A estiagem extrapola as fronteiras brasileiras e afeta também lavouras de grãos da Argentina e do Uruguai, o que tem colaborado para sustentar as cotações de produtos como milho, soja e trigo nas principais bolsas do mundo nas últimas semanas.
Novamente sob influência direta do fenômeno La Niña, provocado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico, o clima para a agricultura brasileira tende a registrar chuvas dentro da média para a maior parte das áreas produtivas nos primeiros meses de 2012.
A exceção é o Sul do país, que deve seguir castigado pelo clima seco. A estiagem extrapola as fronteiras brasileiras e afeta também lavouras de grãos da Argentina e do Uruguai, o que tem colaborado para sustentar as cotações de produtos como milho, soja e trigo nas principais bolsas do mundo nas últimas semanas.
De acordo com previsões da Somar Meteorologia, as lavouras gaúchas continuarão a sofrer mais com a escassez hídrica, podendo atingir também o Paraná, Centro-Oeste e Mato Grosso do Sul. Na Argentina e no Uruguai também não há previsão de chuvas significativas nessas primeiras duas semanas de janeiro.
A tendência, segundo a Somar, é que o Rio Grande do Sul continue com baixo índice de chuvas nos primeiros 15 dias de janeiro.
Em Passo Fundo (RS), uma das regiões gaúchas mais importantes na produção de grãos, deverá chover apenas entre 20 ou 30 milímetros (mm) na primeira quinzena deste mês, bem abaixo da média histórica mensal de 145 mm. “Essa região está há cerca de 30 dias sem chuvas, quadro que mudará pouco nessa primeira quinzena”, diz Paulo Etchichury, diretor da Somar.
Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.