A credibilidade dos produtos de origem animal brasileiros está em xeque nos Estados Unidos. O estopim do problema foi o excesso do vermífugo ivermectina contido na carne bovina enlatada exportada para aquele País, em 14 de maio. Por uma decisão do governo brasileiro, as vendas foram suspensas, mas agora quem quer comprovar se os níveis do produto estão dentro dos padrões são os americanos, que virão ao Brasil, a partir da próxima terça-feira, para constatar de perto se houve avanços. A situação já preocupa os empresários de áreas afins e foi usada por uma organização não-governamental (ONG) americana, a Food and Water Watch, como mote para pedir a retirada do Brasil da lista dos países com aprovação automática de exportação de produtos de carne.
A credibilidade dos produtos de origem animal brasileiros está em xeque nos Estados Unidos. O estopim do problema foi o excesso do vermífugo ivermectina contido na carne bovina enlatada exportada para aquele País, em 14 de maio. Por uma decisão do governo brasileiro, as vendas foram suspensas, mas agora quem quer comprovar se os níveis do produto estão dentro dos padrões são os americanos, que virão ao Brasil, a partir da próxima terça-feira, para constatar de perto se houve avanços. A situação já preocupa os empresários de áreas afins e foi usada por uma organização não-governamental (ONG) americana, a Food and Water Watch, como mote para pedir a retirada do Brasil da lista dos países com aprovação automática de exportação de produtos de carne.
Mais do que isso, a ONG aproveitou o embalo para pedir que o departamento de agricultura (USDA, na sigla em inglês) não considere mais Santa Catarina como Estado livre de febre aftosa sem vacinação, status que recebeu em 2007 da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A alegação foi a de que poderia haver uma eventual expansão das importações brasileiras de carne fresca depois do problema com a carne enlatada. “Esse episódio prejudicou a credibilidade do Brasil e poderemos ter problemas na aprovação das fábricas de suínos pelos americanos”, considerou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto.
Atualmente, o Brasil não vende o produto para os Estados Unidos, mas a expectativa é a de que, a partir do próximo mês, o país abra seu mercado para a carne suína nacional. Para isso, americanos irão até a região Sul, onde se concentra a maior produção, para inspecionar as indústrias do setor. Camargo Neto explicou que, em termos de volume, não se aguarda uma grande venda para os EUA, que são grandes produtores. O interesse nesse novo mercado é o de deixar uma porta aberta para futuras comercializações. Os produtos que devem ter mais saída nos EUA são, de acordo com o presidente da Abipecs, costela e bacon, por conta dos preços competitivos dos produtos brasileiros.
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Francisco Jardim, assegurou que os exames realizados em novas peças de carne brasileira já foram feitos e apresentaram um padrão condizente com as exigências americanas. Ele evitou, no entanto, dar mais detalhes sobre o tema, alegando que o material será entregue à missão americana, composta por cinco agentes, quando chegarem ao Brasil. Jardim também não quis se pronunciar sobre o pedido feito pela ONG ao governo americano e, tampouco, traçou uma meta para o retorno das vendas para os Estados Unidos. “A visita da missão já está agendada e temos de esperar. Estamos fazendo nossa lição de casa.”
As informações são da Agência Estado e do Diário de Cuiabá, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
0 Comments
Pois é… e o ministro apostou que a exportação recomeçaria no máximo em 15 ou 20 dias…
Novamente promessas vazias, de quem não avaliou corretamente o que teria que ser feito, não entendeu o tamanho do problema, ou simplesmente embarcou na política do finge que faz, que eu finjo que acredito… aquela mesma que os importadores teimam em aceitar!
Do prazo de 15 a 20 dias prometido pelo tal ministro, já chegamos a 44… e nada de notícias sobre o cumprimento da tal promessa…
Agora vem a notícia de que Técnicos americanos, virão conferir o que fazemos, como fazemos e os resultados por nós encontrados serão comparados com os deles…
Pronunciamentos ufanistas e promessas não cumpridas, geralmente desembocam em “apostas perdidas…”
E de cabeçada em cabeçada, vamos aprendendo… será?
Curioso é que eles, os americanos, acabaram de fazer um recall de carne produzida lá, justamente por concentração de resíduos acima do permitido.
Prezado José Ricardo,
O comentário acima, feito por você, de alguma forma, inocenta os órgãos americanos responsáveis pelas análises nos produtos consumidos por eles (importados ou não), das acusações de parcialidade e manipulação nos resultados contra a nossa carne…
Significa que: as acusações de que os resultados encontrados não representam a verdade, não mais poderá ser utilizada.
Para variar tais acusações, devem ter sido fruto do tal “ufanismo barato” que tanto atraso nos traz… Afinal os testes conduzidos por eles, detectaram problemas na carne daqui, e na carne de lá…
O foco nas alterações que estão por fazer há tanto tempo e a seriedade em sua execução, nos trariam mais resultados e benefícios, do que as seguidas tentativas de desqualificar quem aponta problemas em nosso sistema de produção e controles…
Prezado José Manuel de Mesquita,
Quero deixar claro que não estou tentando desqualificar ou inocentar os serviços oficiais de análise de resíduos, daqui ou de lá, apenas apontando o fato que problemas existem em toda parte.
Tanto lá como cá o problema dos resíduos na carne nasce nas fazendas, não nos frigoríficos. E aqui entra a questão dos controles de cada fazenda, que creio concordemos que precisam ser melhorados.
Mas outro ponto de controle é a análise da carne dos animais abatidos.
Pessoalmente acredito que o problema detectado pelos serviços de análise americanos em carnes exportadas tenha base na realidade. Não acho que seja uma conspiração contra nós.
Porém as metodologias utilizadas, aqui e lá, são baseadas em critérios de amostragem e portanto não são infalíveis. Simplesmente algumas vezes não detectam o problema como deveriam.
Acredito que pelas razões apontadas acima o Brasil possa realmente ter exportado carnes com concentrações acima do permitido. Nunca por má fé. Por esta mesma razão carnes produzidas lá, com problema similar, também foram distribuidas ao mercado.
E sempre que necessário uma nova análise de risco deve ser feita para ajustar os processos. É o que parece estar sendo feito pelo Brasil. Espero que os ajustes sejam adequados e bem aceitos pelos americanos.
Att,