Mapa mantém posição com relação à aftosa no PR

Os resultados dos exames de necropsia que apontam que o rebanho paranaense não foi contaminado pelo vírus da febre aftosa não mudam a posição oficial do Mapa. Segundo a assessoria de imprensa do Mapa, citada pela Folha de Londrina, o mistério seguiu os trâmites exigidos pela OIE.

Os resultados dos exames de necropsia que apontam que o rebanho paranaense não foi contaminado pelo vírus da febre aftosa não mudam a posição oficial do Mapa, de acordo com reportagem de Fernanda Mazzini, para a Folha de Londrina. O anúncio foi feito ontem pela assessoria de imprensa do órgão, que afirmou que no Paraná, os sete focos foram confirmados com base na vinculação epidemiológica (uma vez que alguns animais foram trazidos do MS) e na evidência sorológica positiva.

Segundo a assessoria de imprensa do Mapa, citada pela Folha de Londrina, o mistério seguiu os trâmites exigidos pela OIE e que a comissão de necropsia foi formada pelos pecuaristas. No entanto, como um representante do Mapa, Alberto Knust Ramalho, assinou o laudo final, a assessoria disse que ele atuou apenas como observador. ”O laudo também não é conclusivo porque diz que o resultado negativo para febre aftosa pode ser explicado pela patogenia do vírus e o período de tempo transcorrido entre a suspeita clínica da doença e a colheita das amostras”, afirmou a assessoria de imprensa.

Entre os exames realizados está o RT-PCR (técnica de biologia molecular que detecta fragmentos de material genético do vírus da febre aftosa presente nas vísceras dos bovinos). Segundo o professor Raimundo Tostes, doutor em Patologia Animal e coordenador do curso de Medicina Veterinária da Cesumar (uma das fazendas consideradas focos da doença) o RT-PCR é um dos exames mais modernos existentes para investigação da febre aftosa que, neste caso, não conseguiu isolar o vírus. Além disso, somente metade das amostras que haviam reagido positivamente aos exames repetiu o mesmo diagnóstico, o que demonstraria que o resultado positivo é fruto da reação vacinal, uma vez que a vacina brasileira contém material genético do vírus.

0 Comments

  1. Louis Pascal de Geer disse:

    Agora pelo visto temos uma situação onde o MAPA continua a achar que existiu um foco de febre aftosa, enquanto os mais recentes resultados não confirmam isto.

    O veneno está na última linha do artigo que diz ” uma vez que a vacina brasileira contém material genético do vírus”.

    Tenho sérias dúvidas sobre a validade dos testes feitos no Brasil, no gado vacinado contra a febre aftosa.

    Este assunto tem que ser esclarecido de uma vez por todas junto aos orgões mundiais de defesa sanitária animal.

  2. Tiago Mantovani disse:

    Quero parabenizar o MAPA porque agiu de acordo com as normas da OIE.

    Pena que questões politicas atrapalharam o sacrifício imediato dos animais e o Paraná sofreu com um tempo maior de restrições sanitárias e grandes prejuízos.

    Independente dos animais serem positivos ou não para a febre a aftosa o que interessa é que os animais tiveram contatos com animais infectados e por isso deveriam ser sacrificados.

  3. Alexandre Santos de França disse:

    Eu acho que falta humildade para o MAPA admitir que estava errado.

    Além do mais, caso isso aconteça, abriria uma porta para que os pecuaristas prejudicados entrassem com ações judiciais pelos prejuízos econômicos.

Mercado do boi gordo – 27/12/2007
28 de dezembro de 2006
O tratamento de sementes com fungicidas pode contribuir para reduzir os riscos da “síndrome da morte do capim-braquiarão”
2 de janeiro de 2007