MA: antigos donos retomam frigorífico do Grupo Arantes

O frigorífico Vale do Tocantins, localizado em Imperatriz (MA) e adquirido pelo Grupo Arantes em 2007 por R$ 27,4 milhões, foi retomado judicialmente pelos antigos donos, os empresários Jair Moretti e João Matioli, de São José do Rio Preto (SP). A decisão de reintegração de posse foi tomada pelo juiz Luiz Fernando Dal Poz, da 7ª Vara Cível do município paulista, onde fica a sede do Arantes.

O frigorífico Vale do Tocantins, localizado em Imperatriz (MA) e adquirido pelo Grupo Arantes em 2007 por R$ 27,4 milhões, foi retomado judicialmente pelos antigos donos, os empresários Jair Moretti e João Matioli, de São José do Rio Preto (SP). A decisão de reintegração de posse foi tomada pelo juiz Luiz Fernando Dal Poz, da 7ª Vara Cível do município paulista, onde fica a sede do Arantes.

A companhia frigorífica está em processo de recuperação judicial, cujo plano foi aprovado pelos credores em fevereiro deste ano, após vários meses de negociação, pelo juiz da 8ª Vara Cível de São José do Rio Preto, Paulo Furlan Maluf. Mesmo assim, os donos do Vale do Tocantins conseguiram, por meio de uma ação judicial, retomar a unidade.

Logo após conseguir a reintegração de posse, Walter Garcia, advogado dos empresários que está em Imperatriz, disse que a situação da unidade “está pior do que poderia imaginar, parece um filme de terror”. Segundo ele, a planta, com capacidade de abate de 700 a 850 bovinos por dia, está fechada há meses, com mato alto, sem água e sem energia elétrica e com apenas um vigia, que não recebe pagamento desde abril.

Garcia relatou ainda que o Vale do Tocantins precisará de, no mínimo, dois meses para ser reestruturado antes de voltar a funcionar. “Os cerca de 430 funcionários demitidos não tiveram seus direitos pagos e todos entraram com ações na Justiça do Trabalho”, afirmou o advogado.

Ainda segundo ele, além da necessidade de recontratar trabalhadores, a retomada do abate na unidade depende ainda do pagamento de impostos, contas atrasadas e da obtenção de novas licenças de funcionamento.

Já o advogado do Grupo Arantes responsável pelo caso, Rodrigo Spolon, afirmou que a companhia vai entrar com um pedido ao próprio juiz Dal Poz para que ele reconsidere a decisão, bem como impetrará um recurso no Tribunal de Justiça (TJ) do Estado de São Paulo.

O advogado do Arantes confirmou que a unidade em Imperatriz estava fechada, mas negou o abandono do frigorífico. “Não é verdade que estava abandonado, nós tínhamos funcionários lá”, disse Spolon.

A reportagem é da Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

6 Comments

  1. Frederico Medeiros de Souza disse:

    Rôlo grande. Não está abandonado ? Sem abater, mais de 400 despedidos,mato em volta, sem água… O Juíz há de ter bom senso e não retroceder da decisão.

  2. Orlando Sanches Garcia Filho disse:

    toma vergonha,compra nao paga e ainda xia,seus antepassados te ensinaram a honrar o fio do bigode,voces da arantes alimentos nao perceberam ainda que o
    mercado nao tem espaço para caloteiros como voces,compram boi nao pagam,compram frigorificos nao pagam,contratam funcionarios nao pagam, chega moçada isto e uma vergonha para a cadeia frigorigica, vai pra casa pessoal,chega de farra…

  3. ROSLER DALLAMARIA disse:

    ARANTES:

    Que novela esses povo caloteiro sem escrupulo.

    Paga meus Bois Aderbal e Danilo, tenho R$ 800.000,00 nas mãos desse povo, e nada de acertar até agora.

    Só promessa e nada de realizado. Bando de mentiroso Crápulas, malandros.

    Nem os funcionários tem a vergonha na cara de honrar os pagamentos.

    PESSOAL O QUE O ARANTES FALA, Não se escreve, a palavra deles não vale nada.

    Sou de Nova monte Verde-MT entreguei bois dia 02-01-2009 e até hoje estou esperando pra receber.

    Justiça que não anda, caminhos escuros onde andamos processos, para que não paguem ninguém.

    E com tudo isso ADERBAL, e DANILO continuam a andar de Lamborguini e King Air GT okm e se hospedando em hoteis em São Paulo de R$ 1.600,00 a diária, lavando os pés da burguesia com champagne Crystal de R$ 2.500,00 a garrafa.

    Cadê a vergonha destes Pseudo empresários que nem satistafação dá a seus credores.

    Seus Podres.

  4. Humberto Silva Barros disse:

    tava abandonado sim,bando de ladrão!

  5. renato morbin disse:

    Se o advogado do Arantes, Rodrigo Spolon se desse ao trabalho de fazer uma visita a unidade de Imperatriz constataria que além de ter abandonado o frigorífico deixando sem agua e sem luz, aos cuidados de um guarda mas sem nenhum tipo de conservação ou manutenção o Arantes ainda fez coisa pior. Ao paralisarem os abates e pedirem recuperação judicial em 8 de janeiro de 2009 eles dispensaram os funcionários ( cerca de 400 ) sem nenhum tipo de pagamento, dispensando mulheres grávidas sem qualquer tipo de indenização e vários funcionários que “trouxeram” de outros estados sem qualquer tipo de assistência. Após acordo trabalhista feito perante a justiça do trabalho para pagamento em 12 vezes pagaram a primeira parcela e nenhuma mais. Sem falar nos pecuaristas que estão no prejuízo até hoje pois além de não receber não tem nenhum tipo de informação pois é impossível o contato com os donos em São José do Rio Preto onde é a matriz pois eles não atendem o telefone e nem recebem ninguém, claro que protegidos por vários seguranças.
    Em agosto de 2009 esboçaram uma reação, recontrataram cerca de 140 funcionários ( sem pagar os atrasados ) e retomaram aos abates com pagamento de bois a vista. Para isso negociaram com os fornecedores da cidade para fornecimento de refeições, combustível, transporte de funcionários, lenha sem pagar as contas que estavam na recuperação. O abate durou até o dia 23 de dezembro e o resultado foi novamente um cano nos funcionários que não receberam nem o pagamento de dezembro e nunca tiveram o seu FGTS depositado, assim também como o não pagamento de todos os fornecedores de de alimentação, combustível, transporte e etc. Todos os compromissos assumidos após o pedido de recuperação judicial não foram honrados.
    Na verdade o Arantes foi um desastre para a cidade de Imperatriz e com certeza também para as outras cidades onde tem unidades.
    Dificuldades todas empresas estão sujeitas a passar, todos os dias temos noticia de empresas que de uma maneira ou outra enfrentam problemas, principalmente no mercado de carne pois hoje existe uma concentração muito preocupante no setor e um certo privilégio de crédito para algumas empresas por parte do governo, mas, atuar da maneira como o Arantes atuou e continua atuando, tentando levar ´vantagem” em tudo, inclusive com adulteração de documentos de exportação como foi constatado no começo deste ano na unidade de Pontes e Lacerda ( com ampla divulgação da imprensa ), tratando sem o mínimo de respeito e informação seus credores e funcionários, não cabe mais em nossa sociedade. Na verdade nem sei se podemos chamar de empresários pessoas que precedem assim, talvez devêssemos procurar um outro nome. Só nos resta saber até quando a justiça vai permitir isso tudo.

  6. Ricardo Nascimento Taveiros disse:

    é um verdadeiro absurdo a cara de pau com que alguns empresários tratam seus fornecedores e funcioários .dar calote hoje em dia e ficar ainda por cima zonbando dos credores é uma vergonha .precisamos de leis mais rígidas e que determinados empresários criem vergonha na cara!

Mercado Físico da Vaca – 20/05/10
20 de maio de 2010
Mercados Futuros – 21/05/10
24 de maio de 2010