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Leandro Bovo: o confinamento é muito intensivo em capital e com margens apertadas, é fundamental uma gestão de riscos eficiente

O Prêmio BeefPoint – Edição Confinamento vai homenagear quem faz a diferença nos confinamentos do Brasil. Essa é uma iniciativa do BeefPoint, e tem a Assocon como parceira. A premiação será feita durante o Interconf 2013, evento da Assocon que acontecerá nos dias 9 a 12 de setembro de 2013, em Goiânia/GO e que o BeefPoint está fazendo a curadoria de conteúdo.

Para conhecer melhor os finalistas, o BeefPoint preparou uma série de entrevistas que mostram o que eles têm feito para se destacar na pecuária de corte.

Confira abaixo a entrevista com Leandro Bovo, um dos finalistas na categoria Comercialização e Mercado Futuro em Confinamento.

Leandro Bovo

Leandro Bovo e Silva é formado em medicina veterinária pela UNESP Jaboticabal, é especialista em Gestão de Negócios pela ESPM – SP, com MBA em finanças pelo Insper – SP. É membro da Câmara Consultiva do Boi Gordo da BVMF. Trabalha na área de mercados futuros agrícolas há 9 anos, nos mercados futuros do Brasil e Estados Unidos, desenvolvendo e implementando estratégias de hedge e especulativas para clientes dos mais diversos perfis e segmentos.

BeefPoint: O que você considera mais importante em um confinamento de gado de corte?

Leandro Bovo: Sem dúvida a gestão de riscos. A atividade do confinamento é extremamente complexa e está exposta a uma série de riscos como preços dos insumos (entre eles commodities internacionalmente cotadas como soja e milho), preço de compra do boi magro e preço de venda do boi gordo.

O confinamento é muito intensivo em capital e com margens apertadas, por isso é fundamental uma gestão de riscos eficiente para encarar a volatilidade a que o confinamento está exposto.

BeefPoint: Qual o maior desafio dos Confinamentos no Brasil hoje?

Leandro Bovo: Acho que o maior desafio é justamente conseguir gerir essa grande gama de risco de preços ao que o confinamento está exposto. Na parte técnica também existem muitos desafios, porém existem diversas tecnologias disponíveis de eficiência comprovada viabilizando uma maior produtividade de todos os fatores envolvidos no confinamento, como nutrição, sanidade, mão de obra e instalações.

Já para a gestão de riscos, muitas vezes não existem muitas alternativas disponíveis, por isso acho que esse ainda é o maior desafio.

BeefPoint: Qual projeto de confinamento você teve contato ou implementou nestes últimos anos, que considera um case de sucesso? Por quê?

Leandro Bovo: Nos últimos anos foram construídos alguns confinamentos do zero, utilizando o que há de mais moderno em tecnologia disponível. O intercâmbio com os confinadores americanos tem sido constante e o que tem funcionado bem por lá tem sido empregado aqui. É muito difícil apontar um único que se destaque, existem alguns muito bons e seria injusto apontar um só.

BeefPoint: O que você fez em 2012 que te trouxe mais resultados?

Leandro Bovo: 2012 (ao contrário de 2013) foi um ano com muito ágio embutido nos preços do mercado futuro, o que me trouxe mais resultados foram as posições vendidas ao longo da curva de preços futuros, apostando que esse ágio tão grande embutido nos preços iria diminuir, como de fato aconteceu, o que trouxe bons resultados para os clientes.

BeefPoint: O que você pretende fazer de diferente em 2013? E por quê?

Leandro Bovo: 2013 está sendo um ano totalmente diferente de 2012, pois ao invés de termos ágio, o que temos é um baixo carrego nos meses de entressafra. Então, a estratégia é inteiramente diferente da usada em 2012.

BeefPoint: Qual mensagem gostaria de deixar para os confinadores no Brasil?

Leandro Bovo: Que o confinamento é uma atividade bastante complexa e difícil, porém é um caminho sem volta. A pecuária brasileira terá obrigatoriamente que ganhar produtividade para poder liberar áreas para a agricultura, como vem ocorrendo nos últimos anos; e isso só será possível com o uso cada vez maior do confinamento.

Acredito que estamos ainda na infância dessa atividade, que terá seu crescimento acelerado nos próximos anos. Além disso, o confinamento é uma alternativa excelente para escoar o “excedente” de milho produzido na safrinha e isso será também um dos grandes incentivadores para o crescimento e profissionalização da atividade.

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Confira a Programação do Interconf 2013

Lembramos que todos os finalistas do prêmio são convidados vip cortesia do Interconf 2013.

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