A firma de investimentos americana Jefferies é o investidor de longo prazo que garantiu US$ 50 milhões (cerca de R$ 210 milhões) para a oferta subsequente de ações (follow on) da Marfrig, afirmou uma fonte. Os americanos também integram o sindicato de bancos que fazem parte da operação.
Na edição de hoje, o Valor informou que a companhia brasileira já contava com R$ 600 milhões para a oferta, que deve totalizar R$ 3,3 bilhões considerando as parcelas primária e secundária — a BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está se desfazendo de todas as ações.
Do total já assegurado, os controladores da Marfrig — o empresário Marcos Molina e sua esposa — investirão R$ 390 milhões, preservando a participação na companhia em 39% do capital. O restante já assegurado virá do Jefferies, que aportará US$ 50 milhões. Com isso, 20% da oferta de R$ 3,3 bilhões está garantida.
Marfrig e Jefferies mantêm um relacionamento próximo. Até o mês passado, ambos eram sócios no National Beef, frigorífico americano controlado pela empresa brasileira. Em novembro, a Marfrig pagou US$ 860 milhões ao Jefferies para aumentar sua posição acionária no National, de 51% para 82%.
Os bancos e executivos da Marfrig iniciaram hoje as apresentações aos investidores. A previsão é que a precificação das ações da Marfrig ocorra em 17 de dezembro. As novas ações da empresa começam a ser negociadas em 19 de dezembro, e a oferta será formalmente encerrada no dia 26.
Participam da operação os bancos Santander, J.P. Morgan, Banco do Brasil, Jefferies e Bradesco. O Santander lidera o sindicato.
Na bolsa, as ações da Marfrig registram queda nesta segunda-feira. Há pouco, os papéis recuavam 0,27%, a R$ 11,06 na B3. O Ibovespa oscila próximo da estabilidade.
Fonte: Valor Econômico.