Listagem divulgada no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no mês de novembro, traz a relação das certificadoras que foram suspensas ou descredenciadas do Sisbov.
Listagem divulgada no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no mês de novembro, traz a relação das certificadoras que foram suspensas ou descredenciadas do Sisbov.
Do total de 70 certificadoras cadastradas, no momento, de acordo com o Mapa, 52 estão em situação regular e autorizadas a trabalhar normalmente. Enquanto duas empresas foram suspensas e 16 foram descredenciadas. Abaixo segue a relação das empresas suspensas e descredenciadas.
Certificadoras suspensas
• ABC – Certificadora e rastreabilidade (Goiânia/GO, Naviraí/MS e Patos de Minas/MG)
• IFM – Serviços tecnológico Ltda (São Paulo/SP)
Certificadoras descredenciadas
• Prodap Ltda (Belo Horizonte/MG)
• Certificadora Gilgal (Belo Horizonte/MG)
• Agil – Rastreamento Ltda (Aparecida de Goiânia/GO)
• Aval rastreabilidade bovina Ltda (Uberaba/MG)
• Certbras certificadora Brasil (Curitiba/PR)
• Certificadora norte de bovinos Ltda (Jí-Paraná/RO)
• EBIC – empresa brasileira de identificação e certificação Ltda (Salvador/BA)
• G5 certificadora e rastreadora Ltda (Goiânia/GO)
• Microbióticos análises laboratoriais S/S Ltda (São Paulo/SP)
• Rondorastro – certificação e rastreabilidade de bovinos Ltda (Rolim de Moura/RO)
• Rural rastro (Goiânia/GO)
• Sicbovbrasil – serviço de identificação, certificação e rastreamento de bovinos e bubalinos do Brasil s/c de Rondônia (Porto Velho/RO)
• Track systems certificação e rastreamento Ltda (São Paulo/SP)
• Traço rastreabilidade e certificação rural (Manaus/AM)
• Trade – tecnologia em rastreamento Ltda (Goiânia/GO)
0 Comments
Isso é o resultado de uma visão míope principalmente do órgão normatizador que é o governo federal cuja competência é do MAPA. Imaginar que empresas credenciadas sozinhas fariam esse papel de forma a atender exigências do mercado internacional foi um grave equivoco. Jamais isso poderia acontecer e o resultado negativo não demorou em aparecer com a visita recente da missão UE.
Existem tarefas e obrigações que o governo não pode abrir mão. O setor da pecuária nacional (bovinocultura) embora apresente um potencial altamente significativo em termos econômicos, ainda é conduzido de forma viciada e amadora. Toda a cadeia produtiva desse segmento apresenta deficiências, ou por questões econômicas, por exemplo, falta de incentivos governamentais, ou por questões puramente de caráter dos vários integrantes dessa cadeia.
Explico: os mais fortes exploram os mais fracos na ânsia incontinente de obter vantagens, sufocando-os. Há sempre um desejo incontrolável, neste caso independe se é o forte ou o fraco, de fugir do controle oficial, como por exemplo, não respeitar as normas sanitárias.
O SISBOV tem que ser conduzido, controlado e monitorado pelos órgãos federais e estaduais de sanidade animal. O MAPA sozinho não têm pernas para isso, necessitando dos órgãos estaduais de defesa sanitária animal. Por sua vez, muitos estados também não têm capacidade de assumir mais essa tarefa, por única e exclusiva falta de vontade política. Embora nós vivamos numa federação com autonomia dos estados com relação a certas obrigações que podem e devem ser cumpridas ou com soluções regionais ou com adoção do modelo federal, que eu acho o mais correto, e que deve ser cobrado por este último. Impondo restrições, penalizações das mais diversas, por se tratar de interesse nacional.
Essa bagunça toda é o resumo da falta de autoridade do órgão federal de exigir dos estados o cumprimento da legislação. É só isso que precisa ser feito, mas com os órgãos de defesa sanitária animal devidamente estruturados e com remuneração dos técnicos, compatível com a importância desse segmento.
Conheço rastreadora que fez barbaridade, vendeu brinco já rastreado para o pecuarista colocar na hora do embarque, cobrou e não fez o serviço, recebeu a planilha e não inseriu os dados no sistema, quando inseriu trocou sexo e data de nascimento dos animais, colocou só uma data de nascimento para quase todos animais da planilha, não mandou os brincos pedidos, não avisou que brinco tinha vencimento, mandou brincos já vencidos e cobrou por eles, mandou brincos quase no limite do vencimento e não avisou, nunca apareceu na fazenda para checar a brincagem, deu prejuizos a diversos para pecuaristas inclusive para mim.
Tenho tudo documentado com recibos, protocolos e notas fiscais. Tentei mudar de rastreadora mas não consegui.
Vou pensar muito antes de rastrear de novo. Em tempo, cuidado que ela continua no mercado, não foi descredenciada.
Sou mais uma vítima do Sisbov, vez que ainda restaram animais rastreados, agora sem qualquer valor agregado – prejuizo, sim.
Gostei muito da posição de Humberto de Freitas Tavares e, como ele, vou rasgar os certificados que restaram e não vou mais aderir ao novo sistema, ainda mais que a minha região – Caracol/MS é tida como zona tampão do Pantanal, o que impede a venda de nossos animais para frigorificos exportadores.
Acho que os pecuaristas brasileiros teriam que se unir nesse particular e não aceitar as imposições que se apresentam.
A historia é a mesma comigo também, perdi animais depois do abate porque a rastreadora não havia cadastrado alguns brincos, e o prejuizo,é do Trabalhador aqui.
Campanha diga não ao SISBOV.
Também já comprovei vários rastreamentos sem nenhum acompanhamento.
Isto tem que mudar.