Mercados Futuros – 27/02/08
27 de fevereiro de 2008
Frigoríficos compram pouco e preços continuam firmes
29 de fevereiro de 2008

Liberação parcial é estratégia da UE, diz CNA

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, classificou a decisão da Comissão Européia de retomar as importações de apenas 106 fazendas produtoras de carne bovina do Brasil como um "embargo branco". Para ele, essa liberação não significa avanços e sim uma estratégia da União Européia (UE) para transferir ao Brasil a responsabilidade dos próximos acontecimentos.

O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, classificou a decisão da Comissão Européia de retomar as importações de apenas 106 fazendas produtoras de carne bovina do Brasil como um “embargo branco”. Para ele, essa liberação não significa avanços e sim uma estratégia da União Européia (UE) para transferir ao Brasil a responsabilidade dos próximos acontecimentos, informou a CNA.

“A União Européia não tem embasamento técnico para embargar o Brasil, por isso tomou essa decisão. Nossa preocupação não é o número de fazendas liberadas agora, mas a velocidade com que outras poderão também exportar”, destacou.

Segundo ele, as fazendas liberadas são incapazes de suprir a demanda européia. Nogueira argumentou que uma fazenda brasileira produz, em média, 400 cabeças/ano e apenas 35 kg por animal são exportados para o bloco. Considerando o número de 106 propriedades, o Brasil só conseguiria exportar cerca de 1,4 mil toneladas por ano. Em 2007, a UE comprou 275 mil toneladas de carne bovina in natura brasileira. “Se a situação permanecer assim, os frigoríficos vão ter que montar uma cooperativa para juntar os filés de um estado e de outro para conseguir exportar. Precisamos de regras claras. Em nenhum momento o setor privado foi consultado sobre a confecção de uma lista”, argumentou.

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Fábio de Salles Meirelles, avaliou como inadequada a decisão da União Européia (UE) de liberar a importação de 106 fazendas brasileiras e reforçou a posição da entidade de que não deve haver lista.

“O mercado deve fluir. Essa questão de listas de fazendas não é um procedimento adequado. A quantidade de fazendas liberadas não significa nada para atender a necessidade de carne in natura da União Européia. É inviável ter limitação de número de propriedades, considerando que nosso rebanho tem condições de exportar para qualquer país”, disse.

A CNA defende a abertura plena do mercado para que todas as propriedades que estejam em condições possam comercializar o produto. As informações são da CNA.

0 Comments

  1. elio micheloni jr disse:

    Pô, esses caras (CNA) não sabem o que querem. Esse discurso aí de cima é para falar o que o pecuarista “precisa” ouvir mas, ação, esta não existe.

    Na crise da aftosa do MS, num ví a CNA lá. Os Irlandeses acabaram com imagem da carne brasilera “em toda europa”, cade a CNA? Foi para a Espanha, país amiguinho!

    Acorda!

  2. Sebastião Souza Ferreira disse:

    Essa lista é um absurdo! É uma afronta para a pecuária nacional, nossos rebanhos são os mais saudáveis do mundo, estes embargos são puramente de caráter político e econômico(especulação) de mercado. Alguém tem que dar um basta para tudo isto!!!

  3. josé antonio helena castilho disse:

    O que sera que eles querem , que fabricamos animais com sistema de ducha sanitaria ou que tratamos do gado dentro de nossas casas como gente , talvez eles querem exportar carne humana , nóssa carne , CNA por favor esperamos atitudes !

  4. Renata Machado de Oliveira disse:

    Concordo plenamente com você Carlito, vamos fechar nosso mercado e a UE que se vire para importar carne “melhor” de outro lugar ou então ficar sem ela, nossa carne é a melhor do mundo e não precisamos enfrentar uma desvalorização e submissão como essa do momento. Mercados existem e principalmente quem valoriza nosso excente e qualificado produto, infelizmente nossos governantes e responsáveis pela cadeia produtiva não respondem satisfatoriamente pela parte mais importante do elo produtivo: o pecuarista. Lamentavelmente o produtor é o mais prejudicado por toda essa política de interesses.
    Salve-se quem puder!!!!

  5. Emilio Braga Soares disse:

    O que se sabe é que “O preço da carne Lá triplicou, e com isso acredito que foi só a escolha dessas fazendas para melhorar a cara desses mini especialistas em mercado de carne na europa para diminuir a pressão sofrida pelos consumidores da U.E.” O tiro deles de comprar carne mais barata do Brasil saiu pela culatra…