As medidas que mudam a forma de tributação para os frigoríficos serão encaminhadas ainda nesta semana para análise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A incidência de PIS/Pasep e da Cofins na venda de carne bovina e derivados no mercado interno será suspensa, caso a medida seja aprovada. Insumos para a produção e alguns outros subprodutos do boi, como couro, sebo, osso e chifre também foram incluídos na medida.
As medidas que mudam a forma de tributação para os frigoríficos serão encaminhadas ainda nesta semana para análise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os frigoríficos foram comunicados sobre a mudança na última terça-feira (14) pelo próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante encontro em Brasília.
Segundo nota distribuída pela assessoria do ministro, a incidência de PIS/Pasep e da Cofins na venda de carne bovina e derivados no mercado interno será suspensa, caso a medida seja aprovada. Insumos para a produção e alguns outros subprodutos do boi, como couro, sebo, osso e chifre também foram incluídos na medida.
Os supermercados, dentre outros comerciantes desses produtos, “poderão apropriar-se de um percentual do crédito presumido, apurado com base no valor dessas aquisições, fornecidas pelos frigoríficos”, informa a nota.
No novo modelo, de acordo com a nota, os frigoríficos exportadores, que representam uma parcela significativa do setor, poderão utilizar os créditos presumidos como meio de compensação com outros tributos e contribuições administrada pela Receita Federal no momento da aquisição dos insumos. O problema não existe para os frigoríficos no mercado interno segundo a Fazenda.
A medida vai evitar o acúmulo progressivo desses recursos nos frigoríficos exportadores assim como permitirá que o setor evite diversificar a atuação, operando em outros ramos da economia e provocando desequilíbrio do mercado e perda da eficiência das empresas. Tal distorção, informa também a nota, foi agravada pela crise mundial devido à valorização cambial e à recessão no mercado global.
“Houve um acordo para que os frigoríficos, quando venderem aos supermercados no mercado interno, vão reduzir os seus preços. O modelo não vai ter nenhum impacto para o consumidor final.”, disse subsecretário de Tributação e Contencioso da Receita Federal, Sandro Serpa. Isso porque embora os frigoríficos vendam os produtos mais baratos, os supermercados recolherão mais impostos sobre esses.
Sandro Serpa informou que a forma de encaminhamento das medidas ainda não esta definida. Segundo ele, o ministro Guido Mantega deve consultar o presidente ainda nesta semana sobre o instrumento normativo mais adequado para fazer as mudanças. O modelo não prevê período de vigência.
“Se a gente verificar que esse preço não está sendo reduzido, aí a gente vai ter que tomar alguma medida. Mas o modelo prevê a redução dos preços dos frigoríficos para os supermercados”.
A matéria é de Daniel Lima, da Agência Brasil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Boa noite:
É muito bom diminuir o carga tributaria,porem deve ter reflexo no preço para o consumidor.
A redução nos preços,depende dos frigorificos (que acredito diminuirão os preços)porem os que devem se lembrar de diminuir as margens são os supermercados,porque hoje eles trabalham com uma margem de 30 a 35 % acima do preço de compra.
Essa é a verdadeira razão pela qual a carne fica tão cara para o consumidor.
O pecuarista produz,e assume riscos,o frigorifico,industrializa e assume custos e riscos, e os supermercados levam a grande fatia .
Na cadeia da carne onde pecuaristas e frigorificos lutam por ter rentabilidade de 2 a 5 %,e são responsabilizados pelos preços absurdos da carne,quem trabalha com margens de 30 a 35 são os supermercados,porem são espertos e se mantem quetinhos e calados,enquando levam a grande fatia do negocio