Síntese Agropecuária BM&F – 31/03/2005
31 de março de 2005
3ª Etapa do Circuito Boi Verde de Julgamento de Carcaças
4 de abril de 2005

Lula tentará abrir mercado japonês

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, em São Carlos (SP), que durante sua visita ao Japão, em maio, levará na bagagem “umas picanhas, umas costelas” para tentar convencer aquele país a abrir mercado para a carne bovina brasileira.

“Eu já falei para o nosso embaixador preparar uma churrasqueira, pois lá nós vamos chamar o primeiro-ministro (Junishiro Koizumi) e dizer: vamos comer a carne brasileira e vamos ver se a que você compra é melhor que a nossa”, disse Lula.

O presidente lembrou que por ano são abatidas no país 36 milhões de cabeças de gado e que a forma de criar esses animais é a mais moderna do mundo, “sem o risco da vaca louca”.

As exigências do governo japonês no que se refere aos testes da “vaca louca” estão menores. O diretor do painel da comissão sobre a doença da Comissão de Segurança Alimentar, Yasuhiro Yoshikawa, informou que os animais com menos de 21 meses do rebanho estão liberados dos testes da doença.

Apesar do relaxamento para o gado do próprio país, o Japão ainda mantém o veto sobre as importações de carne dos Estados Unidos, que também registrou um caso da doença. A medida, no entanto, foi considerada uma barreira comercial, segundo um relatório do representante norte-americano do Comércio. “A proibição é uma barreira comercial injustificada”, disse o relatório. O documento acrescentou que o país não irá, necessariamente, fazer queixa sobre o Japão na Organização Mundial de Comércio (OMC).

Fonte: Estadão/Agronegócios e Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Louis Pascal de Geer disse:

    Ninguém pode afirmar que estamos “sem risco” de vaca louca no Brasil.

    Ninguém pode levar algumas picanhas e costelas na bagagem.

    A abertura de mercado pode e deve ser incentivado pelo Governo, mas a operacionalização passará pelas mãos de técnicos.

    Menos bravatas e mais ação.

    Louis Pascal de Geer