Lesões causadas por aplicações intra-musculares diminuem nos EUA graças a maior consciência do produtor

Graças ao aumento de cuidados, lesões no local da injeção em animais confinados foram reduzidas ao longo dos anos.

Administrar medicamentos ao gado em diferentes estágios de sua vida é uma prática comum. Se esses medicamentos forem injetados intramuscularmente, pode haver danos no músculo. É preciso lembrar que essas lesões representam uma perda de produto e de lucro.

A partir do momento em que o dano de tecido ocorre no músculo, muito abaixo da camada subcutânea, os locais de aplicação de injeções muitas vezes não são detectados durante o processamento. Com isso, os varejistas ou vendedores freqüentemente encontram a lesão quando estão realizando os cortes para exposição nas gôndolas. A incidência de lesões no local da injeção representa um problema de controle de qualidade e uma perda econômica para a indústria de bovinos, mas que podem ser controlados.

Desde o início dos anos 90, a Universidade do Estado do Colorado conduz auditoria periódica de lesões no local das injeções nas carnes provindas do traseiro de bovinos. Houve uma redução de 22,3 para 2,1 por cento na incidência de danos durante o período da auditoria.

Reduzindo o número de lesões nos locais de injeção, a indústria diminuiu perdas referentes à qualidade. Nos últimos cinco anos, a redução de lesões resultou na economia de aproximadamente 2,15 dólares por novilho abatido. Isso equivale a 76 milhões de dólares a mais, na receita obtida pela indústria da carne no ano de 2000.

Ao longo dos últimos 10 anos, esforços por parte da NCBA (Associação Nacional dos Criadores de Gado de Corte) e programas de segurança na qualidade da carne aumentaram o cuidado sobre o problema dos danos ocorridos nos locais das injeções. A conscientização resultou na revisão de praticas de produção, como a mudança do local das injeções para a tábua do pescoço e, como resultado, a melhora da qualidade da carne. Essas mudanças tiveram e continuarão a ter um impacto positivo no mercado.

Fonte: Food Systems Insider, (por Kimberlie Clyma), adaptado por Equipe BeefPoint