O leitor do BeefPoint, Alfério Clarisney Boettcher, de Vilhena, Rondônia, enviou uma carta comentando a notícia "RS: costela de Rondônia gera polêmica entre os gaúchos", contestando a tentativa do RS barrar carne com osso de RO. Abaixo um resumo de sua carta.
O leitor do BeefPoint, Alfério Clarisney Boettcher, de Vilhena, Rondônia, enviou uma carta comentando a notícia “RS: costela de Rondônia gera polêmica entre os gaúchos“, contestando a tentativa do RS barrar carne com osso de RO. Abaixo um resumo de sua carta.
O Estado de Rondônia foi declarado livre de febre aftosa com vacinação em 22 de outubro de 2002, nesta ocasião a mais de três anos não era registrada a presença de febre aftosa no Estado de Rondônia. Desde então até a presente data não há registro de casos suspeitos ou ocorrência de febre aftosa no Estado de Rondônia. A Organização Mundial de Saúde Animal – OIE, em 21 de maio de 2003, reconheceu a condição do Estado de Rondônia como livre de febre aftosa com vacinação a nível internacional.
É importante considerar ainda que Estado de Rondônia foi o único Estado da Federação Brasileira a manter-se apto a exportar para a Rússia durante os surtos de febre aftosa, uma vez que este mercado exige a ausência de focos de febre aftosa nos Estados vizinhos pelo prazo de 12 meses, o que levou a proibição destas exportações de Mato Grosso e Santa Catarina (mesmo livre sem vacinação).
Os Estados do Rio Grande do Sul e Rondônia recebe as mesmas definições, no mesmo artigo e alínea da legislação Federal. De modo que não há justificativas sanitárias que impeçam a venda de carne com osso de Rondônia para o Rio Grande do Sul, e este comércio esta amparado por legislação federal vigente. O Estado de Rondônia vem alcançando bons resultados em suas exportação devido ao esforço de profissionais empenhados a trazer o progresso a Região Norte deste nosso imenso Brasil.
Leia a carta de Alfério Clarisney Boettcher na íntegra.
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Inicialmente um abraço com nossa admiração pelo trabalho que os colegas pecuaristas de Rondônia estão realizando. Dentre os vários pontos que temos em comum, ambos trabalhamos pelo sucesso da pecuária e pelo digno retorno econômico aos pecuaristas.
Divergimos apenas no aspecto osso.
Estamos empenhados em manter o veto á entrada de carne com osso no estado. Pois entendemos que este osso aumentaria o risco sanitário de forma desnecessária, a que o rebanho gaúcho seria exposto. Agentes patogênicos são entes vivos que desconhecem estatísticas de risco e desconsideram a arrogância humana quanto a sua contenção.
Lembramos que o RS está aberto a importação de carne sem osso, maturada e desossada, oriunda de estados com status sanitário igual ou superior ao RS.
Segundo dados levantadas, no ano de 2005 o RS exportou 122 mil ton. de carne e importou de outros estados em torno de 90 mil ton. Neste ano de 2006, apesar dos esforços não conseguimos levantar o montante que ingressou no RS, sendo o exportado de 235 mil ton.
Interessante salientar que as carnes oriundas de outros estados, chegam ao consumidor final á preços similares a gaúcha, inclusive produzidas no Acre e Rondônia. Causa estranheza o pequeno volume ofertado das carnes importadas quando comparadas ao produto gaúcho. Indicando na teoria que derrubaram os preços a nível de produtor no Brasil central, mas não conseguem volumes á estes preços, pois no RS não há limitação na entrada, desde que sem osso.
As indústrias processadoras de carne bovina utilizam carnes sem osso e retalhos. Portanto o nosso foco é o custo benefício envolvido, não havendo lógica sanitária que justifique tal liberação.
Somado ao fato que existe normativa que permite aos estados legislarem sobre defesa fitosanitária.
Julio Tatsch
Agropecuarista
Pres. do Sind.Rural de Caçapava do Sul – RS
Prezado Sr. Julio,
Parabenizo seu enfoque quanto a entrada de carne com osso no estado do RS, fica a pergunta a quem interessa este mercado? Quais interesses podem estar por trás que justifique tal permissão?
Devemos é seguir lutando por mantermos nosso estado sanitário e até mesmo alcançarmos no futuro status igual ao obtido pelo estado de SC, e para isto as autoridades devem estar atentas e toda a cadeia produtiva comprometida com este objetivo.
Autoridades, indústrias, produtores, associações, etc, precisamos de todos engajados no mesmo objetivo e para isto uma palavra comprometimento e responsabilidade.