A carne bovina deve pressionar menos os índices de inflação neste segundo semestre. A previsão é de Joesley Mendonça Batista, diretor-presidente do JBS-Friboi, maior frigorífico de bovinos do país.
A carne bovina deve pressionar menos os índices de inflação neste segundo semestre. A previsão é de Joesley Mendonça Batista, diretor-presidente do JBS-Friboi, maior frigorífico de bovinos do país.
Segundo Batista, o crescimento do valor da arroba em dólares -causado pela redução de oferta e acentuado pela apreciação do real- colocou o boi do Brasil em valor semelhante ao de outros mercados, como EUA e Austrália, e perto do da Europa.
Com essa convergência global de preços, não há espaço para novas altas substanciais das cotações em dólares no Brasil, afirma Batista.
No atacado em São Paulo, o quilo da carne de primeira ficou em R$ 6,10, 24,5% mais que um ano antes. O mercado financeiro trabalha com o cenário de que o IPCA, índice usado para definir a meta oficial de inflação, tenha chegado em julho ao acumulado de 6,5% em 12 meses.
José Vicente Ferraz, diretor-técnico da consultoria AgraFNP, observa, no entanto, a possibilidade de que o preço da carne se eleve com mais intensidade no fim do ano, puxado pelo 13º salário e pelo crescimento da demanda que costuma ocorrer nesse período. Justamente uma época de entressafra, de restrição da oferta.
As informações são do jornal Folha de S.Paulo.