A carne bovina rastreada pelas regras da União Européia pode custar R$ 7 por arroba mais do que a vendida nos outros mercados, inclusive o interno. A estimativa é do secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz. De acordo com ele, o motivo será a oferta restrita da carne exportada àquele mercado, que só pretende habilitar inicialmente 6,8 mil propriedades cadastradas no sistema de Estabelecimentos Rurais Aprovados no Sisbov (ERAS).
A carne bovina rastreada pelas regras da União Européia pode custar R$ 7 por arroba mais do que a vendida nos outros mercados, inclusive o interno. Isso significaria um aumento de cerca de 10% no preço da arroba do animal rastreado.
A estimativa é do secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz. De acordo com ele, o motivo será a oferta restrita da carne exportada àquele mercado, que só pretende habilitar inicialmente 6,8 mil propriedades cadastradas no sistema de Estabelecimentos Rurais Aprovados no Sisbov (ERAS).
“Não é possível produzir as 350 mil toneladas anuais de carne nobre brasileira só nessas propriedades, por isso a expectativa é de que a arroba aumente. Isso vai garantir um retorno ao proprietário que fez todo o investimento em rastreabilidade há muito tempo”, afirmou Kroetz, segundo reportagem de Gustavo Porto, da Agência Estado. Além de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Espírito Santo também são autorizadas a exportar regiões do Goiás e Mato Grosso.
Kroetz afirmou que é possível algum atraso nas auditorias do Mato Grosso, que possui 1.791 propriedades, e em Goiás, com 2.675 propriedades. “No entanto, mesmo depois do dia 31 de janeiro todas serão avaliadas e, até fevereiro, queremos encaminhar todos os relatórios individuais aos europeus, bem antes do prazo previsto, que é 15 de março”, explicou o secretário.
Kroetz disse também que serão enviadas três listas aos europeus: uma com as 10,3 mil propriedades ERAs do País – algumas não estão nas regiões habilitadas; outra com as 6,8 mil propriedades em ERAs habilitadas e a terceira com as auditadas pelo governo. Esta última, de acordo com o secretário, “passa por contínua atualização”, já que dela poderão ser incluídas ou excluídas propriedades rurais habilitadas à exportação.