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28 de agosto de 2008

Mapa e Comissão Técnica discutem alterações no SISBOV

Na segunda-feira (25), em Brasília, ocorreu uma reunião no Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa), que teve por foco coordenar e elaborar uma nova instrução normativa do Sistema de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov).

Na segunda-feira (25), em Brasília, ocorreu uma reunião no Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (Mapa), que teve por foco coordenar e elaborar uma nova instrução normativa do Sistema de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov).

O consultor técnico da Famato, Luiz Carlos Meister, informa que a comissão técnica reunida apresentou diversas sugestões, sendo que as mesmas, ainda precisam ser consolidadas e estão sujeitas a revisões por parte da Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária. Conforme informou o consultor da Famato, entre os termos sugeridos pela comissão técnica estão:

• Aumento do prazo de 180 dias para 360 dias para as auditorias nas fazendas Eras. Procedimento que segundo Meister, permitirá uma redução de despesa em torno de 50%;
• Os animais que perderam a identificação deverão ser reidentificados e os produtores não perderão os estoques de brincos dos respectivos bovinos;
• No check-list não constará mais à auditagem de controles fito e zoosanitários;
• Será aceita a migração do número do Sisbov dos brincos antigos para uma nova propriedade Eras;
• Haverá termo de ajuste para compatibilizar os números atuais dos animais existentes na propriedade na base nacional de dados (BND), aprovação esta válida apenas para a 1ª vez;
• Serão definidos critérios de não conformidade dos elementos do check-list estabelecendo critérios de conformidade maior e conformidade menor;
• Numa situação de não conformidade menor haverá casos para correções de não conformidade;
• Haverá um desdobramento da classificação quanto a confinamento e boitel de animais;
• O produtor terá acesso às suas informações na base nacional de dados;
• Há inúmeras outras sugestões acatadas que serão rediscutidas e que farão parte da nova instrução normativa.

“Acredita-se que até meados de outubro essa nova instrução normativa seja publicada”, conclui Meister.

Apesar de algumas questões não terem sido contempladas, a maioria foi aceita, mesmo que com modificações, pelo Ministério da Agricultura (Mapa). Uma nova normativa deverá ser editada em setembro. “A eliminação do Documento de Identificação Animal (DIA) não foi autorizada e será negociada com a União Européia”, explicou Fernando Adauto, vice-presidente da Farsul. A solicitação de rastrear somente os animais para exportação também foi negada. “A União Européia não aceitaria”.

Adauto ressaltou conquistas, como a ampliação do prazo para vistoria de 180 para 360 dias; a substituição da tolerância zero por amostragem de 95% de segurança e a manutenção dos brincos antigos do Sisbov. “Talvez não seja ideal, mas agora a normativa é factível e era inexeqüível.” Para ele, as medidas devem favorecer a adesão e a revisão de muitas propriedades.

As informações são de matérias da Famato e do jornal Correio do Povo/RS, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Julio M. Tatsch disse:

    Não poderíamos esperar posicionamento diferente do exposto pelo representante da Farsul, pois a meta da mesma é “rastreabilidade de 100% do rebanho gaúcho” (Fonte: Jornal Sul Rural de jan.08), que é uma definição próxima de “rastreabilidade obrigatória”.

    Também em acordo com o pleito conjunto entregue a governadora do estado (dia 29.07.08) propondo a criação de um Fundo para a rastreabilidade, citando no texto que “A rastreabilidade inicialmente continuará facultativa … (Item B, pag 2)”.

    Posicionamento “confortável” para quem recebe beneficio financeiro relacionado a utilização do sistema (SIRB) de rastreabilidade bovina. Logo quanto mais animais rastreados neste sistema maior o ganho.

    Porém em desacordo com os interesses da grande maioria dos pecuaristas, pois apenas 5% do volume abatido no RS em 2007 (antes do embargo), foi destinado a União Européia e Chile na forma de carne in natura a qual exige rastreabilidade.

    Analisando a taxa anual de abate de 2007, inferior a 15% do rebanho, chegamos ao paradoxo de pretender rastrear 100% para uma demanda de 1%! Em benefício de quem?

    Sem dúvida a UE e Chile são mercados interessantes, mas o bom senso e a lógica indicam que somente esta mercadoria com exigência diferenciada seja assim tratada e tenha seus custos pagos por importadores e repassados pelos frigoríficos aos pecuaristas. Caso contrário ficam sem carne, simples.

    Finalizando, achar que com as alterações propostas, que nada mais são que perfumaria, o sistema vá funcionar e gerar lucro ao produtor é confirmar o “conhecimento de gabinete” e não do operacional de campo.

    Julio M. Tatsch, Agropecuarista no RS e Diretor do Sind. Rural de Caçapava do Sul

  2. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Impressionante como a turma não larga o osso. Vale tudo, muda-se tudo mas não cai a estúpida identificação individual. Por que será?

    Pecuarista vacinado repete comigo:

    SISBOV? Não brinco mais!

  3. ABIO JUNQUEIRA disse:

    Quem quer exportar tem de se aadequar a vistoria anual melhorou pois tem muita gente ganhando ou se beneficiando destas normas,

    Agora em 2009 não tem bezerros rastreados suficientes para a reposição e aí pergunto se o prazo estenderá?

  4. FABIO ADRIANO JACINTHO disse:

    O mais inviável – e totalmente desnecessário – de todo o sistema é o que menos se fala: os infames DIAs (documentos de identificação animal).

    Só quem está no dia-a-dia, longe dos escritórios com ar-condicionado, sabe das dificuldades de manter numa fazenda, ordenadamente, por vários anos, um grande número de documentos individuais de animais que não serve para nada: o número é lido no brinco tanto na propriedade, quanto na fiscalizaçaõ e no abate. Os DIAs só servem para confundir e complicar a vida do pecuarista, além de que, ai se for um errado, animal desclassificado!

    Se o animal carrega um brinco não violado com número válido no SISBOV, é tudo que importa! Para que o documento para mostrar junto? Os próprios humanos brasileiros mostrando a carteira de identidade (um número, equivalente ao brinco), não são obrigados a mostra a certidão de nascimento para comprovação, porque exigir isso dos bovinos brasileiros?

    É exigência feita só para complicar a viabilidade do sistema, e continuar a manter-nos inaptos a exportação – é o que a U.E. realmente quer.

  5. Rogério Junqueira Guarnieri disse:

    É a milesima quinta mudança! O povo bao de serviço.

  6. Otavio Cesar Bucci disse:

    As alteraçoes são boas em sua maioria, e acho que outras também virão e poderão ser aceitas, pois virão no sentido de melhorar o sistema sisbov. Só para lembrar aqui em mato grosso o diferencial ja esta em 10 reais por @, la no sul dizem que é maior, vamos ver ate quanto os Nao brinco mais vao resistir.

  7. walterlan rodrigues disse:

    Meu colega Júlio M.Tatsch, concordo em gênero, número e grau com seu posicionamento, sempre falei, desde o início do processo de rastreabilidade, que a venda para a comunidade européia atinge apenas 1% do nosso abate. E é esta comunidade européia que taxa nossas exortações em 1.300 euros por tonelada.

    Eu não quero vender meu gado para a comunidade européia. Eu quero vender meu gado para consumo interno. Eu não vou rastrear meu gado.(ponto final)

  8. Ricardo Aparecido Waltmann disse:

    Já esta tão complicado trabalhar e a hora que começa a funcionar os caras já mudam de novo.

    Deste jeito vamos trabalhar para a União Europeia que impoem e o Brasil aceita sem falar absolutamente nada.

    Deixa o SISBOV quieto um pouco.

  9. JOSE FRANCISCO SOARES ROCHA disse:

    Não concordo com o nosso amigo Tavares, identificação tem que ser individual e fazenda tem que ser certificada, afinal quem compra quer saber, o que está comprando?

    Mas porque não utilizar-se marcas a fogo, prática comum no Brasil, inclusive no gado de elite. Os espertinhos teriam mais dificuldades. Porque não fazer os controles junto as GTAs, já que eles fazem o controle sanitário e de animais, utilizando a mesma estrutura?

    Agora, esta indefinição é que não dá para tolerar mais! Qual será a nova regra? Aí concordo com sr. Tavares, tenho orientado nossos clientes a aguardar a definição final. Quando será?

  10. Antonio Carlos Gonçalves disse:

    O Sisbov está virando piada e o produtor virou a bola da vez, sem comentários.

  11. José Luiz Martins Costa Kessler disse:

    Nosso país tem 8,5 milhões de km quadrados e cerca de 200 milhões de bovinos e bubalinos criados com proporcional diversidade de sistemas e ambientes.

    Desta perspectiva e para que se postule uma evolução de conceitos e mudanças de hábitos temos que, para poder atingir o crescimento desejado com ampla base de adoção, realizar primeiro o factível. Com todo o respeito que merecem os abnegados defensores da IN 17 ela é inapta, complexa e muito dificil de adotar. Os números são pujantes para demonstrar esta inadequação.

    Portanto senhores, saiam do quadrado. Esqueçam esta proposta, prazos e ansiosas demandas setoriais e saiam a campo. Sem pressa, procurem colher os conteúdos já disponíveis nas principais regiões produtoras e encontrem um sistema de certificação inclusivista que tenha em primeiro lugar acreditação de quem faz, os produtores, para depois demonstrar para o Brasil e para o Mundo que é aqui, neste país que se produz a carne mais saudável do mundo.

    No RS não existe sintonia. Nossa Federação defende ajustes para este aleijão cartorial enquanto que seus sindcatos mais representativos da produção pecuária, trabalham por rotas alternativas e já se imagina que possam apresentar um modelo alternativo nesta próxima Expointer. Assim, com otimismo, espero que a prudente maioria seja ouvida e as inoportunas intervenções se esgotem para encontrar um horizonte realmente construtivo.

  12. Fabio Monteiro de Barros disse:

    Se você não quer rastrear não rastreie e não reclame. Porém o mercado consumidor que dita as regras, o mercado da UE, só compra carne certificada porque eles são tarados por qualificação e eles querem saber da onde veio a carne. Quando você compra uma geladeira você compra qualquer uma sem saber de onde ela veio?

    Mercado Mundial é isso, tem que rastrear para eles comprarem, não quer rastrear não rastreie e vai vender sua carne para o oriente medio por um preço mais baixo que o preço que a UE paga. Sabe porque o Brasil não consegue vender carne pro Japão? Ja parou para pensar nisso, não é só porque lá eles só comem sushi não tá.

  13. Fábio Maia da Cruz disse:

    Acredito que o Sisbov deva continuar, pois a rastreabilidade é uma exigência de mercado cada vez mais presente. Porém, o Sisbov, como hoje se apresenta, está morto e sepultado. Foram normas estúpidas, criadas por profissionais de escrivaninha e ar condicionado (como já disseram alguns colegas) para atender interesses diversos, até de quem nunca participou da cadeia produtiva da carne, exceto os nossos interesses de produtor.

    E diga-se de passagem, propusemos um sistema muito mais complicado do que a própria U.E. pretendia exigir.

    As mudanças propostas não são mudanças! Vai continuar tudo no mesmo! Os idealizadores do sistema se esquecem que temos propriedades com muitos milhares de cabeças de gado, que os brincos “não são para sempre”, que o pecuarista tem mais o que fazer do que ficar anotando informações em duplicidade naquele maldito livro de campo etc.

    Precisamos de um Sisbov totalmente reformulado e seletivo aos estados que possam exportar para a U.E.

  14. juliano paim borges disse:

    Desde 2003 já foram feitas 5 mudanças no SISBOV, e agora se fala e mais uma. Isso quer dizer que as pessoas em seus gabinetes e escritórios não sabem como é a realidade no campo, no dia a dia da lida com os animais, acham que fazer vistorias duas vezes por ano é fácil em qualquer região do país, mas não é bem assim. Aqui no RS o inverno é muito rigoroso, os animais adquirem peso no verão (quando são feitos os manejos) para perderem peso no inverno, ou seja, não se faz manejo com animais na estação mais fria do ano devido a esses fatores. Então por que não fazer uma vistoria anual? Essa é a melhor das mudanças na “nova IN”, o restante está no despreparo dos técnicos e das certificadoras, sobrando sempre para o produtor que sabe melhor do que ninguém, o quanto é árduo e duro o trabalho do pecuarista (que vive da pecuária) que tenta agregar um valor para o seu produto e obter maior rentabilidade, mas um dia nós chegaremos lá!

  15. Adriano Cesar Somenzari disse:

    ERAS, será que existe realmente, isto é, na prática, pois no papel funciona maravilhosamente. São vários comunicados, xerox de GTAs, notas fiscais, etc…. pra que tudo isso? Porque o MAPA não se preocupa com a vigilância sanitária das divisas com outros paises e no próprio Brasil, isso que melhoraria nossa imagem. Pois os pecuaristas conseguem normalizar a rastreabilidade na sua propriedade e, SURGE UM NOVO FOCO DE AFTOSA, tudo que fez vai por água abaixo. Resumindo ERAS é para Inglês ver.

  16. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Há muitas décadas a indústria da carne bovina no Brasil é regida por um processo de rastreamento, de trace-back, bastante eficiente.

    Quanto à Certificação, o que se adota em empresas do mundo real — interessadas em soluções, não em problemas — é certificar PROCESSOS, e não PRODUTOS. A certificação do produto decorre automaticamente.

    Coisas tão óbvias passaram longe da mente dos iluminados que bolaram o primeiro esqueleto do SISBOV, juntamente com um rancor, um viés ideológico da pior espécie, que até hoje vemos presente nos comentários de que o SISBOV não é mesmo para qualquer um, e que é preciso “ensinar” o idiota do produtor como trabalhar direito.

    Sou contra o SISBOV porque é possível trabalhar de maneira mais eficiente, incluindo mais produtores, sem ficar prometendo ao comprador coisas impossíveis e, principalmente, INÚTEIS. Este, com um sorriso irônico, assiste ao espetáculo deprimente do funcionário público soberbo e ingrato, rodeado de apaniguados, que ao invés de agir como facilitador quer mesmo é beber o sangue do produtor brasileiro.

  17. daniella soares de almeida disse:

    È TRISTE SABER QUE VIVEMOS EM UMA POLÍTICA PECUÁRIA TÃO VULNERÁVEL E INDECISA COMO A NOSSA!!
    QUANDO TODOS COMEÇAM A SE ADEQUAR AS REGRAS DA INSTRUÇÃO NORMATIVA 17 JÁ VEM OUTRA PRA MUDAR TUDO!! ATÉ QUANDO IREMOS VIVER NESSE MAR DE ONDAS QUE MUDAM DE ACORDO O VENTOS E OS INTERESSES DE POUCOS???

  18. Roberto Ferreira da Silva disse:

    Prezados, o animal certificado está valendo mais e pronto.

    Devemos sempre lembrar que nunca foi e nunca será obrigado certificar a propriedade rural. Sempre vai haver mercados menos exigêntes para comer nossa matéria prima.

    A certificação da propriedade é muito simples, muito mais fácil que produzir um boi gordo, só falta o profissional do campo querer.

    Para a turma do “não brinco mais”, boa sorte.

    Para os empresários que acreditam e levam as suas empresas rurais não embasados no “eu ouvi falar” e sim no planejamento, bons lucros.

    Bom trabalho a todos.

  19. farid naciff disse:

    Sou representante de uma certificadora em goias há 5 anos e depois deste ultimo embargo da U.E, nunca vi tanta resistencia e indignaçao por parte dos pecuarista em continuar rastreando seus animais, diante disso, o MAPA com os seus burocratas deviam rever suas posiçoes pois o SISBOV atual esta falido e se o sistema nao tiver praticidade na sua utilizaçao no dia a dia ele acabará com certeza pois na pratica e impossivel de ser implantado. Espero q coloquem a mao na consciencia e mudem muita coisa.

  20. Eber Constantinov disse:

    O que precisamos é uma atuação efetiva do governo. Incentivo fiscal para utilizarmos o brinco eletrônico e equiparmos a propriedade para fazer a leitura… Pronto, uma passagem dos animais pelo brete para pesagem ou vacinação e você já confere todo seu rebanho, inclusive registrando o peso e a vacina de cada animal ! Será que a marca a fogo é mais fácil ?

    O MAPA precisa mudar realmente sua postura ! Concordo com os que escreveram sobre o fato de serem “engravatados do ar condicionado”, pessoas que simplesmente não conhecem a prática do dia a dia e por isso as instruções normativas são uma sucessão de equívocos… E isso sem contar a falta de comunicação entre o MAPA e as entidades associadas como os órgãos de controle sanitário dos estados…

    Mas também é fato que grande parte dos produtores brasileiros não encaram a atividade com a devida seriedade e responsabilidade. Aliás, não são somente os produtores, mas os brasileiros de maneira geral e em todas as áreas.

    A cadeia produtiva da carne, passando pela rastreabilidade e pelos órgãos e entidades governamentais, é hoje um conjunto de pessoas ansiosas para abocanhar uma fatia bem grande do dinheiro oriundo deste mercado e ainda, de preferência, não deixar nada para quem estiver do lado… Ganância, sempre ela… E quem está dando a maior mordida para mim são os frigoríficos !

    Nosso sistema produtivo precisa evoluir sim e não só agora, sempre ! Se queremos ser competitivos precisamos usar tecnologia. Marca a fogo foi muito eficiente, mas é andar para trás… Será que é tão difícil ver isto ? Será que é tão difícil ver que todos poderíamos ganhar mais com muito menos esforço ?

  21. José Manuel de Mesquita disse:

    Identificar, e não auditar os controles fito e zoosanitários é uma estupidez, afinal este é o procedimento que de alguma forma dará credibilidade ao Sistema de Manejo de qualquer propriedade.

    É a única ferramenta de segurança que o consumidor (nacional ou estrangeiro) terá para não consumir animais com produtos veterinários proibidos ou com carência não respeitada.

    É também a única forma de se verificar as vacinações obrigatórias (Aftosa / Brucelose), além do controle sanitário da propriedade.

    Certificar a propriedade e classifica-la em níveis tecnológicos de Manejo, tendo como premio a possibilidade de atender a diferentes tipos de mercado.

    Obrigar os Frigoríficos a ser Co-responsáveis pelas Auditorias e Certificação das propriedades, principalmente as que terão possibilidades de ter seus produtos exportados, e obtenção de melhores preços.

    Possibilidade de identificação de número de Manejo específico para cada propriedade, associada ao número (imbecil de infinitas posições) do Sisbov ou outro nome qualquer (afinal foi alterado tantas vezes, que do original só restou o nome e o descrédito)…

    De Burrice em Burrice, continuaremos a perder tempo… e continuaremos a fingir que fazemos o que todos sabem impossível de se fazer com as regras e contradições existentes em todas as versões do maldito sistema.

    Mas… pelo menos teremos quem culpar… os malditos auditores externos e suas absurdas exigências…

  22. Leonardo Costa Fiorini disse:

    Concordo com o José Luiz, é preciso chegar a um consenso. Não aquele que agrade a todos, porque isso é impossível, mas que menos desagrade a todos.

    Pelas opiniões que vi, acredito que o elo mais fraco seja o governamental, com seus órgãos que exigem procedimentos impossíveis de fazer no dia-a-dia da produção, e oferecem o nosso mesmo velho vício de sempre: clientelismo, corrupção, cabide de empregos, apaniguados e por aí afora.

    Não acho que seja o governo que tem que continuar exigindo tudo da cadeia produtiva. Precisamos é inverter a cobrança e fazer com que os órgãos governamentais criem vergonha na cara para corrigir seus vícios, para só depois ter credibilidade para vir cobrar alguma coisa da cadeia produtiva.

  23. Rodrigo de Mello Torres disse:

    Esses impasses, normas e mudanças frequentes é fruto de um sistema ridículo criado por incompetentes e despreparados que não conhecem nem de perto a realidade do dia-a-dia da porteira para dentro de uma propriedade.

    Tenho rastreado meus animais, sempre com a esperança de que algo mude para melhor, e a frustração é frequente. Ganho a mais? Aonde? Gado rastreado ou não tem tido a mesma remuneração, pelo menos na minha região.

    E os custos com o processo de certificação? E a papelada e burocracia? E por acaso alguem ja contabilizou as perdas indiretas?

    Sim, perdas indiretas: perda de peso do gado com o manejo de colocar brincos, auditoria, estresse dos animais, risco dos animais se machucarem com mais esse manejo, orelhas dos animais que pegam bicho e consequentemente perdem em desempenho, dia dos funcionários que poderia estar fazendo outro serviço e principalmente o seu, etc. Isso para que?

    Não sou contra a rastreabilidade, apenas da forma como é feita. Acredito que o caminho seria habilitar/ certificar, a propriedade idônea que atenda os requisitos necessários e não os animais um a um. Ora da forma como é feito qualquer animal pode ser rastreado independente de seu estado sanitário, da forma como foi criado, alimentação, etc., ou seja, a rastreabilidade perde seu verdadeiro propósito.

    Abraço aos que concordam comigo ou não!

  24. Felipe Sangalli Dias disse:

    Se fosse impossível rastrear como muitos dizem, não acredito que o número de propriedades da “lista Trace” fosse aumentar todas as semanas.

    A desculpa que somente pequenos produtores consigam obedecer este nível de controle, não cola mais, pois já de evidencia uma série de grandes propriedades aptas a exportar para UE. Portanto quem não rastrear que diga que não rastreia porque não quer, e não porque é impossível.

    Creio que melhorias sejam sempre bem-vindas. Infelizmente o nosso sistema de rastreabilidade começou “torto” e, por isso, requer ajustes.