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JBS trabalha para consolidar investimentos em 2007

Depois de se tornar a maior indústria frigorífica do mundo comprando a Swift, a JBS/Friboi deve focar na "consolidação das aquisições", fazer a subsidiária americana dar lucro e entrar no ramo de suínos também no Brasil. Essas são as metas para 2008. A empresa ainda tem R$ 800 milhões da abertura de capital para investir na América do Sul e o continente asiático deverá ter uma "bandeira" Friboi em 2010.

Depois de se tornar a maior indústria frigorífica do mundo comprando a Swift, a JBS/Friboi deve focar na “consolidação das aquisições”, fazer a subsidiária americana dar lucro e entrar no ramo de suínos também no Brasil. Essas são as metas para 2008. A empresa ainda tem R$ 800 milhões da abertura de capital para investir na América do Sul e o continente asiático deverá ter uma “bandeira” Friboi em 2010.

“Foi um ano marcante, especial. Fomos capazes de uma seqüência de realizações. Demonstramos capacidade de fazer o mais difícil: a execução dos planos”, afirmou o presidente da empresa, Joesley Batista, em entrevista exclusiva à Gazeta Mercantil.

Com as aquisições, a JBS passou de 23 para 45 unidades e de 19,9 mil abates diários de bovinos para 51,8 mil – sem considerar a última compra, 50% da Inalca, cujo negócio de € 225 milhões foi fechado no início deste mês e acrescenta outras 3,5 mil cabeças de gado por dia.

Segundo Batista, no ano que vem o grupo entrará no mercado asiático exportando carne e só depois de 2009 é que deverá pensar na compra de uma unidade na China.

“Em 2008 muito provavelmente não teremos o apetite voraz”, disse. Mas, segundo ele, ainda será um ano de desfechos “favoráveis”, como o do mercado americano. Quando adquiriu a Swift, em julho, por US$ 1,4 bilhão, a empresa americana estava com um endividamento de US$ 1,2 bilhão. Hoje, de acordo com Batista, a dívida é de US$ 500 milhões. “Essa empresa vai ganhar muito dinheiro no ano que vem. A unidade de lá será tão importante quanto a do Brasil e da Argentina”, afirmou.

Dos R$ 1,2 bilhão conseguidos com a abertura de capital, metade foi investido neste ano e o restante será no ano que vem. Os recursos serão destinados ao complexo de Mato Grosso e ampliações de unidades no Brasil – 50% do total. “Há dois anos a nossa estratégia no país não é comprar, mas construir”, afirmou.

Nos planos para o Brasil ele revelou que o Pará e Tocantins só serão alvo quando forem reconhecidos como livres de febre aftosa.

Diferente de alguns de seus concorrentes, como o Bertin, Batista informou que não está nos planos da JBS fazer uma diversificação além das carnes. “Nossa estratégia é diferente. Quem vai dizer quem está certo é o futuro”, afirmou em reportagem de Neila Baldi.

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