Produtores e autoridades sanitárias de Mato Grosso mostraram-se otimistas ontem em relação à liberação do restante do Estado para exportar carne in natura à União Européia (UE) ainda este ano. "Já estamos trabalhando para que todo o Mato Grosso seja habilitado", afirmou Kroetz, destacando o esforço dos pecuaristas locais no sentido de manter a vacinação regular e garantir a sanidade do rebanho mato-grossense.
Produtores e autoridades sanitárias de Mato Grosso mostraram-se otimistas ontem em relação à liberação do restante do Estado para exportar carne in natura à União Européia (UE) ainda este ano. A literal injeção de ânimo veio de Paris. Depois de três anos, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) restabeleceu o status sanitário do estado do Mato Grosso do Sul. A partir de agora, o rebanho bovino do estado vizinho volta a ser considerado pela entidade livre de febre aftosa, com vacinação.
“Fizemos a nossa parte. Mato Grosso encaminhou o pedido e toda a documentação necessária ao Ministério da Agricultura, solicitando a liberação das demais áreas do Estado que estão impedidas de exportar para a UE”, afirmou o presidente do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Décio Coutinho.
De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Inácio Kroetz, a habilitação de aproximadamente 50% do rebanho bovino mato-grossense, situado nas regiões norte, noroeste e Pantanal, estava vinculada ao reconhecimento do Mato Grosso do Sul pela OIE de área livre de febre aftosa com vacinação.
“É um processo natural. Primeiro, a OIE tem que reconhecer Mato Grosso do Sul para, em seguida, Mato Grosso pleitear a liberação do restante do seu território”, explicou Inácio.
“O Mapa vai pleitear a inclusão do Mato Grosso do Sul para o mercado europeu e, ao mesmo tempo, reivindicar que Mato Grosso e Minas Gerais tenham seu território inteiramente habilitado a exportar carne in natura para aquele mercado”, informou Kroetz. Segundo ele, não há justificativa para o veto da UE a Mato Grosso. “Para nós e a OIE, todas as regiões de Mato Grosso estão aptas a exportar para a comunidade européia”.
“Já estamos trabalhando para que todo o Mato Grosso seja habilitado”, afirmou Kroetz, destacando o esforço dos pecuaristas locais no sentido de manter a vacinação regular e garantir a sanidade do rebanho mato-grossense.
Os produtores também estão otimistas quanto a uma avaliação positiva da missão européia que estará visitando Mato Grosso nos próximos meses. “Já estamos há mais de 12 anos sem caso de aftosa em nosso Estado. Para o segmento, Mato Grosso apresenta todas as condições técnicas para ter 100% do seu território liberado a exportar para a Europa”, afirmou o presidente da Associação dos Criadores (Acrimat), Mário Cândia.
Na avaliação da Associação dos Proprietários Rurais de Mato Grosso (APR/MT), a liberação já deveria ter ocorrido. “Temos o controle sanitário absoluto do nosso rebanho e estamos fazendo o dever de casa. O pecuarista é consciente de que tem de vacinar seu gado e vem cuidado com eficiência da sanidade do seu rebanho”, frisou o diretor-executivo da APR/MT, Paulo Resende.
Segundo ele, a inclusão do mercado europeu na pauta de exportações das áreas com restrição vai abrir um novo ciclo para a pecuária de Mato Grosso. “Acreditamos que a liberação de Mato Grosso deverá acontecer ainda este ano, inclusive com a ampliação da lista de propriedades”, assinalou.
As informações são do Diário de Cuiabá.