Leilões de primavera ofertarão dez mil animais no RS

Terminada a Expointer em Esteio (RS), a atenção de criadores e leiloeiros se volta agora para uma das principais temporadas de negócios no interior do Estado: as feiras de primavera. Até novembro, período que concentra o maior número de leilões, serão pelo menos 50 eventos, entre expofeiras e remates particulares em cabanhas.

O presidente do Sindicato dos Leiloeiros do RS (Sindiler), Marcelo Silva, acredita que mais de dez mil animais, a grande maioria bovinos rústicos, serão ofertados. E a expectativa geral é de pista limpa.

Se tradicionalmente a mostra de Esteio, encerrada no domingo, serve como balizador dos negócios da temporada, neste ano será diferente. Apesar de o gado rústico não ter tido um bom desempenho na feira, foram comercializados 165 exemplares por um total de R$ 454,7 mil, ante a estimativa de 400 exemplares e faturamento de R$ 1,5 milhão, as perspectivas são de negócios aquecidos nos próximos meses. “Os principais criatórios reservam o melhor do seu plantel para os remates nas cabanhas e regionais”, diz Silva.

Além disso, ele destaca que as médias dos rústicos na Expointer, que chegaram a R$ 3,2 mil na raça angus, devem se repetir na primavera. “Mesmo com o preço do boi baixo, em torno de R$ 1,65, as médias alcançaram bons patamares. Pior do que está o preço do boi não vai ficar. A tendência é de que as médias se mantenham em R$ 3 mil na temporada”.

O presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais Raça (Febrac), José Paulo Cairoli, reforça a análise. “Hoje há uma superoferta, que deprime a cotação do boi gordo. Mas, a partir de outubro, cresce a demanda, aumenta o consumo e os preços vão reagir”, afirma, apostando que o quilo do boi vivo passe de R$ 1,80, impulsionando os negócios. Também chama atenção para outro fator: com a venda concentrada este ano em fêmeas, vai faltar terneiros nas propriedades nos próximos dois anos. “Este é o momento de bons negócios para quem precisa de terneiros para a produção de touros”.

Otimista, o presidente da Federação da Agricultura do RS (Farsul), Carlos Sperotto, também enumera fatores que vão incentivar as vendas, como a reabertura do mercado uruguaio para a carne desossada e maturada do Rio Grande do Sul, e a reabertura de frigoríficos no Estado.

Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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