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Jose Ricardo S Rezende: garantia de origem dos animais não deve ser misturado com abate ilegal (Leitor Comenta)

Jose Ricardo S Rezende, leitor BeefPoint, comentou sobre a notícia ABRAS e subprocuradores da República assinam termo para evitar compra de carne bovina ilegal. Leia na íntegra:

“Por favor não misturemos os assuntos. Abate ilegal é o abate de animal feito de maneira clandestina, sem qualquer tipo de inspeção sanitária e normalmente com uma higiene abaixo da necessária. O comércio de carne oriunda de abate ilegal é, como o nome já diz, ilegal. Ponto final. Não cabe acordo do ABRAS simplesmente para cumprir a lei. Um outro tipo de problema é a qualidade da inspeção feita. Aqui há uma discussão muito grande e antiga entre a equivalência ou não dos serviços de inspeção. Como regra a inspeção federal atualmente é, na maioria das vezes, mais criteriosa que a Estadual e Municipal. Mas há questões importantes de viabilidade econômica dos diferentes tipos de serviços de inspeção de acordo com a escala do frigorífico. E um terceiro assunto é a questão da origem dos animais. Se são oriundos ou não de propriedades que cumprem integralmente com a legislação vigente e como comprova-lo. Lembrem-se que quem vende carne aos varejistas são os frigoríficos e não os pecuaristas. Mas o que se quer com o acordo feito é que os supermercados passem a exigir garantias a respeito da origem dos animais dos seus fornecedores frigoríficos, todos eles com serviços de inspeção sanitária operando normalmente. Mas se misturarmos tudo, abate ilegal com garantia de origem dos animais, como fez o subprocurador do MPF no Pará, Dr Daniel Cesar Aseredo, não entenderemos absolutamente nada.”

2 Comments

  1. Andre Bartocci disse:

    Mais uma vez presenciamos a grande falta de conhecimento do Varejo com a cadeia da carne.Garantia de origem dos animais e abatedouros ilegais sao problemas da cadeia mas de soluções distintas.
    E o Varejo que apresenta nossa carne para o Consumidor!!!
    Mais uma nota fora da ABRAS com apoio do MPF(lembram da propaganda CARNE LEGAL!).
    Mais uma vez o varejo ao invés de tentar um caminho juntamente com a Industria e a Produção tenta resolver os SEUS problemas com um passe de magica…ou seria Passe de Marketing!

  2. Alex Bastos disse:

    Quanta confusão está se fazendo, acredito ser o termo da campanha – Legal/Ilegal, não tem nada misturado.
    A questão dos termos assinados pelos subprocuradores e a ABRAS, não tem nada, mas nada, a ver com abate irregular/clandestino “feito as escuras/fora da lei”, difundido ultimamente na mídia escrita e televisiva nacional pela Rede Globo e Revista Veja!
    Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
    Este acordo é para evitar compra de carne produzida em pastos ilegais da Amazônia, apesar de não concordar totalmente com o modo operante da Campanha Carne Legal do MPF – vejamos:
    “O Ministério Público Federal e outros órgãos de fiscalização estão trabalhando para reverter o desmatamento na Amazônia com uma série de medidas para fiscalizar e punir fazendas e frigoríficos que não obedecem à legislação ambiental, fundiária, social e trabalhista.
    O Pará tem mais de 400 comunidades descendentes de escravos e é também campeão, no país, em utilização de trabalho escravo na pecuária bovina. Em 2010, a atuação do MPF nesse sentido prossegue no Pará e em outros estados onde há criação de gado bovino no bioma amazônico, como Mato Grosso e Rondônia. “O objetivo, que pode e deve ser perseguido em todo o Brasil, é que a atividade pecuária não provoque mais desmatamento e degradação social, tornando-se sustentável e respeitando a preocupação dos consumidores conscientes.” retirado do site – http://www.carnelegal.mpf.gov.br/carne-legal/historico

    “A negociação entre os procuradores da República e os representantes dos três maiores frigoríficos que possuem unidades em Mato Grosso e com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) começou em outubro de 2009. Durante mais de sete meses foi elaborado em conjunto o documento que irá formalizar o compromisso das indústrias por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).” retirado do site- http://www.carnelegal.mpf.gov.br/carne-legal/carne/o-que-e

    Concluindo, o foco é evitar que bovinos criados em áreas desmatadas ilegalmente da Amazônia e porventura que utilizem trabalho escravo, sejam adquiridas por excelentes indústrias frigoríficas, consequente repassando carnes para Supermercados. Isto é uma coisa!

    Outra coisa é o abate informal, irregular, clandestino que uns falam que é menos de 5%, outros 20%, 30%, 50%, que chegam à mesa do consumidor brasileiro através de mercados, mercadinhos, açougues e feiras livres que, ao menos sabem o que é ABRAS!