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Leitores do BeefPoint debatem a respeito da rastreabilidade

Em maio publicamos a notícia "Uruguai explorará vantagens da rastreabilidade bovina para promover carne" que gerou uma discussão muito interessante sobre o Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), operacionalização da rastreabilidade e prêmio pagos pelos frigoríficos por lotes de animais rastreados. Confira o que os leitores do BeefPoint pensam sobre o assunto.

Em maio publicamos a notícia “Uruguai explorará vantagens da rastreabilidade bovina para promover carne” que gerou uma discussão muito interessante sobre o Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), operacionalização da rastreabilidade e prêmio pagos pelos frigoríficos por lotes de animais rastreados.

A notícia original informava que a cadeia de carnes do Uruguai está visando o mercado chinês e para conquistá-lo explorará a vantagem de contar com uma rastreabilidade bovina obrigatória. “Em um mercado como o chinês, onde o Uruguai enfrenta a competição da Austrália, a cadeia de carnes busca explorar a vantagem de contar com uma rastreabilidade obrigatória em bovinos que é modelo no mundo, que permite, a partir do corte, chegar até o local de criação do animal e seu proprietário”, dizia o texto original traduzido do El País Digital.

O presidente do INAC, Luis Alfredo Fratti anunciou que o Uruguai irá trabalhar o marketing da sua carne bovina baseado nesse sistema de rastreabilidade. Ele explicou essa ação: “Não em todos os dias, mas sim, em determinadas datas, as pessoas poderão experimentar o que é a rastreabilidade em restaurantes montados em feiras chinesas. (A pessoa) levantará um ticket que estará embaixo do prato e chegará, a partir do bife que vai comer, a contar com toda a informação do animal antes do abate e, inclusive, poderá saber qual foi o produtor que criou esse bovino”. “A rastreabilidade aplicada pelo Uruguai é a enorme diferença que temos com o mundo e, nos próximos anos, será a ferramenta que nos diferenciará mais”, disse Fratti.

A partir dessas informações, os usuários do BeefPoint deram início a um debate bastante interessante sobre este assunto de extrema relevância para a cadeia produtiva da carne bovina. Confira este debate abaixo:

José Ricardo Skowronek Rezende: “O Uruguai tem liderado a implantação da rastreabilidade bovina na América do Sul e já colhe benefícios reais. Lá a pecuária tem um peso no PIB muito maior que no Brasil e por isto demanda mais atenção das autoridades e da sociedade. Só assim podem atender aos mercados mais exigentes. Mas por outro lado nossa escala permite economias que podem fazer a diferença a médio e longo prazos”.

Humberto de Freitas Tavares: “Caro José Ricardo, o relatório anual do Marfrig apresenta os seguintes preços médios de exportação em 2009:

– Brasil US$ 3.308/tonelada
– Argentina US$ 3.395/tonelada
– Uruguai US$ 2.489/tonelada

Os principais destinos da carne bovina Uruguaia continuaram a ser a Rússia, com 26,6% em volume, sendo seguida pela União Européia com 23,9%. A informação de que o Uruguai tem liderado a implantação da rastreabilidade bovina na América do Sul, e por isso já colheria benefícios reais, conflita com estes dados econômicos básicos.

O agregado de um ano nos permite conclusões, a meu ver, mais sólidas. E a minha impressão é que o Uruguai não conseguiu transformar em dinheiro sua suposta rastreabilidade de 100% do rebanho. Menos faturamento com mais despesas significa margens mais apertadas.

Uma curiosidade minha, que sei que você é ERAS: quanto em média tem conseguido realizar a mais por arroba vendida no ano? Você tem um funcionário exclusivo para lidar com a papelada residindo na fazenda? Que porcentagem das cabeças que você vendeu pensando em conseguir o “plus” foi desclassificada no frigorífico?

Conheço muita gente que iniciou o credenciamento para ERAS e desistiu, mas não tenho dados palpáveis. Qual a sua impressão, o pessoal está conseguindo segurar o tranco ou a lista ERAS tem mais fantasmas do que pecuaristas ativos?”

José Ricardo Skowronek Rezende: “Caro Humberto, se quiser posso lhe enviar os agregados anuais de exportações de carne bovina do Uruguai e Brasil a que tive acesso e baseado nos quais fiz meu comentário. Os números do Marfrig é que não se encaixam com os do Uruguai, mas acredito que podem ser explicados por razões industriais, logísticas, comerciais e estratégicas. Nem sempre os números de uma empresa espelham os do país onde atua.

Mas como dizia um antigo professor meu, “torturando bem os números eles sempre confessam o que queremos”. Ou, em outras palavras, o recorte feito nunca é neutro.

Por isto não posso afirmar com certeza se o saldo líquido do Uruguai (acréscimo de receitas & acréscimo de despesas) com a rastreabilidade é positivo ou negativo. Mesmo porque não tenho acesso aos custos consolidados.

Intuitivamente (considerando o diferencial de preços) me parece que o saldo seja amplamente positivo. Ou seja, melhorou as margens da atividade pecuária. Mas estou sempre aberto a rever posições se confrontado com dados.

E respondendo sua curiosidade informo que recebemos entre R$ 4,00 e R$ 10,00 a mais por arroba de boi gordo vendida no MT nos últimos 12 meses e felizmente não tivemos nenhum animal desclassificado.

Não temos um funcionário específico para a tarefa da rastreabilidade, mas gastamos parte do tempo de um funcionário administrativo e parte do tempo dos capatazes e peões responsáveis pela coleta dos dados a campo. Se somarmos tudo acredito que corresponda, para efeitos de cálculo, a alocação de uma pessoa dedicada integralmente a tarefa. E contamos com bons softwares de apoio e hardwares para coleta automática dos dados. Mas considerando que temos mais de 30.000 animais rastreados e vendas anuais de cerca de 9.000 animais considero o custo perfeitamente aceitável.

Sobre a situação geral do SISBOV diria que é verdade que muita gente desistiu de aderir e que alguns que entraram na “famigerada lista Traces” não conseguiram permanecer nela. De fato é bem mais fácil entrar na lista do que permanecer. E o diferencial de preços pagos também oscilou muito por região do pais e em algumas delas foi irrisório.

Mas também é verdade que no consolidado o nº de fazendas habilitadas e de animais rastreados segue crescendo. O que demonstra o interesse do produtor, bem como que tem mais gente conseguindo cumprir com as regras do que pessoas perdendo a certificação de suas fazendas. Diria ainda que para os confinamentos, com os atuais preços dos animais de reposição, habilitar-se virou fundamental para própria viabilidade da operação”.

Alberto Pessina: “Caro Humberto, bom dia.Também sou habilitado, porém em SP e tenho um confinamento que gira ao redor de 6.000 cabeças/ano. Por aqui os prêmios são bem menores, e giram em torno de 2% a 5%. E como nosso colega José Ricardo citou, muitos confinamentos estão habilitados, fazendo com que na entressafra ocorra uma oferta maior de animais ERAS e assim os prêmios tem sido próximos aos valores mínimos nesta data.

Com toda esta crise mundial a demanda da Europa também caiu bastante o que diminui o interesse dos frigoríficos, principalmente quando a oferta aumenta. Assim, no nosso caso não tem sido muito interessante participar do ERAs, pois o prêmio pago está pouco acima do custo.

Quanto ao funcionário, eu concordo com o José Ricardo, e considero que o trabalho todo somado deve equivaler no mínimo a um funcionário a mais. E os custos totais (rastreadora, operação, brincos, maior necessidade de manejo do gado, investimentos, etc…) devem girar em torno de 1 a 2 R$/@ a mais.

No caso da desclassificação, caso a papelada esteja correta, não é alta”.

Humberto de Freitas Tavares: “Caros José Ricardo e Alberto, muito obrigado pelas valiosas informações.

Concordo plenamente com o José Ricardo. Os números que apresentei se referem à realidade do Marfrig, e não necessariamente do Uruguai como um todo. Mas no mínimo são um sinal de alerta para a possibilidade de que aquele país não esteja conseguindo transformar em dinheiro sua suposta rastreabilidade de 100% do rebanho.

Com a desvalorização acentuada do Euro (há quem palpite que ele vai tender à paridade com o dólar), penso que nossas exportações para a UE vão sofrer um razoável impacto, que se refletirá numa queda significativa do ágio do “boi Europa”.

Mais uma pergunta ao José Ricardo, que tem um rebanho grande que inclui cria: você controla o gado com brincos ou com chip?”

José Ricardo Skowronek Rezende: “Prezado Humberto de Freitas Tavares, em duas propriedades de cria uso brincos visuais e leitores de códigos de barra de alta precisão. Em outras duas propriedades de engorda uso brincos visuais e brincos eletrônicos associados. A razão é que em operações de ciclo completo os rebanhos de cria são maiores que os de engorda e além disto na fase de engorda os erros de rastreabilidade no abate dos animais têm consequências econômicas mais graves.

Outra razão de adotarmos brincos eletrônicos nas fazendas de engorda é que com eles é possível fazer uma leitura precisa e rápida do código de identificação sem necessidade de contenção dos animais no brete. E como sabe na contenção de animais pesados sempre há riscos de hematomas que geram prejuízos na toalete.

Não tenho números confiáveis de qual é a perda média na toalete gerada pelo uso do brete no embarque de animais para abate, mas se evitarmos a perda de um quilo por animal cobriremos os custos do brinco eletrônico. Uma análise técnica destas perdas por instituição especializada de grande credibilidade certamente ajudaria a tomada de decisão pelos produtores.

Com a redução recente dos custos dos brincos eletrônicos estamos analisando sua adoção também nas propriedades de cria. Mais um problema com a rastreabilidade maior que a velocidade de leitura do código, que pode ser melhorada com os brincos eletrônicos, é gerenciar a perda de identificadores em ciclos de produção mais longos. Infelizmente a retenção dos brincos está abaixo da necessária”.

José Ricardo Skowronek Rezende: “Prezado Alberto Pessina, muito obrigado por sua colaboração na discussão.

Concordo que a oferta de animais rastreados oriundos de confinamentos no segundo semestre tem reduzido o diferencial de preço pagos pelo “boi Europa” na entressafra. E concordo que o diferencial da praça de São Paulo seja menor que a do MT.

Mas ainda assim me parece que o diferencial de SP tem sido suficiente para cobrir os custos e deixar uma margem de contribuição significativa. Usando um custo de R$ 1,50/@, na média da sua faixa, e considerando um diferencial de preço de 3,5%, na média da sua faixa, teremos uma “receita adicional”, para uma @ de R$ 85,00, de cerca de R$ 3,00/@ contra um “custo adicional” de R$ 1,50/@. Aproximadamente 100% de retorno em 100 dias.

Sem dúvida a pecuária é uma atividade de margens apertadas, mas na minha opinião rastrear o rebanho tem permitido melhorar um pouco o quadro”.

Participe também desta discussão nos enviando um comentário através do “box de cartas” abaixo.

0 Comments

  1. Eugenio Mario Possamai disse:

    É um assunto bastante interessante, porém quero lembrar ao José Ricardo de que nem todos os pecuaristas deste país tem 30 mil reses, onde o custo pode ser diluido de maneira bastante rasoável, porém numa propriedade menor esses custos fixos são praticamente os mesmos, com pequenas diferenças, e dai o preço talvez não seja muito interessante no final.

  2. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Caro Eugênio Mario Possamai,

    Sou obrigado a concordar com seu argumento. Os custos são sim influenciados pela escala de produção. Mesmo considerando que para pequenos rebanhos os controles da rastreabilidade podem ser feitos de maneira mais simples, muitas vezes na mão, há o custo com a certificação da propriedade. E por isto o sistema pode não ser interessante para todos os pecuaristas. Mas um modelo voluntário como o SISBOV permite que cada produtor avalie a conveniência ou não de participar. E para uma parcela dos produtores tem sido um bom negócio atender a nichos de mercado que remuneram melhor.

    Caso tenha interesse veja artigo que redigi a este respeito no link abaixo:

    https://beefpoint.com.br/mypoint/rastreabilidade/p_futuro_da_rastreabilidade_bovina_no_brasil_rastreabilidade_bovina_sisbov_pecuaria_de_precisao_softwares_pecuarios_281.aspx

    Att,

  3. Arnaldo Landgraf Junior disse:

    Rastreabilidade, é um tema que ainda vai dar o que falar. Comecei como tecnico credenciado em uma Certificadora, depois virei auditor do Sisbov em outra e quantas mudanças passou este bençoado Sisbov. Na verdade, o pecuarista brasileiro não esta acostumado em divulgar seus dados, seu rebanho e muito menos passar por auditorias em sua propriedade. Acredito que no Brasil a rastreabilidade bovina só vai deslanchar quando houver concientização dos pecuaristas que ela não só é boa para Ele ou seu rebanho, mas para o País.

  4. Vitor Jose Teixeira de Souza disse:

    Sr. Eugênio

    Grande abraço ao Sr que é de uma terra tão próspera e bonita que é Agua Boa.
    Morei ai há alguns anos e tenho bastante saudade desse povo tão acolhedor.

    Somente a título de informação é logico que a escala de produção reduz os custos, mas para uma fazenda de 500 vacas matrizes e de abate dos animais de 3 anos, teremos ao todo 1700 reses.
    Para esta quantidade de animais, sendo o Preço da diferença paga pela @ de animais rastreados de R$ 5,00, o Sr. terá em um ano:

    Custo Implantação – Ano R$ 13.210,00
    Custo por animal – Ano R$ 7,77
    Receita Bruta – Ano R$ 32.000,00
    Receita Liquida – Ano R$ 18.790,00
    % Ganho ao Ano 58,72
    % Ganho ao Mês 4,89
    Lucro por Animal – Ano R$ 11,05

    Para o Ano seguinte e demais anos:

    Custo Manutenção – Ano R$ 7.650,00
    Custo por animal – Ano R$ 4,50
    Receita Bruta – Ano R$ 32.000,00
    Receita Liquida – Ano R$ 24.350,00
    % Ganho ao Ano 76,09
    % Ganho ao Mês 6,34
    Lucro por Animal – Ano R$ 14,32

    Note que mesmo em pequenas escalas é dificil rendimentos no mercado que rendem mais de 6% a.m. e que investindo-se R$13000 consegue-se mais R$18000 ao ano.

    Acredito que mesmo em escalas menores, a rastreabilidade é viavél, seu ponto de equilibrio é de R$2,50 a diferença por @.
    Em uma escala muito superior no caso de 30000 cabeças o ponto de equilibrio sao alguns centavos.

    A rastreabilidade não deve ser encarada somente como um plus na @ do boi, mas também como uma importante ferramenta de gestão da empresa rural. Entretanto a fazenda tem que ter um minimo de organização para dar seguimento no ERAS.

    Caso tenha interesse lhe passo uma planilha em que se pode fazer várias simulações.

    Grande abraço,

    Vitor Teixeira

  5. Mario Ribeiro Paes Leme disse:

    Acabo de realizar uma Auditoria Oficial de confinamento,e também vejo um grande problema no uso do identificador normal,não eletrônico, e aonde às vezes é usado algum componente a mais no manejo,tal qual um PORRETE,para enfrentar as feras bovinas. E aí vem mais aquele problema,além do BRETE.

  6. José Leonardo Montes disse:

    acho muito bom uma discussão em torno de rastreabilidade, primeiro acho que todos deveriam acompanhar varias propriedades, assim iriam saber o que é na realidade um rastreamento no brasil, temos de pequenos a grandes latifundios trabalhando na pecuaria. até agora o que estou vendo é cada um vendo o seu problema, hj num todo os frigorificos nem querem saber de bois inteiros rastreados e mantidos a pasto. segundo cada caso é um caso, pois conheço bem o medico veterinario Sr. Mario, fizemos varias vistorias e auditorias juntos, e vejo que ele hj esta dentro da realidade do que é o sisbov, pois é medico veterinaro e habilitado pra fazer auditorias e sabe que o mapa esta fora do que condiz o sisbov. é muito bom o que vi no papel, custos de exportação e tdu mais, bem explanado pelos colegas, porèm me mostrem qual a vantagem de manter um rebanho rastreado aqui me goias com uma diferença de 2,00 por @, e mais sendo que tem plantas que adoram ver o circo pegar fogo por causa de uma simples planilha de em barque. gente vamos abrir o olha e fazer contas, vamos ver até aonde vai o sisbov. quer dizer o embrolio.

  7. HENRIQUE ELI DE LIMA disse:

    Jose Leonardo – Estou de acordo. Só para lembrar a máfia dos brincos existe…..

  8. Paulo Adamantino disse:

    Henrique,

    fale mais sobre isso, por favor!

  9. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Acho que se as justas reclamações dos produtores fossem sistematicamente consolidadas e encaminhadas as autoridades pelas nossas lideranças e os ajustes efetuados sempre que necessário já estaríamos com um sistema muito melhor e maior numero de participantes.
    Particularmente vejo a exigência da rastreabilidade como um caminho sem volta e portanto quanto antes ajustarmos / aperfeiçoarmos o sistema e os nossos procedimentos melhor para a cadeia. Infelizmente aqueles que não acreditam na premissa do caminho sem volta usam os erros e dificuldades do sistema para defender sua extinção. E assim, com cada grupo puxando para um lado, acabamos avançando pouco – seja para que direção for.
    Mas há inumeros outros benefícios além do diferencial de preços que um rigido controle do rebanho pode propiciar ao pecuarista. E alguns pecuaristas mais estruturados já perceberam isto. Espero que outros também descubram estas vantagens. Para estes atender as exigências de mercado referentes a rastreabilidade deixou de ser apenas um ônus.

    Att,

  10. Mario Ribeiro Paes Leme disse:

    Tudo bem informado por todos os colegas acima,mas se esquecem que temos uma educação sanitária e sobre rastreamento quase sempre muito falha até mesmo pelas certificadoras,isto sempre tem acontecido em minhas auditorias. Tanto é mal informado, e muitas vezes,não tenta saber o necessário para sua segurança,sem pagamento de multas e enjoeiras necessárias para maior desempenho de suas transações comerciais. Isto acontece todo dia a dia.

  11. Mario Ribeiro Paes Leme disse:

    Me confundi um bocado com o final de minha vacinação anti aftosa,onde o produtor muitas vezes procura o vendedor ou o proprietário da recenda de vacinas e acaba pagando pelo que não deve. Segue ainda aquele problema de que o documento a ser entregue na AGRODEFESA,para continuidade de uma certificação correta fica na mão de terceiros.Aí começa toda aquela bagunça. Têm produtor aqui que dá gosto voce trbalhar com ele.

  12. Geórgio Freesz Valadares disse:

    É como já disse o Antônio Carlos Lirani em 2008 no seu artigo no “Boi a Pasto”:

    http://www.boiapasto.com.br/rastreabilidade-o-que-o-pecuarista-precisa-saber/

    “O correto é estabelecer o objetivo de ter 100% dos produtores participando, porém, de forma voluntária. Para isto, é preciso oferecer e demonstrar as vantagens para o produtor que participe do sistema e as desvantagens em ficar “de fora”. Se implantado desta forma, os produtores que não desejam participar, não farão oposição e logo, perceberão que estão na “contra mão da história”.”