Em reunião da Câmara Setorial da Carne Bovina, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciará a transferência do Sisbov à iniciativa privada, visando dar mais agilidade e recursos ao sistema.
Em reunião da Câmara Setorial da Carne Bovina, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciará a transferência do Sisbov à iniciativa privada, visando dar mais agilidade e recursos ao sistema.
A Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) são as mais cotadas para coordenar o processo de transição dos dados da base, que já conta com 80.000 estabelecimentos como clientes e 3.000 usuários.
Segundo declaração do secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Marcio Portocarrero, ao Valor Econômico, “o Sisbov é muito amarrado dentro da burocracia do ministério. O setor privado tem mais agilidade e mais recursos para administrar o sistema”.
O governo acredita que a transferência da gestão da BND, prevista para terminar até dezembro, é necessária para garantir o futuro do Sisbov, já que são altos os custos de investimento em tecnologia, treinamento de pessoal especializado e manutenção de funcionamento ininterrupto.
Segundo o secretário a mudança não trará problemas com para as exportações, pois na Austrália e Nova Zelândia o sistema já é administrado pelo setor privado e este países não têm problemas para vender carne bovina para a UE. As informações foram publicadas no jornal Valor Econômico.
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Tomara que essa transferência para o setor privado seja a solução, já que o Sisbov está em descrédito desde que foi criado.
Porém não acredito que isso vá acontecer nesse primeiro momento, o Governo Federal deveria investir e fiscalizar muito. Quando tivéssemos credibilidade, então poderia ser a hora de passar ao setor privado.
A verdade é que o MAPA não dá conta das atribuições que cria para si. Não tem pessoal em quantidade suficiente, nem estrutura, mas para dar satisfações ao resto do mundo, põe no papel programas e mais programas sanitários, muito bonitos só no papel.
Em relação ao Sisbov, era questão de tempo o MAPA “abir o bico”. A maior parte dos programas sanitários são para “inglês ver”, literalmente.
Até que enfim o MAPA viu que não dá conta do recado, criam coisas dificílimas de serem executadas, mas o verdadeiro e único motivo do MAPA não dar conta do Sisbov é falta de conhecimento do que é a pecuária brasileira.
E o que mais nos chateia é: assistir frigoríficos desclassificarem animais no abate por motivos mínimos (como um brinco de péssima qualidade que não resiste ficar na orelha de um boi do embarque ao frigorífico, imaginem agora no ERAS? De bezerrro a boi.! O que vamos enfrentar?) e do outro lado a Rússia detecta vários laudos falsos e coloca em risco o mercado de exportação brasileiro.
Qual problema é mais grave isso ou um brinco ruim que foi colocado na orelha de um boi e não tem capacidade de resistir. Isso não é difícil de acreditar e sim de aceitar.
Quanto ao ERAS, não acredito que chegue ao fim essa última normativa, pois nenhuma chegou lá.
Brincos? Esses ainda vão dar o que falar, para quem trabalha com sistemas de identificação de verdade sabe que hoje só temos uma única fábrica que sabe fazer brincos de verdade, o resto ainda estão longe disso.
Em suma, uma coisa acho certo, tirar o MAPA do comando.
Espertamente, o MAPA joga o bebê indesejado no colo dos pecuaristas, pois a crise que virá a partir de janeiro será monumental. Simplesmente a pecuária vai travar. Os “cientistas” ingênuos do MAPA lavam as mãos, é patético e trágico.
Quem pagará a conta desta vez? Considerando que o governo ganha a maior fatia na exportação da carne é ele que deva assumir a conta.
Para o produtor tanto faz se a carne é consumida pelo Zé Francisco ou pelo Toni Blair e Angela Merkel. O importante é o retorno da nossa lucratividade. Se não bye,bye a exportação por falta de produto.
Cordialmente,
Hans
Não vejo nada que alavancará o Sisbov, pois ele não foi para frente ainda desde quando começou. Se não tivermos consciência de que temos que fazer e bem feito a nossa rastreabilidade, quem sofrerá seremos nós mesmos, então que seja privado ou estatal mais seja bem feito e sem querer aparecer um ou outro, política é no congresso lá tem boi mais caro do mundo tem de tudo. Mas é que tudo no Brasil tem alguém que tem que aparecer e não deixar as coisas fluirem, está nas mãos de poucos, sejam profissionais e deixem os homens trabalharem.
Não acredito! Mesmo desejando que aconteça!
Acho que esta seria a saída. A pressão que o Sisbov deve estar sofrendo, daqueles “grandes interesses”, deve ser tremenda. Eles estão loucos para passar a batata quente. Quem, “idôneo”, pegaria essa?
Geraria mais um custo, com certeza. E quem teria tal isonomia para administrar algo que, se tivesse, cadastrado a fazenda do Ministro Renan, o teria derrubado e solucionado toda falcatrua?
Será que Jesus Cristo tá disponível para esta empreitada?
O descrédito é enorme em nossa região, a transferência para iniciativa privada só ira aumentar nossos custos, sem qualquer retorno.
A operação de transferência do Sisbov à iniciativa privada, com o objetivo de tornar mais ágil e eficiente o sistema, vai gerar mais custos para o produtor, já que são altos os custos de investimento em tecnologia, pessoal especializado e manutenção do sistema.
Quem vai pagar essa conta ?
Hoje o valor desembolsado pelo produtor, vai para a aquisição de brincos, custear a certificadora e seus representantes e técnicos.
Volto a perguntar, quem vai pagar pelo investimento acima citado?
Claro que é o produtor.
O descrédito acontecerá, mesmo nas instituições privadas porque ainda existem pessoas e mesmo empresas que pensam só no “seu faturamento” e não na coletividade, no país como um todo.
Em situações difíceis como está, ajuda muito sonhar como podemos mudar e resolver a rastreabilidade e certificação da melhor maneira possível.
Recentemente saíram normas sobre a rastreabilidade dos alimentos na UE e o interessante é que as indústrias são totalmente responsáveis e auditadas pelos seus atos.
Sempre frisei que a situação dos frigoríficos no Sisbov era muito comoda, porque sempre tem outros culpados. Mais um item para o Workshop que o BeefPoint podia organizar sobre a cadeia da carne bovina?