De toda forma fica a impressão que a margem do varejo seja muito boa para motivar esta estratégia de seu fornecedor natural. Só o tempo dirá se a estratégia arrojada foi acertada ou não. O fato é que não conheço precedentes deste tipo e se houverem devem ser muito raros
O leitor do BeefPoint José Ricardo Skowronek Rezende, enviou um comentário ao artigo “Vans da JBS: você já viu?“. Abaixo leia a carta na íntegra.
“Minhas dúvidas são:
a) os açougues e supermercados que atuam na área de cobertura das vans vão continuar comprando carne do JBS ou vão optar pelo concorrente?
b) os preços praticados pelas vans são maiores ou menores que os dos varejistas da região? Qual a lógica da estratégia: conquistar a clientela com preços agressivos ou pela conveniência?
De toda forma fica a impressão que a margem do varejo seja muito boa para motivar esta estratégia de seu fornecedor natural. Só o tempo dirá se a estratégia arrojada foi acertada ou não. O fato é que não conheço precedentes deste tipo e se houverem devem ser muito raros.”
0 Comments
Uma das verdades é : A JBS atualmente tem uma produção GIGANTESCA DIÁRIA de carne bovina in-natura à vácuo e tem que encontrar a qualquer custo mecanismos para desovar toda esta produção. Os volumes atuais de Exportação estão a quem das expectativas, mas um motivo de preocupação .
Este modelo de venda direta a JBS “Importou” principalmente do segmento de Computadores, onde a DELL vende direto da Indústria ao “end user” sem nenhum intermediário no mundo inteiro.
Outro motivo é a necessidade diária de aparecer na mídia (a qualquer custo) pois os Bancos que não entendem nada de Carne, pelo menos entendem que a JBS está através de suas vans buscando ser diferente da concorrência e está sempre em evidência, coisa de Marketeiro.
Outro destaque é o fato das vans venderem os “cortes” de maior valor agregado : Picanha, F. Mignon, Maminha, Lagarto, Contra-Filé, Noix, ……..cortes de fácil preparo para dona de casa, ou para Churrasco. Acém, Paleta, Ponta-de -Peito, Bucho, Mocotó, Rabada, Coração, Rim, etc ………. Com certeza eles não estão vendendo, pois o manuseio e preparo destes cortes demanda conhecimento e habilidade profissional da dona de casa, que tem necessidade destes produtos “Bifados ou Moídos”
PROFISSIONAL DA CARNE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO LTDA.
Alexandre Campos – Diretor
diretoria@profissionaldacarne.com.br
voces tem duvidas sobre a vantagem de vendas no varejo, è somente ir ao acougue e pedir uma picanha maturada com o preco do kg a r$ 38,00. dois kg estarao pagando o preco de uma @. o unico que perde na historia sempre se repete e o produtor.
Prezados Alexandre e Mario,
Realmente cada corte de boi é vendido para um público e por um preço específicos. E os frigoríficos e varejistas procuram sempre as melhores estratégias de comercialização para aumentar suas margens.
Os varejistas da UE, por exemplo, são excelentes compradores de cortes nobres de traseiro: file-mignon, contra-file, etc. Pagam muito bem, mas em média adquirem cortes que representam 25/30 kg por carcaça, algo entre 10 e 15% do peso do total. E os frigoríficos precisam de mercados para todos os cortes.
Mas as diferenças de preços entre os cortes e estratégias dos agentes sempre existiram. A grande novidade é a entrada do frigorífico na distribuição da carne para o consumidor final. De certa forma é uma concorrência do frigorífico com seus antigos clientes. Quais praças e cortes as Vans vão cobrir? Certamente a política de distribuição da JBS ainda será ajustada com a experiência, mas só o tempo dirá se é uma estratégia vencedora.
Att,
Acredito que esta estratégia não vá funcionar em todas as regiões que eles pretendem atuar, pois existem aspectos culturais que precisão ser mudados, e isso não e nada fácil. Pois conheço varias donas de casa que preferem compra sua carne todos os dias nos açougues, onde as mesmas se encontram fresquinhas e cortadas na hora.
Outro aspecto importante a ser analisado, um possível boicote por parte dos supermercados e açougues, onde os mesmos podem deixar de comprar do JBS no atacado. Então vamos ver no que vai dar.
Prezado Sr Uelbis,
Todas suas considerações são pertinentes….uma parte da clientela realmente não vai trocar seu açougueiro pela Vans pelas razões expostas….mas a estratégia não precisa de 100% de adesão da clientela para seu sucesso. E o boicote dos supermercados e açougues é outro risco grande que o JBS corre….creio que teremos que aguardar e ver como as coisas vão evoluir.
Att,
Amigos, desculpem minha ignorância, mas até hoje ninguém me respondeu como fica a questão sanitária. A carne sai do frigo para venda, abre e fecha a porta da van. O que sobra na final do dia volta para o frigo?
Acho válida a verticalização da cadeia até para reduzir o custo final dos produtos e agregar valor à industria que por sua vez teria mais lastro para aportar o produtor, todos ganhariam. Então por quê não abrir uma loja em cada cidade? Um loja da indústria, onde se vende produto sadio e não do mato, que a maioria dos açouguem o fazem.
Deixa os assaltantes acharem essas vans, produto valioso, alvo fácil… sei não.
Prezado Jorge,
Creio que já manifestei antes, neste site, que considero pertinentes suas preocupações e que acho que o JBS e autoridades sanitárias devem esclarecer o quanto antes o consumidor sobre como se dará esta fiscalização sanitária.
Att,