O Mapa encaminhou aos Estados Unidos uma lista com o nome de dez frigoríficos exportadores que já podem ser vistoriados por técnicos americanos. A vistoria permitiria a retomada das vendas de carne industrializada para os Estados Unidos, comércio que está suspenso desde o dia cinco de maio. “Todos os frigoríficos estão fazendo a lição de casa e se preparando para atender às exigências, mas selecionamos dez empresas para que a missão americana faça a primeira inspeção”, afirmou o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério, Nelmon Oliveira da Costa.
No começo do mês, o ministério suspendeu temporariamente a emissão de certificados sanitários para 28 estabelecimentos que exportam carne bovina para o mercado americano. A medida, classificada pelo diretor como “preventiva”, foi tomada para que sejam feitas adequações no serviço de inspeção sanitária e nas operações dos frigoríficos. As mudanças foram apontadas como necessárias tanto pelo ministério quanto pela missão americana que esteve no Brasil entre no período de 9 de março a 14 de abril.
Retorno
O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, anunciou ontem, em Ribeirão Preto (SP), que a missão virá ao Brasil na próxima semana. De acordo com o diretor, o governo americano tinha solicitado ao ministério o nome de sete frigoríficos que poderiam ser vistoriados no curto prazo. O Brasil decidiu ampliar a lista e encaminhar dez nomes. A lista encaminhada pelo ministério inclui os frigoríficos Marfrig, Jack Links, Ferreira, Sadia, Minerva e Frisa, além de duas unidades do Bertin e outras duas do Friboi.
Na avaliação do diretor, a suspensão temporária das exportações de carne bovina para os Estados Unidos não resultará em prejuízos financeiros para o País. “Haverá um pequeno atraso nos embarques, que serão retardados por duas ou três semanas. A suspensão não resultará em quebra nos contratos por parte do governo americano, por isso não haverá prejuízo”, comentou.
O mercado americano absorve de 35% a 40% do total de exportações brasileiras de carne bovina industrializada.
Fonte: Estadão/Agronegócios (por Fabíola Salvador), adaptado por Equipe BeefPoint