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Lideranças se mobilizam para incentivar vendas à vista

A Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) deflagrou nesta quinta-feira a campanha "Só à Vista" para orientar os pecuaristas do Estado a só venderem boi à vista.

A Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) deflagrou nesta quinta-feira a campanha “Só à Vista” para orientar os pecuaristas do Estado a só venderem boi à vista.

O diretor secretário da Famasul, Dácio Queiroz da Silva, explica que a partir deste mês serão realizadas reuniões regionais, em nove municípios do MS, para alertar os pecuaristas sobre o risco da venda a prazo.

Dácio ressalta que o modelo de venda com 30 dias já é superado porque não cabe ao pecuarista dar prazo para a indústria trabalhar. “Nosso negócio é de longo prazo não temos que absorver um crédito para 30 dias”, afirma.

Apesar de as indústrias pagarem o animal à vista com deságio de até 4%, Dácio acredita que a maioria dos pecuaristas prefere essa redução ao risco de não receber pelo animal entregue ao abate.

De acordo com a entidade, o recebimento à vista não é imediato a partir da entrega dos animais. Primeiro eles são mandados para o abate e depois de alguns dias a indústria faz o pagamento, tempo necessário para abate e pesagem. Após a efetiva implantação da venda somente à vista, a intenção do setor pecuário é, a exemplo de outros Países, negociar o animal pelo peso vivo.

A matéria é de Fernanda Mathias, publicada no Campo Grande News, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. claudio dabus figueiredo disse:

    No oeste do PR, onde temos propriedade,nós temos vendido com pagamento adiantado. O gado é preso no curral(mangueira) as 6:00 hs e pesado ao meio dia, feitas as contas do desconto do peso vivo,atraves de tabela progressiva, o valor é depositado por DOC. Somente aí o gado é embarcado.

  2. Bruno Januário Marinho de Menezes disse:

    Ha tempos sou a favor do pagamento pelo Peso Vivo!! Tomara q a moda pegue e mude a forma de comercialização de gado!!

  3. juliano de faria santos disse:

    Boa tarde
    Sou veterinário, trabalhei no Independencia de Nova Andradina-Ms, fui diretor do sindicato rural de nova andradina-Ms, agora estou morando em Santa Cruz de La Sierra na Bolivia onde trabalho em um Frigorifico de bovinos (www.fridosa-bo.com), aqui na Boliva as vendas de animais aos frigorificos sao realizadas com um prazo de 4 dias uteis e as vendas de amimais realizadas nos Remates (Leiloes) Sao realizadas a vista, nao se aceitam Cheques e o comprador tem que fazer o pagamento no mesmo día do leilao. Obrigado. Juliano de Faria santos

  4. ricardo c. okida disse:

    boa tarde fica o meu parabens por esta atitude da famasul, pois a venda a vista como é realizada tambem não garante o recebimento da venda, concordo com a colocação do claudio dabus e , é desta forma é que temos que vender aos frigorificos sendo ela mais justa.

  5. marcio de castro porto disse:

    Tenho alguns amigos que estão sem receber do Independencia até agora .

    Portanto , a unica garantia que temos , é negociar o gado pelo peso vivo .

    Agora como modificar uma forma de negociação cujo pagamento varia de 3 a 31 dias depois de entregue o gado ao frigorifico ?

  6. claudio dabus figueiredo disse:

    Onde ,acima, disse que o pagamento é feito por meio de DOC leia-se TED. Outra forma de comercialização é a feita pelos argentinos em Buenos Aires,gostaria que o Beefpoint discorresse sobre o assunto.

  7. Anaurus Vinicius Vieira de Oliveira disse:

    Este período de turbulência pelo qual os pecuaristas brasileiros, principalmente nós do centro-oeste passamos, vem fortalecer ainda mais a idéia de mudanças no arcaiaco e ultrapassado sistema de venda de gado gordo utilizado a tempos em nosso País.
    A sistemática hoje adotada em sua grande maioria, venda a prazos até de trinta dias, favorece sem sombra de dúvidas o calote, e via de consequência, o prejuízo, irreparável em todas as circunstâncias.
    Vejamos nos dias atuais por exemplo: Frigoríficos Quatro Marcos; Margen; IFC; Arantes (este duas vezes, ou já esqueceram do Frigoalta?), e Independência, todos partícipes da famosa ´QUEBRADEIRA DO FAZ DE CONTAS”, onde espatifam a pessoa jurídica (empresas), enriquecem a pessoa física (donos de frigoríficos) e empobrecem os que produzem de fato, nós pecuaristas.
    No capenga sistema adotado hoje, quais as garantias legais que dispõe o dono do gado de receber pela venda após a saída dos caminhões da fazenda? Agora, como advogado posso responder: NENHUMA. Muito pelo contrário, teremos de mendicar pelos corredores forenses, as vezes até por vinte anos, ou mais, pra ver se um dia, Deus tenha dó e piedade de nós.
    Então, é chegada a hora, oportunamente, e como já fiz antes neste mesmo espaço, de congregar e convidar a todos os pecuaristas deste País, e também via de suas associações de classe: FAMATO; FAMASSUL; FAEG; ACRIMAT; ASFAX, dentre outras, a vender o seu gado A VISTA, mas no sistema do PESO VIVO na fazenda, somente permitindo o embarque após a real comprovação do pagamento.
    E para aqueles frigoríficos que preferiram trilhar o caminho da “QUEBRADEIRA DO FAZ DE CONTAS”, até pela forma acima indicada, desaconselhamos qualquer venda, antes que paguem todo o atrasado.

  8. Reginaldo Garcia disse:

    Gostaria muito que essa iniciativa também fosse tomada pelas entidades mineiras. Não adianta cada produtor tentar negociar dessa forma isoladamente, pois o poder de pressão é insignificante. Outra medida que precisa ser tomada, para que essa mudança beneficie também os pequenos produtores é a facilitação da aquisição de balanças, visto que na minha região só os grandes produtores têm condição de adquirir tal equipamento.

  9. agnaldo alves disse:

    Eu geralmente acompanho as opiniões dadas pelos pecuaristas pela noticia veiculada, e hoje pela primeira vez os 6 comentários feitos até agora coincidem no seu todo, será que finalmente o pecuarista está acordando.
    Eu particularmente faço isso tudo o que foi dito aí em cima a muitos anos,primeiro o dinheiro vem …. depois o boi vai (dinheiro viu ! CHEQUE NÃO ).
    Além do mais ,já que estamos no assunto, eu gostaria de sugerir também, que daqui prá frente, tanto a Beef Point ,como outros tantos sites relacionados a cadeia da carne, apenas dessem o preço da arroba de cada região à vista e com o desconto embutido,pois o produtor não aguenta mais falar em desconto.

  10. Péricles Pessoa Salazar disse:

    A idéia de se pagar o boi pelo peso vivo já é cultivada há algum tempo pela ABRAFRIGO. Isto não significa dizer que estou propondo esta modalidade, mas sim que devemos estudá-la junto com as entidades dos pecuaristas e analisar a sua viabilidade.

    Desde já colocamo-nos à disposição da Famasul e das entidades que representam os produtores a fim de que façamos uma análise conjunta da idéia.

    Se o pagamento pelo peso vivo representar um avanço para o conjunto da cadeia produtiva e que atenda interesses comuns das indústrias e dos produtores, não vejo razões para que não a implementemos.

    Quanto ao pagamento à vista, vejo como normal este movimento dos produtores. Afinal, a desconfiança gerada pelos pedidos de recuperação judicial foi a causa primária do processo, tornando vítimas muitos pecuaristas e também as pequenas e médias empresas.

    Hoje, grande parte das aquisições já são à vista, embora ainda em percentual não tão significativo. Se aumentar, as indústrias terão também que se adaptar, ajustando também seus prazos de recebimento. O mais dificil será a negociação com o oligopsônio das grandes redes de supermercados.

  11. agnaldo alves disse:

    Quanto as grandes redes de supermercado é super fácil de resolver o problema,Sr.Péricles, e só os deixarem sem carne.