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Liberada comercialização para abate de animais das áreas de vigilância e tampão

O Conselho de Administração do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fesa), definiu ontem (31), a liberação para abate dos animais das propriedades que situam-se nas zonas de vigilância e tampão – a 7 km e a 15 km em torno da zona infectada por febre aftosa, respectivamente. A reunião aconteceu na Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul, coordenada pelo secretário José Hermeto Hoffmann e com a presença de representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Sindicato das Indústrias de Carne do Rio Grande do Sul (Sicadergs), Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs) e Ministério da Agricultura.

Ficou determinado que o transporte para os frigoríficos ocorrerá em caminhões lacrados, sob supervisão da Secretaria da Agricultura, com roteiro pré-determinado, respeitando a biossegurança. Outra definição do conselho é a necessidade de realização de sorologia para febre aftosa em Santa Catarina, além do Rio Grande do Sul. O conselho determinou, ainda, que a metodologia utilizada será a de amostragem, levando em conta a movimentação de animais nos dois estados. A sorologia de animais suscetíveis à doença nas áreas infectadas (3 km) será de 100% e na área de vigilância (7 km) será por amostragem.

Para o secretário da Agricultura, o pior trabalho já foi feito, restando concluir esta etapa para encerrar o episódio da aftosa no Estado. “O que nós fizemos não é pouca coisa. Sacrificamos os animais infectados e conseguimos conter o avanço da doença, evitando um quadro igual ao do Uruguai e da Argentina.” Hoffmann destacou que o Estado aguarda que o Ministério defina os prazos para regularizar a saída de animais para fora do Rio Grande do Sul.

Quanto ao abate comercial acompanhado dos contatos, o Conselho do Fesa aprovou a garantia de reposição do valor do animal de acordo com o preço do quilo vivo avaliado no dia pela Emater/RS. O pagamento da diferença entre a avaliação e o descarte feito pela indústria será feito pelo Ministério da Agricultura (2/3) e Secretaria da Agricultura (1/3). O restante dos animais das propriedades localizadas dentro da zona infectada deverão permanecer onde estão até o final da sorologia, sendo que os casos positivos também serão destinados ao abate comercial acompanhado.

O secretário da Agricultura salientou que o governo é sensível à situação dos agricultores de Rio Grande e, a exemplo do que foi feito no caso de Jóia, está com a mesma disposição para estudar, juntamente com o Ministério da Agricultura, medidas compensatórias que auxiliem os produtores locais.

fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul, adaptado por Equipe BeefPoint

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