Os chamados Leilões de Primavera – que ocorrem entre setembro e novembro com a venda de reprodutores para a estação de monta – estão rendendo mais que os realizados no ano passado. Em média, os preços dos bovinos estão entre 30% e 40% superiores aos obtidos em 2000 e a oferta é crescente, em percentagem semelhante.
Uma das maiores leiloeiras do Centro-Oeste, a Leiloboi, alcançou vendas de R$ 5 milhões apenas na Feira de Reprodutores de Campo Grande (MS), totalizando 1,1 mil animais comercializados. Segundo o dono da empresa, Carlos Wagner Guaritá Marques, este número é 40% superior ao do ano passado.
Marques acredita que tal variação se deva porque, além de ser época de monta, os pecuaristas têm investido mais na qualidade para a formação do plantel. O Leilão Brangus Excelência, realizado em São Paulo pela mesma empresa, alcançou a marca de R$ 700 mil, com a venda de 200 matrizes e 110 reprodutores.
Animais de corte também têm conseguido boa saída nesta época do ano. Em Nova Andradina (MS), o remate realizado pela Leiloboi rendeu R$ 1 milhão.
A Instância Bahia, localizada em Mato Grosso, promotora daquele que foi considerado o maior remate em número de animais do mundo – com venda de 12 mil reses -, também tem registrado o aumento nos valores pagos aos reprodutores e na oferta de animais. Entre setembro e novembro, a empresa promoveu nove leilões, ofertando reprodutores e também animais de corte. Com os bovinos de elite, foram R$ 5,4 milhões em vendas e 1,5 mil touros nelore comercializados, valores 30% superiores a 2000.
Entre os bovinos de corte, a Instância Bahia comercializou 30 mil reses neste período. Para o próximo ano, já está programado o Megaleilão 10002, em 27 de abril, quando a leiloeira pretende vender este número de reses.
Os preços alcançados no Centro-Oeste seguem a tendência dos demais remates realizados no País. Um exemplo disto é o Leilão do Centro de Avaliação e Comercialização de Touros (CAT) 2001, realizado em Uberlândia (MG). O remate faturou R$ 1 milhão, com acréscimo de 86,8% sobre as médias de preços do ano passado.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Neila Baldi), adaptado por Equipe BeefPoint