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Mapa confirma foco de aftosa em Eldorado, MS

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) comunicou hoje (10/10) a ocorrência de um foco de febre aftosa no município de Eldorado, na região sul do Estado do Mato Grosso do Sul. O Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), do Mapa, em Recife, confirmou o diagnóstico para a febre aftosa em amostra colhida em bovinos na Fazenda Vezozzo.

Após a confirmação da doença em 140 animais, foram adotados todos os procedimentos de emergência recomendados, incluindo a interdição da propriedade e colheita de material, que resultou na identificação do vírus tipo O. As medidas sanitárias estão sendo adotadas, incluindo o sacrifício de todos os 582 animais da propriedade.

O Mapa informou ainda que todas as medidas para conter a disseminação da doença foram implementadas, tais como interdição imediata da fazenda, inspeção das propriedades rurais em um raio de 25 km e investigação epidemiológica para identificar a origem do foco.

Além das ações já aplicadas, o Mapa está implantando postos de fiscalização e aplicação de medidas de biossegurança, com restrição do ingresso na propriedade, exceto aos profissionais e funcionários que trabalham no caso e inspeção clínica de todos os animais.

Tão logo se confirmou o diagnóstico, o Mapa enviou comunicação da ocorrência da doença à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Paris, ao Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), aos países vizinhos e aos países e blocos econômicos com os quais o Brasil mantém intercâmbio comercial.

Fonte: Mapa, adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Orlando Henrique Negrão disse:

    Demorou!

    Isso vem nos confirmar a falta de preparo e capacidade necessários para nos mantermos como “líder mundial de exportação de carne bovina”.

  2. Marcus Vicente Petrosino disse:

    A pergunta que não quer calar:

    Seria coincidência a ocorrência deste foco de febre aftosa justamente no início da entresafra onde teríamos a consequente evolução dos preços?

  3. Paulo Araripe disse:

    Isso é um absurdo, o governo estadual deve tomar medidas drásticas em relação à importação clandestina de gado em pé de Paraguai.

    Devem ser realizadas barreiras pelo exército nos pontos estratégicos de travessia do gado paraguaio ao Brasil através das fronteiras.

    Mas creio que o Governo federal não se preocupa com o mercado da carne resultando na atual situação em que chegamos hoje, pois ao invés de incentivo, esse ano houve um corte muito alto nas verbas destinadas aos programas de defesa sanitária animal, tornando praticamente que se impossível realizar uma fiscalização eficaz no controle e erradicação da febre aftosa no estado.

  4. Jose Luiz Couto Pedreira disse:

    Quando há algum tempo o Ministro da Agricultura se queixava da diminuição das verbas para defesa agropecuária parecia estar sendo preparado o trailler de uma história que não gostaríamos fosse se tornar verídica.

    Além disso, temos visto todos os órgãos de imprensa alertando o pecuarista para que não cedesse um milímetro nas condições sanitárias do seu rebanho.

    Triste notícia nos chega agora do MS. Foco de aftosa!

    Sinto dizer que no meu entender este risco não se restringe ao Mato Grosso do Sul. Infelizmente a pecuária deste estado se vê pela segunda vez atingida por este mal que vai prejudicar não somente a sanidade do rebanho mais principalmente todo um trabalho comercial que vinha se consolidando nos últimos anos.

    Este risco senhores corremos Brasil afora!

    Precisamos em todo território nacional estarmos conscientes que ainda tem pecuarista que não se importa em vacinar o seu rebanho ou verificar a origem do que compra.

    E infelizmente a fiscalização sanitária está muito aquém da desejada e necessária.

    De que adianta lutarmos tanto para termos melhores preços para a @ do boi se não fazemos ainda o nosso dever de casa.

    Acabamos por dar aos outros elos da cadeia produtiva motivos para sermos qualificados de amadores.

    Ou nos profissionalizamos, em todos os sentidos, manejo sanitário, gerenciamento, comercialização ou estaremos fadados a praticar eternamente uma pecuária de terceiro mundo.

    Não me venham chorando preço da @ nos próximos meses. E agora que parecia surgir alguma luz no fim do túnel com os preços praticados nos últimos dias.

    Como diz um cliente e amigo pecuarista aqui na Bahia. Além da queda… coice!

    José Luiz Pedreira
    Pecuarista e Consultoria Pecuária
    Salvador / Ba

  5. Jose Flavio Figueira disse:

    Lamentável esse foco de aftosa em Eldorado, pelos reflexos que pode causar à comercialização no MS.

    Esses municípios de fronteira ou próximos do Paraguai são sempre um motivo de preocupação para a pecuária sul mato-grossense e brasileira.

    Alguns fazendeiros são tentados a comprar gado barato no Paraguai e isso ocorrendo, coloca em risco toda a cadeia de carne do estado.

    Esperamos que a investigação ocorra seriamente para apurar causas. Bom ver as providencias imediatas.

    E tenho uma dúvida. Nesse caso, de abate total do rebanho da propriedade, há alguma indenização ao pecuarista se ficar provado que não concorreu para isso?

  6. Geraldo Magela Tavares Costa disse:

    Há muitos anos estamos “prevenindo” a febre aftosa em nossos rebanhos e, pelo jeito, por muitos anos o faremos.

    Isto porque os órgãos oficiais não dão à vacinação a importância que deveriam.

    Os índices de vacinação correspondem a uma ficção burocrática. Consideram-se vacinados os animais mediante simples apresentação de nota fiscal de compra de vacina por parte do produtor.

    É prática comum entre parte dos produtores “jogar vacina fora porque a doença não existe mais”, e parte dos que vacinam, pelo fato de a doença não constituir um problema de seu dia-a-dia, como outras patologias, “relaxam” em relação à conservação adequada da vacina e sua correta aplicação.

    Mesmo em relação aos criadores que procuram fazer tudo corretamente, há perdas devido ao desconhecimento técnico.

    Ao contrário do que se deduz pelos índices da “vacinação” obrigatória, provavelmente há muitas regiões susceptíveis ao aparecimento de novos focos.

    É preciso que, nessa fase de erradicação, pelo grau de importância dessa doença, a vacinação seja atribuição exclusiva do médico veterinário, com forte fiscalização dos órgãos oficiais e responsabilização do profissional quando for o caso.

    Caso contrário será sempre “foco aqui, foco ali”, e nada de erradicação.

    O MAPA deveria tomar essa atitude urgentemente para que o Brasil adquira credibilidade no exterior e erradique a doença o mais rápido possível.

    Geraldo

  7. Leda Garcia de Souza disse:

    Infelizmente ainda existem pecuaristas que insistem em colocar em risco todo o trabalho e eficiência da classe produtora de carne.

    Precisamos separar o joio do trigo e unir forças para que este foco não prejudique todos os avanços alcançados pela nossa pecuária.

  8. Marcus Vicente Petrosino disse:

    Pergunto: no País do mensalão, do juiz ladrão, do filho e do irmão do presidente, do referendo inútil, do brilhante “Fome Zero”, etc, etc, etc… Teria sido apenas uma inocente coincidência a ocorrência deste caso de aftosa, agora em pleno início de entressafra e melhoria dos preços?

  9. Alfredo Tavares Fernandez disse:

    Mais uma vez, denota-se a incompetência do governo na questão. Não há fiscalização para nada neste país. A demagogia impera nas instituições.

    Sou professor de Tecnologia e inspeção de carnes e sempre existe a interrogação: até quando seremos os maiores exportadores se não conseguimos combater nem o abate clandestino, que dirá a febre aftosa, new castle e peste suína? Quando teremos contratações para que haja uma fiscalização melhor em nossas fronteiras?

  10. Breno J P Barros disse:

    Sou veterinário de formação e responsável pela lucratividade de uma agropecuária no MT. Como é gostoso vacinar, que dinheiro bem empregado!

    Não devemos achar que o governo federal sozinho é responsável pelo foco de febre aftosa, que a falta de recursos é que causou o surto.

    A oposição ao governo já esta dando a sua mordida no caso, com uma parcela de razão.
    Alguns ainda jogam vacina no buraco e entregam a nota para o Mapa. Quem não acredita? Que povo avançado, quando não precisarmos mais vacinar contra a febre aftosa, vamos pedir orientações a estes espertos que já fazem isto a um bom tempo.

    Não devemos esperar que o estado resolva a questão. O produtor deve estar ciente que deve vacinar o rebanho para o bem de sua atividade e sobrevivência da pecuária. A Aftosa não é da fazenda envolvida, é do MS, é do Brasil, é de todos.

    Uma pergunta: o Fundepec ainda existe? O que ele faz? Se realmente não existe: não era bom? Temos alguma entidade que trabalhe para que tudo dê certo para todos? Quem lidera a tomada de consciência? São atitudes isoladas, de pequenos grupos ou produtores?

  11. Marcelo Jose Costa disse:

    Mais uma vez os bons produtores irão pagar pelos maus. Infelizmente o prejuízo para o país será enorme e principalmente para os produtores do MS, que tanto vem lutando e trabalhando para a melhoria na produtividade e qualidade da carne no estado. Luta esta que estamos travando sozinhos, sem apoio governamental, a nossa parte foi feita, conseguimos melhorar a qualidade e quantidade da carne, mas infelizmente o governo nos deixou na mão novamente.

    Não seria hora de se tomar sérias providências? E o nosso prejuízo? Quem vai bancar? Nós mesmos logicamente… Infelizmente o dinheiro para o combate à febre aftosa deve ter ido pelos mesmos caminhos escabrosos que estão recheando os noticiários diários sobre corrupção…

    Amigos, a situação já estava ruim, mas infelizmente o buraco é mais embaixo ainda do que imaginávamos…