Joesley Batista rebateu as críticas que vem recebendo sobre a alta concentração no setor de frigoríficos exportadores. Segundo ele, a história tem provado que a partir do momento em que se criam empresas maiores, pode-se ver o preço do boi nos níveis mais altos da história.
Joesley Batista, presidente da Holding J&F e também presidente do Conselho do Grupo JBS, concedeu entrevista exclusiva, nesta terça, dia 21, ao programa Agribusiness Entrevista, do Canal Rural. Na conversa com a jornalista Alessandra Mello, Batista rebateu as críticas que vem recebendo sobre a alta concentração no setor de frigoríficos exportadores. Segundo ele, a história tem provado que a partir do momento em que se criam empresas maiores, pode-se ver o preço do boi nos níveis mais altos da história.
“Hoje, o boi brasileiro está melhor remunerado que o boi americano. Eu não tenho nenhuma dúvida de que a concentração tem um papel importante. A história prova que quanto mais concentrado, melhor”, disse Joesley.
Para o empresário, se uma série de frigoríficos pequenos chegarem ao importador europeu, por exemplo, eles provavelmente vão ficar brigando, baixando preço para vender mais barato, e isso pode fazer com que se pague mais barato pelo boi.
“Quando você concentra a indústria, e o produtor prefere ter um representante forte, com acesso internacional, é mais fácil. Ou será que ele seria melhor representado se tivesse um monte de pequenos frigoríficos sem poder de negociação com seus clientes?”, questionou Joesley.
Joesley comentou, ainda, a polêmica envolvendo o apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para a construção da Eldorado Celulose e Papel, em Três Lagoas/MS. A unidade, que deverá entrar em operação em novembro de 2012, será a maior fábrica de celulose do mundo, com uma produção de 1,5 milhão de toneladas por ano de celulose branqueada de eucalipto.
“O BNDES tem tido papel fundamental na internacionalização das empresas brasileiras, e nós somos uma das empresas. O BNDES tem investimentos em mais de 500 empresas, não somos os únicos privilegiados. O projeto da Eldorado Celulose é de R$ 6,7 bilhões, na qual o BNDES está financiando R$ 2,7 bilhões, menos de 50% do financiamento total”, observou ele.
O empresário diz que muitas pessoas questionam se sua empresa tem alguma facilidade junto ao BNDES. Segundo ele, o projeto da Eldorado Celulose está sendo discutido há dois anos, e não foi de uma semana para outra que teve o pedido de investimentos aprovado.
“Todo empresário que tem um bom projeto de forma absoluta e simples, que tiver acesso à internet, que fizer uma carta-consulta e der entrada no BNDES, pode ter certeza que vai ser estudado e atendido”, falou Joesley.
Sobre o segredo do sucesso da empresa JBS e da Holding J&F, ele diz que o principal é trabalhar e se dedicar àquilo que gosta.
“Cada dia mais eu me convenço que não tem segredo. Se dedicar, fazer o que gosta, se juntar a pessoas que também gostam do que fazem, Nosso projeto é audacioso, mas por outro lado, nós temos mostrado ao mercado que, apesar da velocidade dos investimentos, nós somos uma empresa experimentada, pois passamos por vários momentos difíceis. Nós somos uma empresa que começou pequena, que vem crescendo. O segredo do sucesso é trabalhar bastante, de forma reta, sem pegadinhas, tem que trabalhar”, concluiu o empresário.
Além de presidir o Conselho do Grupo JBS, Joesley Batista lidera também a Holding J&F, que comanda um conglomerado de cinco grupos e mais de 50 marcas em diversas áreas como higiene e limpeza, lácteos e couros, além de operações nas áreas florestal, papel e celulose.
O frigorífico JBS, maior empresa da holding J&F, tem 125 mil funcionários espalhados por unidades industriais, escritórios e centros de distribuição em 20 países. Fundada pelo pecuarista goiano José Batista Sobrinho a partir de um pequeno frigorífico em Anápolis/GO, a JBS é dirigida pelos filhos Joesley Mendonça Batista, presidente da holding, e Wesley Mendonça Batista, diretor executivo (CEO) da JBS.
Em 2010 a JBS abateu 15 milhões de cabeças de gado e registrou receita líquida de R$ 55 bilhões, dos quais R$ 35 bilhões se referem a operações com carne bovina.
A matéria é de Anelise Frozza, do Canal Rural, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Boa Joesley. "Quanto mais concentrado melhor."
Desde que seja nas mãos dele, claro.
"Quando você concentra a indústria, e o produtor prefere ter um representante forte, com acesso internacional, é mais fácil. Ou será que ele seria melhor representado se tivesse um monte de pequenos frigoríficos sem poder de negociação com seus clientes?", questionou Joesley.
Complicado, você concentra, recebe preços melhores lá fora e nunca repassa aos produtores, justamente porque é o único que faz.
Devo dizer que este é comentário muito infeliz da parte do senhor empresário.
Acho que de tanto se repetir alguma coisa,para algumas pessoas,estas afirmações ainda insólitas transformam-se na mais pura VERDADE.Certo que verdade é uma expressão pessoal,cada um tem a sua.
Curioso é que além de JBS,Marfrig e BRf,quase todos os demais atores do setor de frigoríficos bovinos devem ser absolutamente incompetentes.
Sabemos,aliais é publico,que vários destes atores recorreram a ao equânime BNDEs,com certeza todos tinham projetos,e alguns,no mínimo foram assessorados por profissionais e empresas de consultorias capacitadas na confecção de tais projetos.
O projeto de Vans do JBS era absolutamente improvável e foi laureado com empréstimos,e o óbvio ocorreu.Em que este projeto era bom?!
São apenas 12,7 bilhões liberados apenas para este grupo (e toda esta grana em governos do PT),mas não podemos sequer nos admirar com isto,porque segundo os Batistas é tudo absolutamente normal!
A concentração é boa para setor de frigoríficos,gera empregos e renda?
A concentração é boa para os pecuaristas?
Ele afirma que os preços das @s aumentam pela concentração,mas como pode isto?
Apenas vivemos um momento de transformação onde há anos os abates de fêmeas tornaram-se insustentáveis para a manutenção dos planteis.Todos os participantes do setor sabem exatamente o que fez os valores das @ valorizarem.
E porque os papeis desta empresa são tão desacreditados na bolsa?Estariam os investidores equivocados,todos?
Seria esta empresa tão mais capaz do que as demais,a ponto de pagar pelo boi o que todos pagam e vender os cortes primários,pelo menos a R$0,20 a menos do que o pretendido pelos demais frigoríficos,chamados pelo mercado de normais?
Será que eles têm tanto ganho de produtividade a ponto de suportar altos Spreads entre preços de compras dos animais e preços de vendas das carnes?
Continuo a me perguntar: O que Seria do JBS sem o BNDEs?
PT saudações,
EVÁNDRO D. SÀMTOS.
Na minha modesta opinião, o preço da @ era um reflexo do consumo interno… tanto é que só foi o mercado interno "esfriar" que a @ teve baixa…..
Alem disso eu não vejo a JBS praticar preços altos…a maioria dos seus concorretes reclamam dos baixos preços por ela praticados….
É com essa entrevista, se pode ter uma idéia que a familia controladora do JBS, pensa a respeito da cadeia produtiva em particular os produtores rurais. chamam o produtor rural por tabela de "Jeca Tatu". Acordem batista, o produtor rural brasileiro não é tão ignorante como vocês pensam. Temos um minimo de conhecimento dos fundamentos do mercado.
"Quando você concentra a indústria, e o produtor prefere ter um representante forte, com acesso internacional, é mais fácil"
Sr Joesley o produtor tambem quer saber porque a qualidade de seu abate caiu , rendimento de carcaça jamais foi o mesmo , os preços praticados no mercado o JBS que estipula (só nao cai mais porque a oferta é restrita em praticamente todo o Brasil) transporte em todas as suas unidades nao presta e o principal que vcs e seus diretores que grande parte tem contas em aberto com os fazendeiros pq sao ex donos de frigorificos quebrados ou que os senhores empregaram pregam humildade, clemencia a Deus e que na realidade praticam uma coisa completamente diferente com os produtores e tambem com os seus colaboradores. Na realidade os senhores fizeram esses imperio querendo tomar conta do Brasil e nao estao conseguindo, podem ate dominar o mercado , so que nao esperavam uma queda brusca na lucratividade de suas operações. Os senhores tambem poderiam intervir perante ao BNDS ja que tem acesso tao facil no mesmo financiar o que precisarmos agora para que consigamos permanecer no mercado com o novo codigo florestal.
Joesley. "Quanto mais concentrado melhor." Do ponto de vista do grupo JBS perfeito. O problema é que os bons preços conseguidos lá fora com a tal concentração não são repassados para os produtores aqui no Brasil.
Pelo jeito "o setor" sobre qual Sr.Joesly Batista está falando se restringe aos pecuaristas; e o resto da cadeia?
Vamos extinguir o CADE…e so mais um cabide de empregos!!!
Viva a centralização de todos os mercados!!!!
Cadeia forte é quando TODOS os elos da Cadeia são fortes…
Cadeia Forte é quando todos os elos da cadeia são fortes…
A centralização fortalece demais um elo e enfraquece muito o elo que deveria ser o centro das atenções…o produtor rural…
Caros,
Muito bonito as criticas e palavras de todos!
Apenas como sugestao, todos deveriao comecar a ver o Brasil como o maior produtor mundial de proteina e alimentos. Tem que ter investimento sim, como em qualquer outro pais do PLANETA que e’ desenvolvido!
Apenas alguns exemplos mundiais: CARGIL, GERDAL, VALE, INUMERAS CERVEJARIAS, SAMSUNG, MITSUBISH, MICROSOFT, HYUNDAY………….; e como sugestao peguem a lista das maiores empresas do mundo e vejam de onde vem o dinheiro investido! Sempre dos fundos de investimentos do pais de origem, ou seja, quanto mais rico o pais, mais veremos investimentos como este!
Parabens ao Batistas, principalmente ao Wesley pela consistencia e determinacao em tornar a empresa algo realmente lucrativo e o mais importante: cravar a bandeira Brasileira em todos os cantos do planeta terra!
So mais uma dica ao produtor brasileiro: temos que aprender a produzir carne e nao so engordar boi!
Abraco
Marcelo Ribeiro
"So mais uma dica ao produtor brasileiro: temos que aprender a produzir carne e nao so engordar boi"
Olha o tiro no pé Sr Marcelo Ribeiro, seu patrão Batista amanha não podera estar contando nem com o BNDS e nem com a galinha dos ovos de ouro.
Muito infeliz e inoportuno seu comentario….
Sem comentários!!!
os produtores neste país já faz muito estando na atividade….
Faz bem ao bolso dos acionistas e donos da JBS-FRIBOI, isso sim. O cara tá pensando que está falando a tolos idiotas.
Francisco,
Sou produtor de gado na Australia. Temos um rebanho de 170.000 vacas e ficamos cansados de vender boi para a JBS Swift na Australia, como qualquer outro produtor no mundo. Sempre falavamos: "o frigorifico ta roubando"! Ai, inventamos de abater o gado dos nosso confinamento, onde temos 15.000 animais estaticos e abatemos 1500 bois de 610kg vivo por semana; e vender a carne.
Somos o maior concorrente da JBS para carne de gado de confinamento na Australia.
Infelizmente os Batistas nao sao meus patroes e sim concorrentes, mas se fossem teria orgulho de trabalhar para uma familia que acorda as 4am para fazer reuniao com gerentes de fabrica; gente SIMPLES!
Hoje vendemos carne ao inves de boi, e posso te garantir que ter frigorifico nao e’ facil!
Grande abraco!
Marcelo Ribeiro