O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está monitorando doenças detectadas no abate de bovinos nos frigoríficos no Rio Grande do Sul. O objetivo do mapeamento é garantir a segurança alimentar do consumidor e a sanidade do gado, diz o delegado federal do Mapa/RS, Francisco Signor. De posse dos dados que estão sendo enviados mensalmente pelos técnicos do Serviço de Inspeção Federal (SIF) será possível determinar onde ocorrem os problemas, entrar em contato com produtor e promover o controle.
A intenção, segundo Signor, é que o rastreamento seja expandido a abatedouros com inspeção estadual. As informações incluem data do abate, nome do proprietário e número do lote. O presidente da Associação Nacional dos Criadores (ANC), o pecuarista José Pires Weber, espera que os relatórios cheguem também às entidades para que seja possível auxiliar no trabalho do Mapa. “Estamos dispostos a colaborar em tudo que favorece os cuidados com sanidade”, afirmou.
O levantamento epidemiológico já está sendo feito no Frigorífico Centro Sul Ltda., de Dom Pedrito, atesta a fiscal federal agropecuária do Mapa, Isabel Cristina Schaun, que comanda nove agentes e funcionários do abatedouro treinados pelo Mapa para trabalhar na inspeção sanitária.
Entre as principais medidas de controle da cisticercose, encontrada na inspeção, destacam-se o seqüestro das carcaças parasitadas, o uso de fossas higiênicas para evitar que fezes humanas contaminem pastagens e fontes de água e o tratamento da carne com congelamento durante 15 dias em temperatura abaixo de 10oC. Vermifugar os animais de 60 a 90 dias antes do abate também é indicado como um dos processos mais eficaz de combate.
Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint