A JBS, que acabou herdando a companhia após incorporar a Bertin, anunciou ontem uma operação que culminará com uma nova listagem da Vigor, desta vez no Novo Mercado e informou que fará uma oferta pública voluntária para os seus atuais acionistas.
A JBS, que acabou herdando a companhia após incorporar a Bertin, anunciou ontem uma operação que culminará com uma nova listagem da Vigor, desta vez no Novo Mercado e informou que fará uma oferta pública voluntária para os seus atuais acionistas. Nessa operação, propõe que os acionistas troquem ações ordinárias da JBS por papéis da subsidiária Vigor, que terá o capital aberto. Cada acionista da JBS poderá obter ações da Vigor proporcionalmente à fatia que detém hoje na JBS. Ou ainda, se não quiser aderir à operação poderá preservar as ações que já possui na empresa.
A justificativa dada pela JBS para essa operação é a sua avaliação de que o mercado não percebe o “real valor” da Vigor dentro de seu negócio hoje. Essa falta de percepção, no entender da empresa, acontece pelo fato de a companhia de lácteos ser uma subsidiária, não uma instituição independente. Além disso, em comunicado, a JBS destacou que “a indústria de lácteos costuma ter múltiplos de negociação superiores aos da indústria de processamento de carnes”.
Na prática, a JBS está fazendo uma cisão da Vigor e, de acordo com fontes, não optou por esse modelo porque, nesse caso, teria de conceder aos seus acionistas direito de recesso na operação. A JBS marcará uma reunião de conselho para definir o valor que será atribuído às ações da empresa e da Vigor na operação e, consequentemente, definir a relação de permuta da oferta.
Na bolsa, a JBS está avaliada em R$ 21,75 bilhões, conforme o fechamento de quarta-feira (08). A Vigor, quando fechou capital, em 2009, valia R$ 970 milhões. Aparentemente, os planos para a Vigor dentro da JBS começaram a ser traçados há um ano.
O atual presidente da Vigor, Gilberto Xandó, será mantido no cargo. Em novembro, o executivo concedeu entrevista na qual adiantou parte da estratégia de reposicionamento e marketing que deverá ser adotadas nesta nova etapa da empresa. No comunicado divulgado (08), a empresa esclareceu que a Vigor terá uma estrutura corporativa própria e independente, com um conselho de administração formado por sete integrantes, sendo cinco independentes.
Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.