EUA: exportações de carne bovina caíram 12% em volume e cresceram 2% em valor de jan-set/12
19 de novembro de 2012
Uma agenda construtiva para o novo Código Florestal
19 de novembro de 2012

Kátia Abreu critica suposto protecionismo nacional e os prejuízos para o agronegócio brasileiro

Segundo ela, o agronegócio é muitas vezes prejudicado em negociações comerciais internacionais pela resistência de setores da indústria em reduzir barreiras às importações em troca da abertura de mercados a exportações brasileiras do setor.

A presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Kátia Abreu, criticou em Pequim o suposto protecionismo a setores da indústria nacional e afirmou que o agronegócio não pode ser prejudicado pelo temor do segmento em relação à concorrência internacional, especialmente a chinesa.

Segundo ela, o agronegócio é muitas vezes prejudicado em negociações comerciais internacionais pela resistência de setores da indústria em reduzir barreiras às importações em troca da abertura de mercados a exportações brasileiras do setor.

A China é um dos principais alvos das medidas protecionistas, mas o país investiu em inovação e tecnologia e deixou de ser um fabricante de produtos de baixa qualidade e preço, disse. Na opinião dela, não se justifica o protecionismo a certas indústrias, entre as quais mencionou fabricantes de máquinas e equipamentos, autopeças e têxteis.

A senadora disse que a CNA pressiona o governo para rever a interpretação legislativa que restringiu a compra de terras no Brasil por estrangeiros. “Já estamos perdendo investimentos importantes de vários países por conta da nova interpretação.” A posição restritiva foi adotada em 2010, depois que estatais chinesas manifestaram a intenção de comprar grandes extensões de terra no Brasil para a produção de soja.

O objetivo da CNA com o escritório em Pequim é ampliar e diversificar as exportações de produtos agropecuários à China, com ênfase em carnes, suco de laranja, café e produtos florestais, como celulose.

Atualmente, as vendas são extremamente concentradas em soja – que respondeu por US$ 12 bilhões dos US$ 16 bilhões de exportações do agronegócio para a China no ano passado. Segunda maior economia do mundo, o país vive um processo de elevação da renda de sua população de 1,3 bilhão de pessoas, que deve se traduzir no aumento do consumo de alimentos nas próximas décadas.

Além de pretender conquistar parte desse mercado, a CNA também quer atrair investidores chineses para obras de infraestrutura no Brasil que ajudem a resolver os problemas logísticos de escoamento da produção do setor.

Fonte: O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

3 Comments

  1. mario wolf filho disse:

    Quanto a protecionismo do nosso Governo para a Industria de maquinas, equipamento veiculos eu sou totalmente contra. Na venda de terras para estrangeiros tem que ser muito bem regulamentada, pois ja tem uma grande concentração de areas de grupos nacionais, que esta diminuindo em muito as pequenas e médias propriedades de agricultura. Outro ponto que a nossa Senadora deveria se preocupar com o Governo Federal de qua Ela faz parte atravéz de seu patido é a grande concentração ou um Monopolio que foi criado na Industria Frigorifica.

  2. marcio valadares nader disse:

    Esta Senhora pela sua inteligencia, visão, colocações e projetos sem contar a combatividade é quem deveria estar governando o País. É guerreira e não guerrilheira! Pensa Brasil, tem projeto de governo e não projeto de poder.

  3. Eliseu Portilho disse:

    Estou surpreso que é estatal estrangeira que quer comprar terras no Brasil, ESTATAL coisa que não existe mais no Brasil, estatal Chinesa é protencionismo do governo Chinês. E quanto a Katia Abreu ela só é representante do latifúndio e não do povo Brasileiro. E terras no Brasil não devem ser vendidas e sim produtores, cooperativas, associações, parcerias com empresas estrangeiras e não, vende-las!!! Já a indústria brasileira está faltando vender ações para seus colaboradores, ou pelo menos fazer com que vista a camisa da instituição tendo uma participação nos lucro, ai sindicato nenhum vai inviabilizar ações das empresas, como greves e paralisações desnecessárias. E quanto a guerrilheira eu digo que o povo elege a cada 4 anos tem outra, e com governo nos devemos colocar as cartas na mesa e mostrar o melhor caminho. “Quem hostiliza governo só por hostilizar bate na mãe por mistura”.