Para os fazendeiros brasileiros, mudar o Sisbov agora só atrasaria mais a retomadas das exportações para a União européia (UE).
Para os fazendeiros brasileiros, mudar o Sisbov agora só atrasaria mais a retomadas das exportações para a União européia (UE). As regras do sistema têm sido criticadas pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), líder ruralista no Congresso que defende a definição de novas regras.
Mas Márcio Cunha de Azevedo, pecuaristas no município goiano de Crixás, defende o modelo de rastreabilidade e aposta no mercado europeu. Para atender às exigências do bloco. Ele está investindo R$ 100 mil na reforma do curral. “Eu acredito que a rastreabilidade pode representar vantagens, ou seja, preço melhor para o pecuarista”, disse.
Segundo Alvino Antônio Alves Júnior, proprietário da primeira fazenda vistoriada pelos fiscais europeus, antes do embargo, em 1º de fevereiro, ele conseguia vender em Goiás animais rastreados com ágio de R$ 3 por arroba. A suspensão das importações acabou com o diferencial.
O prefeito de Crixás, Olímpio César de Araujo Leão (PSDB), apontou o governo federal e os pecuaristas como responsáveis pelo embargo da UE à carne brasileira. Para ele, o governo não fiscalizou como deveria as fazendas e as empresas certificadoras para saber se as regras exigidas pelos europeus estavam sendo cumpridas. “O pecuarista só mostra serviço quando é cobrado. Faltou cobrança”, alfinetou, segundo reportagem de Fabíola Salvador, do jornal O Estado de S.Paulo.
Problemas à parte, o produtor gaúcho João Francisco Wolf também aposta na rastreabilidade do rebanho porque acredita que, no futuro, o sistema será uma exigência generalizada nos mercados externo e interno e que a recompensa virá na forma de melhores preços ao produtor.
“Que é desestimulante [ficar de fora da lista], é, mas de que adianta ficar tenso?”, comentou Wolf, referindo-se ao fato de sua propriedade não fazer parte da lista das autorizadas pelo bloco a exportar. Wolf começou a rastrear os animais em 2002 e no início chegou a receber 10% a 11% a mais dos frigoríficos pela carne diferenciada. Depois, com o aumento do número de propriedades integradas ao sistema, o prêmio foi desaparecendo gradativamente, informou reportagem de Sérgio Bueno, do jornal Valor Econômico.
Ele acredita que as divergências dos registros durante o todo o processo poderão ser sanadas com a substituição dos brincos por chips de identificação. Por enquanto, entretanto, o problema é o custo.
0 Comments
Estes repórteres são uma piada, escrevem tudo o que lhes sopram ao ouvido. E não é só na Agência Estado não, todos os outros estão sendo pautados pelos defensores do status quo. Hoje também saiu uma reportagem ridícula no jornal Valor Econômico.
Se fizessem a lição de casa, e dessem uma navegada aqui no BeefPoint, estes repórteres veriam que a grande maioria dos verdadeiros pecuaristas deseja um retorno ao modelo de rastreabilidade que já existe há décadas, e que é o mesmo empregado nas industrias de abate de aves e suínos.
Fazem parte deste modelo, o único viável no Brasil:
1) A GTA
2) A nota fiscal de origem
3) O SIF na unidade de abate
4) A fiscalização sanitária estadual
5) Uma declaração, assinada pelo proprietário, que garante não ter aplicado hormônios e outros medicamentos proibidos, e que não alimentou os animais com rações contendo farinhas de carne, ossos ou sangue.
Com isso, toda e qualquer propriedade conseguirá se credenciar para exportar sem grande dificuldade e, principalmente, sem intermediários e “facilitadores”.
Teremos um modelo inclusivo, e não exclusivista como o que vem sendo defendido por setores obscuros e truculentos do MAPA. Que aliás devem estar com as barbas de molho, pois o ministro Stephanes é um economista de formação, inteligente, político e macaco velho, não participou da montagem do esquema Sisbov e vem sendo injustamente criticado, pois pegou o bonde andando.
Com certeza ele vai dar novos rumos ao assunto, haja vista os recados e torpedos que já andou passando a setores internos e externos ao MAPA.
Estou estudando a rastreabilidade brasileira (sua realidade) com finalidade academica – pretendo desenvolver uma dissertação de mestrado sobre o assunto, que creio de elevada importancia economica e social, pricnipalmente no Estado de Rondonia. Espero poder contar com o apoio de todos os leitores e conhecedores do assunto. No momento estou na fase de pesquisa bibliográfica.
Sds. Marcos Cesar dos Santos