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Mapa busca saída para falta de recursos

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, está negociando com a iniciativa privada alternativas à cobrança de taxas para serviços que hoje são feitos gratuitamente pelo ministério. Ele disse que vê problemas na proposta de taxar serviços como emissão de certificados de sanidade animal e vegetal, exames de laboratório e ações rotineiras de fiscalização. Mas admitiu, porém, que o governo avalia a possibilidade de terceirizar alguns serviços.

Ele informou que entidades do setor privado estão propondo parcerias público-privadas em programas específicos do ministério. Os recursos seriam voltados para a pesquisa, desenvolvimento e fiscalização. Ele deu como exemplo a ferrugem da soja. O setor privado investiria em variedades resistentes à doença e, ao mesmo tempo, fiscalizaria o controle fitossanitário. “Há possibilidade de um entendimento talvez mais construtivo do que a cobrança de taxas”.

Outra alternativa em discussão é a terceirização de algumas atividades que atualmente são desempenhadas pelos funcionários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “É viável a terceirização de alguns serviços. Hoje nós temos frigoríficos que demandam 1,5 mil fiscais. Em dez anos, vamos precisar de dez mil e não vamos ter. Talvez esse seja o momento de discutir com o setor privado uma forma de parceria em que a terceirização seja uma das soluções”, afirmou Rodrigues.

Na semana passada, Rodrigues ouviu as opiniões das áreas de carne bovina e de frango sobre alternativas à falta de recursos do ministério. Em 2 de agosto, elas apresentam ao ministro uma proposta formal sobre o assunto.

Fonte: Valor OnLine, adaptado por Equipe BeefPoint

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