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Kroetz vai a Bruxelas apresentar mudanças no Sisbov

Na primeira quinzena de março, nova missão da União Europeia (UE) chega ao Brasil para dar prosseguimento aos entendimentos entre o País e o continente europeu sobre questões sanitárias. No fim de janeiro, o secretário de Defesa Agropecuária, do Mapa, Inácio Kroetz, esteve em Bruxelas, na direção-geral da Saúde e da Proteção do Consumidor (DG-Sanco), onde recebeu elogios sobre o trabalho realizado nessa área.

Na primeira quinzena de março, nova missão da União Europeia (UE) chega ao Brasil para dar prosseguimento aos entendimentos entre o País e o continente europeu sobre questões sanitárias.

No fim de janeiro, o secretário de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Inácio Kroetz, esteve em Bruxelas, na direção-geral da Saúde e da Proteção do Consumidor (DG-Sanco), onde recebeu elogios sobre o trabalho realizado nessa área. “A expectativa é que as relações comerciais entre Brasil e União Europeia, no setor de carne bovina, voltem à situação oficial de 2006. Reconhecemos o esforço brasileiro para o cumprimento dos requisitos sanitários europeus,” afirmou a diretora-geral adjunta de Saúde e do Consumidor da Comissão Europeia, Paola Testori Coggi.

O diretor de Programas da Área Animal da SDA, Márcio Rezende, apresentou a proposta do novo Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) aos membros da DG-Sanco. “O modelo atual vai dar lugar a um sistema mais simples e com menor custo para o pecuarista. Além disso, vai permitir tanto a identificação individual, já praticada hoje, quanto a identificação coletiva dos animais”, informou.

Para o secretário Kroetz, a proposta está direcionada aos processos de identificação e certificação de animais. “Vamos ter um Banco Nacional de Dados que vai interligar o Sisbov, a Guia de Trânsito Animal Eletrônica e o Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (Sigsif). Quanto às mudanças, a primeira impressão que tivemos do lado europeu foi favorável”, destacou.

Na reunião, em Bruxelas, Paola Coggi informou à comitiva brasileira que, nos próximos meses, a comissão poderá alterar o regime de administração da lista de fazendas aptas ao fornecimento de gado para exportação à União Europeia. “Num primeiro momento, a alteração não implicará o fim da exigência europeia de inspeção individual das fazendas, mas aumentará a confiança europeia no serviço de inspeção brasileiro”, enfatizou.

Os europeus mostraram interesse, também, em interligar o novo Sisbov e o banco de dados, ao sistema Traces da União Europeia, que registra a lista de fazendas habilitadas a exportar carne para aquele mercado. “O novo sistema deve entrar em vigor no segundo semestre de 2010”, disse Kroetz.

O Secretário de Defesa Agropecuária informou, também, que o Ministério da Agricultura já iniciou processo junto à Comissão Europeia para incluir o Distrito Federal, Tocantins e Rondônia na relação das unidades da federação habilitadas a exportar carne bovina para a União Europeia. Hoje, nove estados já estão autorizados: Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

As informações são do Mapa, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    O MAPA recuperar a autonomia integral de definir as propriedades habilitadas a exportarem para a UE é um avanço, mas manter a exigência de auditorias em todas as propriedades é oneroso e só faz sentido em uma situação de emergencia. Após dois anos de operação rigorosa conseguimos uma melhora significativa na qualidade do processo e esta na hora de exigirmos mais liberdade de ação.

    E interligar a BND com a GTA Eletrônica e o SIGSIF é o caminho natural para avançarmos ainda mais. Que venham logo as mudanças.

    Mas ao mer ver a aceitação pela UE da identificação coletiva, ainda que parcial, constante da revisão do SISBOV em estudo ainda é uma incógnita. Meu prognóstico é que não será aceita pelas dificuldades de auditabilidade que representa. É esperar para ver.

    Att,

  2. Fábio Henrique Ferreira disse:

    Senhores,

    Fica evidente que algo está muito errado nas informações e intenções.

    Em matérias anteriores foi publicado que a União Européia estava ciente das propostas de mudança (publicações em dezembro e janeiro). Agora vem esta matéria informando que o Sr. Secretário no final de janeiro foi a DGSANCO e lá foi elogiado sobre o sistema atual (então porque mudar) e aproveitou para levar Senhor Márcio Rezende que apresentou o novo sisbov. Fica a pergunta. Se eles só foram lá apresentar a proposta de mudança após o términio da consulta pública (19 de janeiro) pq noticiaram que a UE estava ciente das propostas.

    Na matéria também foi citado pelo Sr. Marcio Rezende “O modelo atual vai dar lugar a um sistema mais simples e com menor custo para o pecuarista.

    A União Européia não quer nem saber o quanto custa e se é difícil pois ela PAGA um preço ALTÍSSMO pelo produto e isto ficou provado pois quando ela deixou de comprar (embargou) vários frigoríficos quebraram e dos muitos que hoje são potencia se deve a este mercado. ISTO MESMO AMIGO PRODUTOR alguns ganharam BILHÕES e nós??? Não é possível que o senhor marcio e inácio tiveram a capacidade de discorrer sobre isto lá e também não é possível que estão fazendo isto com nós produtores aqui.

    Produtores não querem um sistema barato e fácil. Queremos é receber um valor compatível como já nos foi pago algum tempo atrás (R$20,00 a mais por @), se já nos pagaram isto é porque o preço que recebem pelo produto comporta nos pagar R$20,00 a mais na @ e ainda ter lucro. Agora se nos pagarem R$2,00 ou nada que é o que querem, vejam o tamanho do lucro deles.

    Senhores INACIO E MARCIO esse tema que estão tentando levantar para obter força com os produtores com relação ao trabalho de vocês está saindo pela CULATRA. É até bonitinho mesmo dizer SENHORES PRODUTORES ESTAMOS TRABALHANDO PARA BAIXAR O CUSTO E O TRABALHO DE VOCÊS……

    O que deve ficar evidente também é que o TRABALHO DE VCS para baixar custo e trabalho VAI PREJUDICAR TODOS E EFETIVAMENTE TODOS OS PRODUTORES.

    ISTO PORQUE, se for muito fácil e barato terão muitos produtores no sistema o que acho dificil pois isto muda tanto que já caiu no descredito. Mas tentando ver pelo lado ao qual os SENHORES ESTÃO TRABALHANDO voltaremos em 2004 onde quem estava no sistema ganhava a mesma coisa pelo animal e quem não entrava perdia.

    VEJAM ISTO AMIGOS PRODUTORES, para quem será que eles estão trabalhando, PARA NÓS que o sistema atual é o melhor pois quem faz ganha de R$2,00 à R$10,00 que com certeza pagaram em determinadas épocas deste ano de 2010 ou se estão trabalhando PARA OUTROS.

  3. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezado Fábio Henrique Ferreira,

    Os americanos tem uma frase que explica situações deste tipo: “Siga o caminho do dinheiro”.

    Essa frase nos dá uma boa idéia de quem serão os beneficiados pela história do “Sistema Sisbov”

    Quem o inventou? quem o prometeu aos Europeus?, quem lucrará com a simplificação atual? (onde identificar é igual a rastrear), e onde estará agora o inventor do tal sistema?

    São perguntas simples, e as respostas podem nos dar uma boa idéia de: para quem estão trabalhando, e para onde o dinheiro está correndo.

    Forte abraço, saúde e sorte.

    JMM

  4. Paulo Fernandes de Oliveira disse:

    Prezados , esta evidente que ir na Europa para apenas ter impressão, isso e coisa de Tupiniquim mesmo, e lamentável que enviamos essas comissões para fazer papel de amadores, onde ja se viu ir numa reunião desse nível para voltar com impressões, pois se fosse homens de negócios nao teriam coragem de apresentar uma proposta dessas que mais uma vez da um tiro de misericordia num sistema que esta prestes a falir o “SISBOV” por culpa de propostas que vem decima para baixo “homens que ficam atrás de mesas imaginando e achando formas e sistemas sem conhecer bem de perto a verdadeira situação dos Produtores Rurais desse país”, politicagem em negócios so pode dar nisso mesmo.

  5. Mario Ribeiro Paes Leme disse:

    Todos acima continuam sendo responsáveis pelo que a UE quer e tem conseguido de nossa produção de carne para exportação. Apenas não tem recebido nada daquilo que o exportador realmente tem conseguido em R$. Por tudo isto é que temos sido recebido em nossas Auditorias com aquela “relevância” de que está tudo indo morro abaixo. Nadatem idoneidade necessária ou aquilo de que antigamente chamávamos de “vergonha na cara”,já que não tinhamos nem mesmo necessidade de um documento palpável,pela venda de alguns animais. Me desculpem o desabafo,mas vendi alguns animais para Matadouro,e meteram a mão na balança.

  6. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezado Sr. Ribeiro Paes Leme

    Quando metem a mão na balança, não tiram tanto (no máximo chega a 1@).
    Pior é quando inventam que seu animal e portador da cisticercose, e em um lote de 40 animais, desviam de seus recursos o equivalente a 3 animais…

    Você contesta, e exige que lhe informem o número do Sisbov (impresso no maldito brinco) que acompanhava o animal, se não bastasse isso, que lhe informem também o nº do outro brinco fixado na outra orelha (nº de manejo interno da propriedade). Nada… silencio absoluto… você insiste… envia documento cobrando o tal número do Sisbov… e informa ainda que seus animais tem manejo controlado, que nunca teve um único caso desta natureza, que a propriedade possui banheiros nos currais, que seus funcionários são treinados, orientados sobre esse tipo de problema, e que sua propriedade possui registros completos de tudo que foi aplicado em cada um deles, por todo tempo em que permaneceram na propriedade. Ainda assim nada… por fim de tanto você cobrar, êles enviam uma declaração assinada pelo veterinário/fiscal do Ministério da Agricultura de que seus animais eram portadores de cisticercose…

    Mas maldito nº que nos obrigam a usar para a rastreabilidade do tal sistema ninguém sabe nada… êles o retiram quando tiram o couro… e desaparecem com ele… ninguém sabe nada, não serve para nada… somente para encher os bolsos dos fornecedores de insumos de identificação e das tais Certifcadoras, sem contar o frigorífico, que exportará a carne de seus animais … fiquei no prejuízo, e não adianta buscar alguém para reclamar… a única coisa que se pode fazer é : deixar de vender para este estabelecimento… isso quando existem outros em sua região produtora… agora tá dificil, é o mesmo em todo lugar… é quase único… o futuro não será fácil…

  7. mauro terracini disse:

    Amigo josé :
    Como comprador de teus extaordinarios bezerros no M.S. adorei tua carta pois espelha a dura realidade da nossa pecuaria.Só faltou memciionar que os frigorificos agora tambem são grandes confinadores e até banqueiros como o Friboi
    Um grande abraço.
    Mauro terracini/ Fazenda Campo Alto

  8. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezado amigo Mauro Terracine,

    Há algum tempo não nos falamos, mas o tenho sempre na memória, e na mais alta estima, afinal sempre honrou seus compromissos. Uma grande relação de parceria é o que mantivemos durante o tempo que nos relacionamos. Confiança de um lado e outro, você comprava por telefone, e eu lhe enviava o que voce esperava receber, e nunca nos enganamos…

    Espero que sua saúde lhe seja eterna companheira, e que a sorte o acompanhe, afinal pelo quadro que se avizinha, todos necessitaremos muito dela…

    Forte abraço, qualquer dia destes aceitarei o antigo convite para em sua companhia visitar sua propriedade.

    JMM