A economia deve ter um excelente desempenho em 2006, principalmente devido ao crescimento da renda no mercado interno. Essa é a avaliação de Maílson da Nóbrega, sócio da consultoria Tendências e ex-ministro da fazenda (de 1988 a 1990), em entrevista ao jornal Meio&Mensagem.
Na entrevista, ele argumenta que apesar de queda de 1,2% no PIB no terceiro trimestre de 2005, devido ao desempenho da agricultura, a economia adquiriu uma configuração muito positiva: inflação em declínio e, segundo projeções da Tendências, queda na taxa básica de juros, que chegará ao fim de 2006 em torno de 14 a 15%.
O crescimento da massa salarial entre 5 e 6% em 2005, relativo ao ganho real no salário e geração de empregos, significará renda em alta em 2006. Segundo ele isso provocará um aumento de 3,5 a 4% no PIB em 2006.
Quanto à balança comercial, ele afirma que as exportações não serão tão bem sucedidas. O saldo deverá diminuir, não por queda de exportações mas pelo aumento nas importações.
Segundo sua análise, os setores mais privilegiados por esse desempenho serão aqueles que dependem do nível de renda, aquecendo o comércio em 5 a 6%. Com a expansão do crédito, os todos segmentos de consumo serão beneficiados.