O presidente do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Luis Alfredo Fratti, expôs as fundações que a carne uruguaia tem para construir o modelo uruguaio de carne de alta qualidade no auditório do Congresso de Carne no Brasil.
O presidente do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Luis Alfredo Fratti, expôs as fundações que a carne uruguaia tem para construir o modelo uruguaio de carne de alta qualidade no auditório do Congresso de Carne no Brasil, no final de junho, em Goiânia, GO.
Em sua exposição, Fratti disse que o setor de carnes do Uruguai passou por uma grande transformação nos últimos 10 anos. Segundo ele, o Uruguai hoje é o 7o exportador mundial, vendendo a mais de 120 países. Em termos de acesso, falta somente entrar com carne resfriada no Japão. Fratti explica que o Uruguai tem acesso a 90% do mercado de importações de carne bovina do mundo, incluindo Coreia do Sul, onde entraram em 2012.
Referindo-se à qualidade da carne, o presidente do INAC disse que é certo que um prato de qualidade deve ter uma carne macia e suculenta. Tudo isso são atributos objetivos do produto. Porém, o país tem visto que há clientes para os quais certos atributos subjetivos do processo são importantes: o respeito ao meio-ambiente, seguir protocolos de bem-estar animal ou ainda garantir o comércio justo.
A qualidade pode ser entendida como um prédio de muitos andares: quanto mais alto querem chegar, melhores têm que ser as fundações. O presidente afirma que o início do processo de confiança com o consumidor em um produto como a carne bovina é a sanidade animal. A segunda fundação na construção da qualidade é a inocuidade. Segundo ele, não basta que o animal esteja saudável: as condições de abate na indústria, a higiene nos meios de transporte e nos locais de comercialização devem cumprir com o mais alto padrão para que o produto final seja inócuo e seguro.
Com relação a isso, ele disse que o Uruguai tem leis que proíbem há mais de meio século o uso de hormônios e promotores de crescimento. Isso dá tranquilidade absoluta de que nenhum desses elementos pode aparecer em uma análise de resíduos.
Além de destacar a genética uruguaia e as condições pastoris do Uruguai, ele destacou as ações realizadas no campo de bem-estar animal, bem como outras certificações que são realizadas no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e Global GAP.
No ponto mais alto de sua exposição, destacou o sistema de rastreabilidade. Em 2006, o país tornou obrigatória a rastreabilidade eletrônica individual de cada animal. Para o ano de 2010, Fratti afirma que tinha todo o rebanho identificado com identificadores e para 2012 finalmente conseguiram ter todo o rebanho rastreado, ou seja, com toda sua história completa em uma base de dados pública.
Nesse ano de 2013, a declaração anual de animais que os produtores devem fazer ao Ministério de Pecuária pela lei será feita usando procedimentos digitais de leitura, um grande desafio da cooperação público-privada e que será um novo marco.
Os dados são do site do INAC, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.