A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, ressaltou durante o “Diálogo Agrícola Brasil – Estados Unidos”, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Departamento de Agricultura americano (USDA), que a lei agrícola americana aprovada no ano passado, a Farm Bill, traz “muita preocupação” para o agronegócio brasileiro, especialmente em relação aos subsídios. De acordo com estudo realizado pela CNA, se a lei fosse acionada hoje provocaria queda de 2,7% no preço da soja, o que representaria prejuízo de US$ 1,1 bilhão aos produtores brasileiros da commodity.
“Todas as nossas entidades estão observando com cuidado a operação dessa lei”, discursou a ministra, lembrando que o Brasil não pode acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) antes de a lei ser colocada em prática. “Não podemos tomar nenhuma medida contra a lei antes que ela seja praticada, porque os mecanismos só serão acionados se houver distorções de preço. No mínimo, temos que esperar um ano de prejuízo para que possamos nos socorrer da OMC”.
Apesar das ponderações sobre os subsídios, a ministra elogiou a política de seguro rural prevista na Farm Bill, que servirá de referência para elaboração da Lei Plurianual Agrícola (LPA) brasileira.
Fonte: Mapa, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.