informou que a empresa foi notificada nove vezes da irregularidade nos últimos três meses. O informe da comissão afirma que as autoridades brasileiras também foram alertadas 10 vezes nos últimos seis meses sobre os problemas. Antes da rejeição da carga, que era destinada a Gotemburgo (Suécia), foram analisadas quatro amostras de “carne congelado” no Laboratório Federal de Segurança Alimentar, em Antuérpia, na Bélgica. O lote estava sendo distribuído pela empresa Toledo International.
No governo, a situação da unidade industrial de Lins é considerada “delicada”. Uma missão veterinária dos EUA está no Brasil há duas semanas para avaliar questões sanitárias dos principais frigoríficos exportadores. Na semana passada, a missão passou um “pente fino” nos laboratórios credenciados pelo governo.
A avaliação, até aqui, foi positiva. Os veterinários visitaram plantas industriais do Minerva e da Marfrig. Técnicos do governo que acompanham a visita avaliam que a missão dos EUA não detectou “nenhuma inconformidade” nessas instalações. Outra unidade do JBS também teria passado nos testes rigorosos dos americanos. Mas a planta de Lins, principal foco dos problemas detectados nos EUA, está sofrendo uma “inspeção mais rigorosa” do que o normal em situações como essas, asseguram fontes do setor.
Governo e dirigentes do setor estão “muito apreensivos” com as medidas que podem ser tomadas após a conclusão da missão técnica dos EUA. A planta poderia ser descredenciada por tempo indeterminado de embarques aos Estados Unidos. Procurada ontem pela reportagem para tratar do assunto, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) preferiu não comentar o tema.
Os exportadores vêm sofrendo restrições sanitárias nos principais mercados importadores de carne bovina. Há problemas com a UE, EUA, Rússia e Irã. Os problemas vão desde questões comerciais, passam por divergências sanitárias e desaguam em assuntos políticos, como no caso Irã. O governo brasileiro tem tentado, sem sucesso até aqui, resolver os impedimentos para a exportação da carne.
A matéria é de Mauro Zanatta, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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problema, cuidado , o custo e alto.quebrar e assim q comeca.
lamentavel…
Ué??? JBS não é o ban ban ban??? disseram que o mundo é pequeno pra eles!!!
ENTÃO VAI VENDER CARNE NA LUA!
Não conseguem nem administrar o que está em baixo do seu nariz imagine lá fora!
Cuidado, cheiro de surpresas no ar…. DANGER!!
Tenho certeza que serão resolvido e esclarecido junto com o bloco Internacional.
Qualidade e excelência é uma marca do grupo JBS-FRIBOI.
Tivemos problemas com níveis de resíduos em carnes exportadas para o USA, Russia e agora UE. A situação é séria. Espero que o MAPA esteja analisando os casos e tomando as medidas cabíveis. Não podemos por em risco mercados duramente conquistados. Este não é um problema que atinje apenas os frigoríficos. Afeta toda a cadeia produtiva.
os frigoríficos tem que tomar mais cuidado tem que ter responsabilidade os consumidores não são lata de lixo que aceita qualquer coisa, e é uma questão de saúde e saúde não se brinca, a jbs é uma empresa respeitada tem que resolver isto o mais rápido que puder eles não pode ficar levando este tipo de prejuízo e sujando o nome do país.
Acho que já passou da hora de cada um repensar seu papel na cadeia produtiva. A indústria que busca “eficiência” a qualquer custo…. O pecuarista que deve respeitar os prazos, carências, dosagen, etc…. e a indústria que deve aperfeiçoar seus controles, recontratando aqueles profissionais competentes que perderam seus empregos para outro mais barato, e assim por diante na administração, etc, etc…
Resumindo, economia na base da porcaria vira isso. Estamos perdendo, ou baixando o profissionalismo, em busca de lucro, quando não da sobrevivência, o que é pior.
Na pressa de vender, deve ter gente por ai esquecendo de checar as planilhas…..
Quem tem dinheiro nao quebra, ele trupica mais nao cai…
Se isso for verdade mesmo, ou seja por uma questões “comercial”. O pecuárista está tando um tiro no seu próprio pé, o frigorífico precisa desenvolver um mecânismo para detectar esse resíduo quando o boi ainda esta no abate, Hoje nos laticinios existem testes rápidos e sustentáveis para detectar o leite com resíduo de antibióticos e quando positívo o produto é devolvido para a origem, também acredito q os laboratórios precisam trabalhar duro nesta questão e desenvolver produtos com menor tempo residual ou até sem resíduo. Lembrando que os sintomas para quem consome um produto com resíduo de antibiótico são: fortes dores no corpo, tontura, comprometimento da fora intestinal, dores de cabeça e o pior, alguns antibioticos são cancerígenos. O consumidor precisa de alimentos saldáveis, nutritivos e acima de tudo, seguro.
O problema da ivermectina é do frigorífico ou dos senhores pecuaristas???
Caro Fabio Miguilin,
Abordou um aspecto importante. Os pecuaristas devem respeitar as carências dos medicamentos utilizados. E os frigoríficos devem fazer análises na carne para constatar se os níveis de resíduos estão dentro do permitido. A responsabilidade é de ambos.
Att,
Amigos
A lebre foi levantada no caso com os EUA, e agora com a UE, e daqui alguns dias aparece outro.
Nós do campo e também o frigorífico precisamos tomar muitíssimo cuidado com resíduos…devemos respeitar as carências…..estamos esquecendo que também somos consumidores do que produzimos.
E enquanto os frigoríficos não passarem a ter os pecuaristas como parceiros…muitas coisas andaram erradas. pois hoje será que somos parceiros ou o que dos frigoríficos!!!
Lamentável… imaginem o que é consumido no mercado doméstico!!
Deve estar mantendo a população brasileira livre de parasitas.
É triste ter que fazer piada com um assunto tão sério. O governo tem que dar mais atenção a inspeção e vigilância sanitária dos alimentos, não só para garantir mercados, mas também para garantir a saúde dos consumidores.
Enquanto existir esta briga de gato e rato todos perdem. Os concorrentes estão adorando pegar a nossa fatia neste mercado tão concorrido. Os que possuem uma visão profissional e são organizados superam os amadores e desorganizados. Esta é a hora da aproximação e organização da cadeia. Aonde está o RT da pecuária para orientar e acompanhar o tratamento sanitário dos animais, registrando a aplicação e controlando a carencia dos medicamentos na liberação dos animais para embarque? Esta figura não existe, o sistema não valorizou este profissional. Os fatos acontecem e são contabilizados os prejuízos. Este prejuízo será rateado por todos. Precisamos da Educação Sanitária no campo urgente!!!
Uma consequencia desse problema é que o MAPA está refazendo todos os testes de residuos e eficácia dos endectocidas brasileiros. Essa renovação e reteste custa um absurdo de caro e muitas fábricas de endectocidas de fundo de quintal fecharão. Também essas marcas baratas sem controle, padrão e eficácia serão reprovadas e sairão do mercado. BELA ATITUDE DO MAPA..
O produtor brasileiro precisa entender a importancia do médico veterinário no campo,esse profissional precisa fazer parte do conjunto do processo operacional da propridade rural.Até poucos anos atrás não se achava necessário,mas hoje o Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e no entanto as coisas na fazenda continuam como antigamente,ñ minha gente!Exportar é uma etapa adiante e sse profissional dá um respaldo muito grande ao produtor e ao mercado como todo, no que tange a qualidade,sanidade.
A pecuária precisa mirar os exemplos da agricultura e sua relação com Agronomia,são siamesas.
Essas coisas de resíduos na carne é uma situação que poderá cada vez mais estar presente ,pois os laboratórios estão pruzindo drogas cada vez mais potentes,ou seja c efeitos mais prolongados;são coisas relativamente simples,mas que um peão de campo não possui conhecimento necessário p que isto ñ ocorra e que lá fora nos acarreta grandes prejuízos:sanitários,comerciais,morais e outros ou seja estamos fazendo tudo que os nossos cocorrentes querem,”dando um tiro no própio pé” .