Após sofrer nos últimos anos com a escassez de gado bovino no país – o rebanho americano atingiu o menor nível em mais de 60 anos em 2014 -, a JBS vislumbra um cenário amplamente favorável em 2017, o que tende a contribuir para engordar o caixa e reduzir o alto índice de alavancagem.
“Vamos ter alguns anos superpositivos”, projetou o CEO global da JBS, Wesley Batista, em teleconferência com analistas e investidores. Na avaliação do empresário, a unidade JBS USA Beef – que engloba os negócios de carne bovina nos EUA e as operações na Austrália – alcançou uma margem Ebitda “razoável”, de 5%, no terceiro trimestre. Trata-se de um desempenho superior aos 3,4% registrados no mesmo intervalo de 2015.
“Para esse negócio, acreditamos que 5% de margem Ebitda é um número razoável, e estamos otimistas que a indústria voltará a operar em nível razoável em 2017 e 2018”.
Para a JBS, a divisão de carne bovina nos EUA é particularmente importante, já que a JBS USA Beef responde por cerca de 40% da receita líquida e quase 30% do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da companhia.
Durante a teleconferência, a empresa também buscou afastar o temor de que a maior oferta de bois eleve a produção americana a ponto de comprometer o momento. “As plantas que existem hoje já rodam perto da capacidade, afirmou André Nogueira, executivo que comanda a operação da JBS nos EUA.
Outro fator limitante para o crescimento da produção é a escassez de mão de obra, disse Batista. “O desemprego americano está bastante baixo. Hoje, a indústria inteira enfrenta o desafio de ter fábricas com a quantidade necessária de mão de obra para rodar a capacidade existente”.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.