Leonardo Leite de Barros, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Orgânicos fala sobre as ações realizadas pela Associação, as parceias com Ongs e frigoríficos e avalia que todos os elos da cadeia querem mudanças, mas que os custos também precisam ser divididos e não podem recair apenas sobre o produtor.
Leonardo Leite de Barros, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Orgânicos fala sobre as ações realizadas pela Associação, as parceias com Ongs e frigoríficos e avalia que todos os elos da cadeia querem mudanças, mas que os custos também precisam ser divididos e não podem recair apenas sobre o produtor.
“A Associação Brasileira dos Produtores Orgânicos (ABPO) congrega produtores orgânicos do Brasil todo. A Associação iniciou em 2002 com um projeto de pecuária orgânica, que é o nosso maior projeto, e no ano de 2010 abrimos para outros produtos como fruticultura e vamos continuar expandindo para outros produtos”.
“Já estamos participando de feiras orgânicas pelo mundo todo e fizemos um trabalho com um consultor europeu, que evoluiu para reuniões com vários interessados em adquirir o nosso produto. Todo esse trabalho culminou em uma degustação que foi feita na Itália e em breve devemos iniciar as negociações com os italianos”.
“Nossa parceria com a WWF é muito transparente, pois entendemos que o relacionamento entre a produção e a ONG de preservação ambiental precisa ter um viés comercial. Então nós abrimos nossas propriedades para que eles tenham certeza que a questão ambiental está sendo bem tratada lá dentro, em contrapartida, eles nos oferecem a credibilidade do WWF para que os nossos produtos acessem novos mercados e nos ajudem a vender nosso produto”.
“A missão da ABPO é buscar agregação de valor aos produtos dos nossos associados”.
“O Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS) é uma iniciativa sensacional, pois todos os elos da cadeia estão representados aqui. O grande problema é que toda ação no sentido de busca a sustentabilidade da cadeia produtiva da carne recai dentro da porteira e todo o custo de implementação de qualquer movimento nesse sentido não pode cair sobre o produtor. A responsabilidade é do produtor, mas os custos devem ser compartilhados”.
“Toda a cadeia quer essas mudanças, mas eu não admito que quem pague por isso seja apenas o produtor. Vamos dividir essa conta porque o produtor não aguenta mais”.
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Caro Leonardo,
Bom ouvir notícias suas. Concordo integralmente com vc. Nos produtores estamos dispostos a colaborar, mas não podemos arcar sozinhos com os custos. Simplesmente nossa margem não comporta. A preservação ambiental deve ser um projeto da sociedade e bancado por todos os elos da cadeia produtiva. De certa forma o produto orgânico já seue esta linha: há um público consumidor disposto a gastar um pouco mais e assim viabilizar economicamente um processo produtivo mais sustentável.
Att,
Muito bom!
Valores importantes são defendidos por esta associação,e também demonstram que é plenamente possível coexistir e até se beneficiar de programas,atitudes e ações sustentáveis,com um produto altamente qualificado e grande agregação de valores,sejam eles de Marca ou Monetários.
Continuem elucidando e agregando novos empresários do campo,parabéns!
É por ai indústrias…
Saudações,
EVÁNDRO D. SÀMTOS.