Veja lista das medidas divulgadas pelo Ministério para evitar entrada do vírus da aftosa no país. Entre elas estão suspensão de importações, retomada das Forças Armadas e missão técnica brasileira ao Paraguai.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) anunciou as ações imediatas que serão adotadas para evitar a introdução do vírus da febre aftosa no país em função do novo foco da doença notificado pelo Paraguai nesta terça-feira, 3 de janeiro. O vírus foi identificado em bovinos numa propriedade na localidade de Aguaray Amistad, no Departamento de San Pedro, a cerca de 30 quilômetros do foco notificado em setembro de 2011.
Em razão da nova ocorrência, o MAPA adotou as seguintes medidas:
Suspensão temporária das importações de carnes de bovinos oriundos do Departamento de San Pedro;
Retomada da desinfecção dos veículos procedentes do Paraguai;
Os Ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Defesa acordaram retomar o apoio das Forças Armadas, para dar suporte às ações de defesa sanitária animal na região de fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai;
Foram suspensos todos os eventos agropecuários no Estado do Mato Grosso do Sul, na fronteira com o Paraguai;
A Sala de Situação para alerta sanitário foi reativada com os Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul;
Em conjunto com os órgãos de saúde animal dos Estados de Mato Grosso do Sul e Paraná, reforço nas ações rotineiras de vigilância e de educação sanitária na fronteira, com a identificação e fiscalização a cada 30 dias de propriedades sentinelas (de maior risco de vulnerabilidade), bem como inspeção das propriedades a elas vinculadas (que receberam animais dessas propriedades sentinelas);
Envio, na próxima semana, de missão técnica àquele país, para verificar os controles de origem dos animais abatidos e as condições de processamento das carnes exportadas ao Brasil;
O Estado de Mato Grosso do Sul está contratando mais 35 médicos veterinários para trabalharem especificamente na região de fronteira;
Para o Estado do Paraná, foi solicitado o reforço no georreferenciamento das propriedades da fronteira e a manutenção da vigilância.
A Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul também decretou alerta sanitário no Estado e anunciou medidas. Entre elas, a de reforço da vigilância sanitária numa faixa de 200 quilômetros de extensão por 60 quilômetros de largura no noroeste gaúcho, na fronteira com a Argentina, para evitar riscos de contaminação.
Além disso, 96% dos bovinos com até dois anos acabaram de ser vacinados no Estado, mas mesmo assim o governo decidiu retomar os procedimentos já realizados em setembro e ampliar a vigilância.
No Paraná, que quer voltar a pleitear o status internacional de “livre de aftosa sem vacinação”, o governo estadual também anunciou o reforço da fiscalização.
Fonte: MAPA e jornal Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.