Lagoa: Paint incorpora DEPh nas avaliações

A tecnologia dá mais um passo para acompanhar o melhoramento genético e produtivo da pecuária, que já está em ritmo acelerado, com aumento do peso ao desmame, maior ganho de peso, redução da idade média de abate para 24 meses, início da reprodução mais cedo e outros indicadores fundamentais para o sucesso da atividade. O DEPh permitirá continuar fazendo isto tudo, com ainda maior eficácia e, além disto, ser utilizado como instrumento para melhorar a uniformidade da produção e a qualidade dos produtos.

O zootecnista e consultor em melhoramento genético do PAINT – Programa de melhoramento de touros da Lagoa, a maior central de genética bovina da América Latina – Luiz Alberto Fries, propôs o aperfeiçoamento da tradicional DEP (Diferença Esperada na Progênie) para o DEPh (Desempenho Esperado na Progênie).

“A ordem agora não é somente levantar os dados estatísticos do rebanho e verificar a evolução (ou não) dos animais em relação à geração anterior, como pressupõe a Diferença Esperada na Progênie. Com o DEPh, é preciso definir um alvo de ganho produtivo para os vários parâmetros importantes da pecuária e ir em busca deles”, explica Lucio Cornachini, vice-presidente da Lagoa.

Em outras palavras, o DEPh, desenvolvido por Fries e a equipe da empresa de consultoria em melhoramento genético GenSys, propõe a mudança de foco no processo de melhoramento genético da fazenda, com base nas exigências do mercado. “Os pecuaristas têm de estar cada vez mais focados nas exigências em uniformidade dos novilhos, em termos de peso, qualidade de carne e rendimento de carcaça, por exemplo, desejadas pelos seus clientes, os frigoríficos. O DEPh auxilia essa busca”, acrescenta Marcelo Almeida, gerente do Paint.

“O DEPh permite ao pecuarista investir em melhoramento genético com metas a serem alcançadas pelo seu rebanho. Estas levam em conta, evidentemente, as exigências do mercado. Trata-se de um novo olhar no processo de melhoramento genético, que tira o foco do desempenho dos reprodutores (touros e matrizes) e passa a observar os resultados que eles efetivamente proporcionam”, explica Fries.

Além da mudança de foco, o DEPh propõe o uso da média harmônica no cômputo final do resultado do teste de progênie, cujo objetivo é demonstrar as capacidades de um reprodutor avaliando o desempenho de suas crias. Com a média harmônica – que substitui a metodologia atual baseada na média aritmética, Fries entende que é possível fazer uma outra análise nos resultados do teste de progênie, procurando touros que produzam médias superiores e, além disto, com distribuições mais uniformes.

“É inegável que existem reprodutores que produzem crias não uniformes no teste de progênie. E justamente os resultados díspares da média do rebanho, computados com a média aritmética, acabam gerando distorções no índice de desempenho. O objetivo da média harmônica é corrigir tais distorções, oferecendo resultados mais próximos da realidade de todo o rebanho. Outra vantagem é que ela permite priorizar a seleção genética de touros que transmitam suas qualidades mais uniformemente ao rebanho”, assinala o especialista.

A Lagoa é a primeira empresa de genética bovina do Brasil a incorporar o DEPh em seus sumários. O Sumário Consolidado Paint 2006, que acaba de ser lançado, reúne informações de mais de 26 mil reprodutores participantes do programa de melhoramento genético da empresa, com todos os resultados em DEP e DEPh.

Maior programa de melhoramento genético do País, o PAINT conta com mais de 130 mil matrizes em avaliação e já reúne 160 pecuaristas no Brasil e no Paraguai.

Fonte: Assessoria de imprensa da lagoa da Serra