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Mapa estuda mudanças para Sisbov

No próximo dia 29 uma reunião do comitê técnico do Sisbov define as mudanças no sistema. Além da ampliação de prazo mínimo de permanência dos animais na base de dados, a reunião deverá aprovar para 2006 o recadastramento de propriedades e produtores rurais, com base nos cadastros estaduais.

Também será definida a periodicidade das auditorias a serem realizadas nas propriedades aprovadas (fazendas, confinamentos, leilões, feiras e exposições).

A intenção é obrigar os produtores exportadores a identificar 100% do rebanho para que a fazenda fique em condição de propriedade aprovada para exportação. O objetivo é estender a certificação até o corte da carne a ser comercializada.

Fonte: Mapa, adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. José Manuel de Mesquita disse:

    Espero que dessa vez os burocratas encarregados das mudanças no Sisbov, tenham tido a idéia de sair a campo para aprender os diversos tipos de propriedades existentes no Brasil.

    E que tenham a sensibilidade para entender que os níveis tecnológicos existentes são bem diferentes, tendo dessa forma a necessidade de regras específicas para cada nível tecnológico de manejo.

    Determinar regras de que todos tenham que identificar seus animais com brincos com números que não indicam nada, pois manejar um rebanho, por menor que seja, tendo que coletar informações no campo com número tão longo e sem sequência lógica, é pedir para ser enganado, ou para que finjamos que estamos todos controlando as ocorrências de nosso rebanho…

    Nós criadores, manejamos estes números todos os dias, portanto temos necessidade de identificação simples, lógica, sequêncial e específica para cada propriedade.

    Os frigoríficos, por sua vez utilizam este número uma única vez no abate do animal. Portanto, o número do Sisbov para o frigorífico não necessita ser de fácil leitura, mas para ser lido pelo peão sobre o cavalo em movimento, é imprescindível que tenha sua grafia grande e possua poucos dígitos.

    Mais lógico era a versão inicial do SISBOV: requisitávamos uma sequência de números, e quando tínhamos necessidade de brincos de identificação, informávamos aos fabricantes de brincos nosso número de manejo (equivalente a cada um dos números fornecidos pelo Sistema oficial), que os produzia com os dois números. Dessa forma era possível identificar os animais em seguida a seu nascimento, e neste momento informar ao órgão competente para o respectivo registro.

    Nos obrigar a identificação dupla (brinco e bottom) é uma forma de aumentar nossos gastos em benefício dos fabricantes de brincos, pois se com o bottom se pode fazer outro Brinco, não há a necessidade do brinco, pois o animal já estará identificado pelo próprio bottom.

    Os órgãos oficiais até hoje, não conseguiram controlar a vacinação de Aftosa nos estados (grandes produtores de carne MS, MT) que possuem razoável infra-estrutura viária, e que estão próximos aos centros consumidores, como farão para fiscalizar as propriedades e seus sistemas de manejo integrado ao Sisbov.

    Podemos imaginar o que acontecerá do Tocantins para cima…

    É… Estamos falando só do passo inicial que é a identificação do animal… Os procedimentos para a efetiva rastreabilidade, passam obrigatoriamente, por uma infra-estrutura adequada de : cercas, curral, corredores de circulação, manejo sanitário, treinamento de pessoal, sistemas de registros, e a qualidade de vida e condições adequadas de trabalho para o pessoal responsável pelo manejo do dia a dia da propriedade…

    Sem isso, rastreabilidade é conversa fiada, é tentar enganar o mercado de que basta um brinco amarelo, com números e códigos de barra, para que esteja garantida a qualidade sanitária de seu portador.

  2. Mário Rafael Rossetti disse:

    De novo? Será que algum dia o MAPA consiguirá fazer com que o SISBOV funcione?

    Já estamos cansados de resoluções e mudanças, queremos algo que realmente funcione e tenha suas normativas claras e imutáveis. A cada trimestre acontecem mudanças no SISBOV, e ele nunca funciona.

    O MAPA, deveria realmente sair das delegacias e ir ao campo, conhecer um pouco de bovinocultura, saber que brincos são perdidos, bottons são perdidos, e principalmente dinheiro é perdido, a cada resolução do SISBOV.

    Ou os super técnicos do SISBOV apreendem como é o DIA a DIA do campo, ou vamos ficar nessa enrolação por muitos anos.

    Porque o MAPA não cria um outro sistema de certificação de propriedades, onde estas sejam certificadas com um número único de controle?

    Pois provavelmente esse tipo de certificação não traria divisas aos cofres do MAPA e das certificadoras.

    Ou seja, o SISBOV se transformou em uma simples vendagem de produtos, sejam esses brincos ou certificados, com o interesse maior de arrecadação do que de auxilio e beneficios para os produtores rurais.