Canal Tortuga transmite Agrishow em tempo real
19 de maio de 2005
Adubação de pastagens minimiza os efeitos do veranico
23 de maio de 2005

Mapa deve assinar nova portaria sobre o Sisbov

O Ministério da Agricultura publica no Diário Oficial da União na próxima semana portaria contendo as novas regras para a rastreabilidade do gado bovino, que irá substituir o atual Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov). Márcio Porto Carrero, secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, afirma que os últimos detalhes sobre o sistema foram definidos em reunião em Brasília na quarta-feira, com participação do setor privado.

A nova legislação deve sair em seis meses. Uma missão do Brasil vai a Bruxelas em junho para discutir a proposta com a União Européia. O projeto prevê a descentralização do banco de dados dos animais, com o gerenciamento transferido do governo federal para os estados.

A proposta mantém a opção de adesão pelos criadores e a exigência de certificação para exportação, mas quem optar terá de rastrear 100% dos animais da propriedade, o que hoje não é obrigatório. O sistema de identificação também mudaria, com opções de códigos que ofereçam garantias equivalentes, e o monitoramento do sistema produtivo passaria a ser feito com participação do Inmetro.

A idéia foi apresentada ontem na reunião da Câmara Setorial da Carne Bovina, na Federação da Agricultura do RS (Farsul), em Porto Alegre. O diretor da Farsul, Fernando Adauto, frisou que nada muda por enquanto e continuam valendo as regras atuais do Sisbov.

Segundo o chefe do Serviço de Sanidade Animal do Mapa no RS, Bernardo Todeschini, foram criados três grupos de trabalho para discutir a viabilidade da proposta. A maior polêmica refere-se ao sistema de identificação que poderia ser feita de cinco maneiras. Entre as principais estão a individual, com código do Sisbov como é hoje, ou em lotes, marcados a fogo.

O presidente da Acerta, entidade que representa as certificadoras, Luciano Antunes, considera essa alteração um retrocesso. “Enquanto países estão evoluindo do brinco para o controle eletrônico, nós voltamos para marca a fogo, de 1911”, criticou.

Fonte: Correio do Povo/RS e Valor Econômico, adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Moacir Francisco de Souza Junior disse:

    Eu concordo com Luciano Antunes.

    Este sim tem visão de futuro para a pecuária brasileira, já por outro lado o governo quer voltar no progresso de Rastreabilidade.

  2. Silvio de Melo e Souza disse:

    Um dos grandes entraves à implantação do Sisbov foi considerar a identificação individual com brincos como condição única para inserir um animal neste programa, desprezando os controles internos das fazendas, mesmo os mais modernos, que via de regra utilizam a marca a fogo no manejo.

    A possibilidade de utilização da marca a fogo para a identificação individual do animal a ser rastreado, é uma vitória do setor produtivo.

    Está de parabéns o excelente Ministro Roberto Rodrigues, que em sua gestão tem procurado continuamente inserir o Brasil em uma economia mundial altamente competitiva, globalizada e, principalmente, desburocratizada.

  3. Luiz Fernando Azambuja Jr. disse:

    Estamos voltando ao passado. Não somos dignos de sermos o maior exportador do mundo.

    Se quizermos um mercado como o europeu, temos que fazer o que o mercado exige.

    Vamos perder a Europa e aí sim a crise interna da carne acontecerá.

    Quem vai comer o que hoje se exporta? Vamos aproveitar só o couro, como em 1800!