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Mapa autoriza alteração na estratégia de vacinação

O secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Valter Bianchini, anunciou nesta terça-feira (24) que o Paraná vai suspender a vacinação contra febre aftosa para animais acima de 24 meses. Essas alterações serão válidas para a primeira etapa da campanha, que será realizada entre 1º e 31 de maio. Além do Paraná, outros cinco Estados vão vacinar animais com mais de 24 meses apenas anualmente, conforme o calendário do Ministério da Agricultura. São eles: Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Valter Bianchini, anunciou nesta terça-feira (24) que o Paraná vai suspender a vacinação contra febre aftosa para animais acima de 24 meses. Essas alterações serão válidas para a primeira etapa da campanha, que será realizada entre 1º e 31 de maio. Espera-se que cerca de 5,3 milhões de animais em todo o Estado deixarão de ser vacinados pela primeira vez no Paraná após 40 anos de campanhas ininterruptas de campanha de vacinação contra febre aftosa.

Essa medida representa o início de um processo adotado em comum acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que o Paraná seja declarado posteriormente área livre de febre aftosa, sem vacinação.

A presença maciça de líderes do setor é uma demonstração que os procedimentos adotados conta com o apoio das entidades que representam os criadores paranaenses que irão se envolver nas campanhas de esclarecimento junto ao pecuarista, disse Bianchini.

Essas modificações não valem para a segunda etapa da campanha estadual de vacinação contra febre aftosa prevista para novembro de 2009. Nessa etapa, os procedimentos voltam ao normal e todos os animais, independente de idade, devem ser vacinados.

Além do Paraná, outros cinco Estados vão vacinar animais com mais de 24 meses apenas anualmente, conforme o calendário do Ministério da Agricultura. São eles: Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio Grande do Sul – os dois últimos vão vacinar todo o rebanho em maio e, em novembro, os que estiverem com até dois anos.

Embora no calendário conste que São Paulo continuará aplicando as doses a cada seis meses, a secretaria da Agricultura paulista informou que, em maio, os pecuaristas só serão obrigados a vacinar bovinos e bubalinos com até 24 meses, pois já recebeu comunicação oficial autorizando a alteração. Na campanha de novembro, todos os animais serão vacinados.

As modificações foram adotadas em resposta aos excelentes índices de vacinação alcançados nas campanhas realizadas nos últimos quatro anos. Acima de 98% a Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) considera que o rebanho já está imunizado. Outra razão para a suspensão das vacinas é que ela protege os animais revacinados após quatro vacinações consecutivas por cerca de um ano, explicou o diretor do Departamento de Fiscalização e da Defesa Agropecuária (Defis), Silmar Bürer.

Segundo Bürer, o Paraná está seguro em adotar esse procedimento porque a sorologia realizada nos últimos quatro anos vem apresentando ausência de circulação viral para a doença, o que aponta para um risco mínimo sobre a existência da febre aftosa no Estado. Esses procedimentos estão previstos pela Instrução Normativa (IN) 44 do Ministério da Agricultura e também pela OIE.

O secretário Valter Bianchini espera uma redução da vacinação em cerca de 50% do rebanho avaliado em 10 milhões de cabeças, o que equivale a cerca de cinco milhões de doses que deixarão de ser vendidas, uma economia de cerca de R$ 7 milhões aos criadores.

De acordo com Bianchini, os próximos passos para suspender a vacinação contra febre aftosa em definitivo vão depender da reestruturação da Defesa Sanitária, que já está acontecendo. Recentemente o governador Roberto Requião autorizou a contratação de 324 técnicos que irão atuar nas barreiras interestaduais que controlam o trânsito de animais, em substituição à estrutura anterior que era terceirizada. Outros 200 profissionais como médicos veterinários e engenheiros agrônomos já haviam sido contratados no final de 2008 para a defesa sanitária, salientou o secretário.

Além das contratações, todo o sistema de controle de trânsito de animais, as 138 Unidades Veterinárias existentes em todo o Estado, está informatizado. “Hoje podemos localizar qualquer movimentação de animais on-line”, disse Bianchini. Segundo ele, é possível saber exatamente de onde saiu e para onde vai determinado rebanho.

Outro indicativo que contribui para a suspensão da vacinação é a reestruturação epidemiológica e a melhoria da sanidade animal nos Estados vizinhos. “Um Estado que tem um cadastro do rebanho consolidado, índices de vacinação acima de 80% e ter feito pelo menos os dois últimos anos de vacinação semestral pode passar para o sistema de vacinação anual como está acontecendo agora, e o Paraná já preenche todas estas condições”, explicou Bianchini.

As informações são da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do PR, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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