Liderança, cultura e continuidade no campo: a evolução de uma nova geração no agro

A força de uma fazenda não está apenas no que ela produz, mas na cultura que sustenta quem produz. A história que você vai conhecer mostra que liderar no agro exige mais do que técnica: exige entendimento humano, construção de ambiente e a coragem de assumir responsabilidades que atravessam gerações.

É uma trajetória que revela como maturidade, escuta e presença constroem um novo capítulo para um negócio familiar, sem romper com o que veio antes.

Da formação técnica à vivência real no negócio da família

Formada em Medicina Veterinária, Thammy Capuci Gasparim iniciou a carreira diretamente dentro das empresas da família, absorvendo desde cedo a intensidade do trabalho e a complexidade de operar em várias frentes: sementes, nutrição, confinamento e pecuária.

Buscou aprofundamento com especializações e pós-graduação em Nutrição de Ruminantes, atuou no frigorífico familiar e ainda empreendeu criando uma empresa voltada a insumos para gado e cães. Cada experiência foi moldando um olhar plural, estratégico e sensível para a gestão no campo.

Mas a virada mais profunda veio após a maternidade, quando assumiu a gestão das fazendas da família, iniciando uma fase de transição que exigiu mais do que conhecimento técnico: exigiu liderança.

A descoberta de que liderar é, antes de tudo, lidar com pessoas

Assumir a fazenda significou entrar em um ambiente com cultura consolidada, práticas antigas e relações profundas entre funcionários e gerações da família. Como muitos jovens que retornam formados, ela chegou cheia de energia e vontade de transformar.

Foi então que percebeu um choque inevitável: mudanças rápidas demais geram resistência.
E que respeito não nasce de saber mais, nasce de saber conviver.

Com paciência e escuta ativa, passou a observar antes de alterar processos, a dialogar antes de tomar decisões e a incluir a equipe na construção das soluções. Esse gesto simples, perguntar “o que você acha?”, abriu portas que antes estavam fechadas, criando confiança, pertencimento, e um ambiente onde todos caminham na mesma direção.

O ambiente como ferramenta de gestão

Mais do que processos, ela trouxe algo que muitos negócios familiares ignoram: a importância do ambiente. Um ambiente leve gera cooperação, um ambiente acolhedor gera conversa, e um ambiente bem conduzido transforma cultura.

A equipe que antes resistia a mudanças passou a confiar. Funcionários que não se conectavam com outros gerentes passaram a buscá-la para compartilhar o dia, pedir opinião e caminhar junto. Esse é o tipo de liderança que não se compra, se conquista.

A profissionalização que gera resultados no campo

Com o tempo, pequenas mudanças começaram a aparecer no pasto e nos indicadores: decisões técnicas mais embasadas, uso de processos claros, acompanhamento real do desempenho do rebanho, melhorias visíveis na forragem e nos lotes.

O que mudou?
Não foi apenas a técnica, foi a forma como ela colocou as pessoas dentro do processo.

O resultado aparece onde poucos enxergam: na constância, no cuidado, no ritmo certo.

Entre gerações: tradição, diálogo e continuidade

A grande força dessa trajetória é o respeito pelas raízes da família. Mesmo trazendo inovação, ela carrega a consciência de que nada se sustenta se desconectando do que veio antes.

A nova geração só cresce quando entende por que a geração anterior fez o que fez.
As empresas familiares só prosperam quando tradição e gestão caminham juntas.
O futuro só se constrói quando alguém assume, com humildade e firmeza, o papel de fazer essa ponte.

Mais do que técnica: uma conversa sobre vida no campo

Na conversa com Miguel Cavalcanti, ela revela com transparência os bastidores dessa jornada: liderança feminina no agro, formação de equipe, cultura, tomada de decisão, convivência entre gerações, maternidade e a construção de um estilo de gestão que une sensibilidade e resultado.

Uma história que mostra que, no agro, cada decisão molda não só a fazenda, mas as pessoas que a fazem existir. Que continuidade não é automática, é cultivada. Que preparar o futuro começa com a coragem de honrar o passado enquanto se constrói algo novo.

Episódio especial: Miguel Cavalcanti conversa com Thammy Capuci Gasparim

📅 Transmissão dia 28 de novembro, às 12h
🎬 Assista no YouTube:

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