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Lula propõe parceria com agricultores da Amazônia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (22/06), que o governo quer tratar os agricultores da Amazônia como "parceiros" para que se tire "proveito" da conservação da floresta.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (22/06), que o governo quer tratar os agricultores da Amazônia como “parceiros” para que se tire “proveito” da conservação da floresta. De São Bernardo do Campo, em São Paulo, onde gravou o programa semanal de rádio Café com o Presidente, Lula afirmou que quer firmar uma “lógica de procedimentos” entre a administração federal, governos dos Estados, prefeituras e produtores da região.

“Porque ela (a floresta amazônica) é uma vantagem comparativa extraordinária para os produtos brasileiros”, afirmou. De acordo com ele, os pequenos produtores que reflorestarem a propriedade serão auxiliados pelo Poder Executivo com cem reais por mês. “Nós vamos fazer política de incentivo para que as pessoas possam cuidar, adequadamente, da sua terra, produzindo sem desmatar desnecessariamente”, disse.

Lula reafirmou ainda que quer trabalhar com os governadores da Região Norte e os prefeitos de 43 cidades onde há o maior porcentual de desflorestamento numa relação que reúna produção agrícola, uso adequado da floresta para produzir madeira e preservação. “Ou seja, tanto aquela que não desmata quanto aquela que refloresta, nós vamos ter de pagar para que essas pessoas possam produzir, tranquilamente.”

Essas propostas estão dentro da operação Mutirão Arco Verde – Terra Legal. “Para que não ficasse a ideia de que nós queríamos apenas proibir e castigar pessoas ou punir pessoas, nós laçamos o programa”, declarou.

As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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  1. Leonardo Siqueira Hudson disse:

    Espero que eles tenham bom senso, agilidade e discernimento para legalizar as áreas que hoje são incorporadas ao sistema de produção nacional, fruto do incentivo dos governos passados e da bravura dos homens que garantiram a soberania nacional da Amazônia.

    Seria um retrocesso fazer áreas já estabelecidas em 50% para produção e 50% de reserva em regiões com infra-estrutura socioeconômicas já estabelecidas voltar para 20% de área produtiva e 80% de reserva. Temos Amazônia de sobra para ser preservada.

    Temos municípios como o exemplo de Paragominas no Pará onde existe reflorestamento, sistemas de integração lavoura + pecuária + floresta, produção de gado de corte, produção de soja e milho em escala tecnificada e profissional.

    Hoje temos potencial para produzir sem desmatar, simplesmente com incentivo à recuperação de áreas degradadas.

    Temos potencial de produzir com sustentabilidade utilizando as tecnologias amplamente divulgadas por órgãos de pesquisa (Embrapa) e por iniciativa de técnicos e produtores inovadores. A Embrapa está empenhada em divulgar a integração lavoura pecuária e florestas (excelente iniciativa). Já temos grandes áreas implantadas com esta tecnologia em várias regiões do país.

    O governo deve ter agilidade em viabilizar e facilitar o acesso para legalização fundiária que permita ao produtor acesso ao crédito e metodologias para remunerar o produtor para que ele possa preservar. Ninguém vive de um negócio que não seja interessante financeiramente.

    Que o mundo pague para que possamos preservar o que eles já desmataram em seus territórios.
    O que precisamos é de menos conversa ideológica em mais ação inteligente dos homens que governam este Brasil que certamente é o celeiro do mundo.

  2. Túlio Ferreira Caetano disse:

    Meio cofuso tudo isso. Vantagem comparativa extraordinaria para os produtos brasileiros? Como assim? O pequeno produtor que reflorestar sua propriedade vai receber cem reais… UAU… cem reais cobre os gastos com mudas e mao-de-obra para manter essas mudas intactas? Outra coisa que não està clara: o produtor que reflorestar ganha 100 reais, tem que reflorestar a fazenda toda? 1 hectare? 10 hecatres? Diz que o pequeno produtor que reflorestar terá essa ajuda, e o grande? Ai ai, desse jeito està dificil, mas um dia a gente chega la!

  3. Louis Pascal de Geer disse:

    Assisti, pela TV, a cerimônia completa de apresentação do Plano Agricola 2009 – 2010 em Londrina, ontem dia 22 de junho e fiquei impressionado pelo interesse e conhecimento demonstrado pelos governantes federais e estaduais nos assuntos agropecuários do Brasil. Creio que nunca antes um governo colocou tanto peso e conhecimento de caso num lançamento de plano de safra como foi o atual.

    Com muita razão o Presidente Lula falou sobre a necessidade de cada um assumir mais responsabilidades e culpar menos o governo quando a maré está contra a gente.

    Por outro lado também admitiu que há um intervalo grande entre apresentar um plano e a sua execução efetiva e que cabe a sociedade rural de cobrar o que foi prometido.

    A frase do Presidente Roosevelt, “quando as cidades estão queimando o campo vai se levantar e reconstruir as cidades, mas quando o campo queima as cidades morrerão de fome”, foi citada duas vezes pelo governador do Paraná, Roberto Requião, e mostra como os EUA sairam da crise 1927-1929 e também como o Brasil pode responder rapidamente e diminuir os efeitos da crise atual.

    Mas o que mais me agradou foi a afirmação pelo Presidente Lula de que a agropecuária empresarial e familiar tem que andar de mãos dadas porque o Brasil precisa dos dois.

    Parabéns e estou orgulhoso de poder morar neste país maravilhoso que é o Brasil.

  4. JOSÉ DE RIBAMAR DA SILVA PIMENTEL disse:

    As áreas não desmatadas,estão preservando o bioma amazônico, principalmente no que se refere ao sequestro de carbono,proporcionando um ar puro, vital para os seres vivos.
    Nada mais justo que realizar a remuneração aos proprietários dessas área.

  5. Iria Maria Davanse Pieroni disse:

    O preço de R$ 100,00 (cem reais) mês é ínfimo pelo não uso de 50% ou 80% da proriedade rural, conforme o caso. Veja que não corresponde ao salário mínimo. E este deveria ser capaz de atender as necessidades VITAIS BÁSICAS do proprietário da terra e de sua família como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, conforme inciso IV do artigo 7º da Constituição Federal de 1988.-
    Pergunto: Qual é o proprietário rural (trabalhador) que consegue viver da produção de apenas 20% da sua propriedade mais os cem reais “dado” pelo Governo??? Explique como!!!
    Será que estamos voltando à época do Brasil Colônia (ONGs)? Ou sequer saímos daquela fase?
    Na Suíça, a exemplo, uma pequena comunidade onde produz queijo (vaca/gado) o Estado subsidia 40% do custos/produção para manter o homem fixado ao Campo, com o mesmo padrão de vida dos que vivem confortavelmente na áreas urbanas; aqui ofercem “R$?”… É brincadeira, só pode!